- Porque está fazendo isso? Porque? - Perguntei.
- Eu amo ele! Jamais mataria o amor da minha vida por causa de outra pessoa - Falou ela.
- Mas você sabe que isso não vai adiantar em nada?
- Sei. Mas eu sinto que vou tê-lo por mais difícil que seja. - Falou ela.
- Se abra pra mim. Eu posso te ajudar.
- Ajudar em quê? - Disse ela enchugando as lágrimas.
- O amor não tem só um lado. Ele é completamente complicado. Mas apesar de ser complicado ele tem que um porque... Ele tem uma razão.
Ela ficou uns 5 segundos sem falar e disse:
- Tudo começou quando o Leandro chegou na escola. Ele era tão fofo. A gente tinha uns 12 pra 13 anos. Ficamos amigos. Foi bom. Eu me apaixonei por ele. Mais aí o tempo passou. Aos 15 anos conheci um menino. Eu era tão boba em me apaixonar por ele. Namoro infantil sabe.
Foi nesse ano que conheci o grupo Sangue, um grupo de emos que eu me influencio até hoje. Aquele menino me fez sofrer. Me sentia só. Queria morrer. Terminei o namoro com ele. Então foi aí que pequei um estilete na sala da professora. Fui pro banheiro e comecei a cortar o polço. Chorei muito. O sangue descia e eu fingia não sentir, cortando mais e mais. Foi aí que uma Ema ruiva apareceu no banheiro e tirou aquilo das minhas mãos. Ela fez várias perguntas. Eu fiquei em chok. Nunca vive uma coisa daquelas. Fui, então, participar do grupo. Eles colocaram regras em mim:
* Vestir roupas pretas e usar batons escuros.
* Não escutar músicas e falar dessa forma.
E aí foi... Eu me sentia presa a tudo aquilo. Decidi querer sair do grupo, mas não deixaram. Falaram que se eu sai - se do grupo iam mandar me matar. Eu fiquei com medo e continuei no grupo. Voltei a amar o Leandro, mas até isso era proibido. Então a minha vida foi somente um rio de depressão, até eu me acustumar. Na escola eu era e sou gótica, mas em casa eu sou normal. Não vivo como uma louca, entende? - Falou ela.
- Sim... Eu sabia que você não era assim. Eu vi que o professor de filosofia te colocou como aprovada no grupo de filosofia. - Falei.
- Rsrsrs... Realmente ele colocou. Estou tão feliz. Mas tenho medo das emas descobrirem. Sempre consegui esconder isso delas.
- Deixe de esconder - Falei - seja livre! Estará segura sempre...
Ela me abraçou e nós duas choramos.
- Vai tudo passar... Eu vou te ajudar. E pode ter certeza, não vou roubar seu namorado - Falei.
- Kkkkkk Obrigada! - Disse ela.
Ela olhou pra mim, tocou no meu rosto e me beijou. Durou uns 5 segundos. Eu calmamente soltei ela e disse:
- Não vai rolar...
- Ah... Me desculpa!
- Tudo bem! - Falei.
E terminamos aquela conversa com um abraço.
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Rebelde por natureza
RomanceJurema é uma garota normal. Mas que tem um pai muito regrado, uma mãe que se acha patricinha (pati), e uma tia louca, completamente fora dos padrões. *Um dia, sua mãe manda ela pro esterior... Se livrando, para ser feliz. Jurema então, vive a vida c...