Capítulo Quatro :O Casamento

9 1 0
                                    

Sob a escuridão do quarto, a princesa Gwendolyn despertou de seu pesadelo, já havia muitos anos que não sabia o que era dia ou noite, dormia quando sentia sono, comia quando tinha algo para comer, e quando não tinha, apenas ficava sentada escutando os demônios gritando a sua volta e deixando que a atormentassem. Fazia três invernos que a garota havia tido alguém humano e vivo para conversar de verdade, que no caso era sua prima Thyri, mas a primeira princesa havia sido convocada para a guerra e nunca mais teve notícias. Estava há tantos anos sendo atormentada por fantasmas e demônios que alguns haviam de fato se afeiçoado a garota, e se antes a atormentavam a fim de provocar medo, ira ou ódio, alguns dos sobrenaturais haviam começado a ter breves conversas, confusas ou até mesmo pedidos de ajuda, como se quisessem uma heroína para ajudá-los. No entanto, nem mesmo a própria garota poderia se proteger, ela mesma precisava de ajuda, mesmo que soubesse que ninguém iria ajudá-la.

A garota sabia que havia se passado dias desde que alguém havia levado comida e água para ela, pois sua boca estava seca e a barriga roncava constantemente, sentia-se fraca e já fazia tempos que a latrina fedia, e pelo cheiro acreditava que estava há pelo menos duas semanas inteiras sem comer.

— Eles querem matá-la. Falou um dos demônios, ele era fraco, tão fraco, que precisava se alimentar da depressão da jovem para conseguir existir, mas não era hostil, apesar de ser bastante pessimista.

— Talvez apenas tenham esquecido. Falou ela em uma voz falha, indicando que de fato estava desidratada e há bastante tempo não falava com ninguém.

O demônio grunhiu de forma melancólica, como se não acreditasse naquela possibilidade, nem mesmo ela havia acreditado em suas próprias palavras.

— Não esqueceram não, é culpa sua... ou é culpa de seus pais? Depois que aquela pessoa faleceu, tudo piorou, ninguém mais tem empatia por você, você está tão sozi...

Naquele momento, o rosnado de Garmir assustou o pequeno demônio, ele era um demônio calmo, soturno, mas também, gentil e educado, poucas vezes ele aparecia, mas quando aparecia, ele costumava ficar calado, em silêncio, e nas poucas vezes que havia falado, sempre era para proteger ou confortar Gwendolyn, como se fosse um cachorro. Com a aparição da criatura, a garota se sentiu mais forte para poder repreender Fobus.

— Forbus, não deverias proferir tais palavras, ou arrancarei sua cabeça. Disse a garota, então ouviu risada de outros demônios e a própria sorriu de sua piada. Fobus grunhiu mais uma vez, mas dessa vez parecia chateada.

Sob a escuridão do quarto, a princesa Gwendolyn despertou de seu pesadelo, já havia muitos anos que não sabia o que era dia ou noite, dormia quando sentia sono, comia quando tinha algo para comer, e quando não tinha, apenas ficava sentada escutando os demônios gritando a sua volta e deixando que a atormentassem. Fazia três invernos que a garota havia tido alguém humano e vivo para conversar de verdade, que no caso era sua prima Thyri, mas a primeira princesa havia sido convocada para a guerra e nunca mais teve notícias. Estava há tantos anos sendo atormentada por fantasmas e demônios que alguns haviam de fato se afeiçoado a garota, e se antes a atormentavam a fim de provocar medo, ira ou ódio, alguns dos sobrenaturais haviam começado a ter breves conversas, confusas ou até mesmo pedidos de ajuda, como se quisessem uma heroína para ajudá-los. No entanto, nem mesmo a própria garota poderia se proteger, ela mesma precisava de ajuda, mesmo que soubesse que ninguém iria ajudá-la.

A garota sabia que havia se passado dias desde que alguém havia levado comida e água para ela, pois sua boca estava seca e a barriga roncava constantemente, sentia-se fraca e já fazia tempos que a latrina fedia, e pelo cheiro acreditava que estava há pelo menos duas semanas inteiras sem comer.

— Eles querem matá-la. Falou um dos demônios, ele era fraco, tão fraco, que precisava se alimentar da depressão da jovem para conseguir existir, mas não era hostil, apesar de ser bastante pessimista.

A Guerra dos Arcanjos e a Princesa dos DemôniosOnde histórias criam vida. Descubra agora