O divórcio

14 | Amos abre a porta

- Oi, eu não esperava vê-los aqui. – Amos Diggory abriu a porta de sua casa para uma Lily Evans e um James Potter.

- Queremos falar com o seu marido, ele está? – James perguntou sério.

Amos sabia algumas coisas sobre aquele relacionamento complicado entre James e Lily e mais ainda quando envolvia o seu marido.

Peter apareceu, estava no escritório quando ouviu a voz inconfundível daqueles que não via a tantos anos.

- Olá, James, Olá, Lily! Sejam bem vindos a nossa casa. – Peter disse com lágrimas nos olhos.

Eles nunca tinham estado ali. Nem eles, nem  Sirius nem ninguém de sua antiga turma. Ele havia sido julgado e condenado e se ele e Amos não fossem tão apaixonados ele estaria sozinho. Vê-los ali trazia a tona sentimentos conflitantes.

- Podemos falar com você? – Lily perguntou séria.

Quando Peter assentiu e os conduziu até a sala. Amos os acompanhou. Ele conhecia o quão argumentativo James era.

- Então? – Amos perguntou. – Sem querer parecer grosso, mas o que querem com Peter.

- Ele sabe, Amos. – Lily disse séria sem esboçar nenhum sorriso.

- Fui eu. – Peter, finalmente, falou. Anos ficou em choque, durante anos, Peter jurou que não havia sido ele.

- Claro que foi. Nós sempre soubemos. – James disse olhando para Peter. – Espero que você tenha noção do dano que causou para todos nós.

Lily não conseguiu falar nada. Era demais.

- Eu sei o que causei a vocês. Toda dor, todo trauma. – Peter disse sincero, isso era perceptível. – E peço perdão. Peço perdão por tudo. Sei que nada pode ajudar vocês. Nada do que eu disser pode ajudar. Mas eu realmente sinto muito e jamais vou me perdoar.

- Mas nós te perdoamos, Peter. – Lily disse segurando a mão de James ao seu lado. – Sabemos que jamais poderia prever o que aconteceu e não queremos que carregue essa dor com você. Ela já magoou demais todos nós.

Lily se levantou e James não conseguiu falar nada. Não conseguia e não podia. Sairam sem dizer mais nada e apenas agradeceram Amos. Tinham mais um lugar para ir.

Peter se levantou e foi até o escritório e ao abrir uma caixa chorou amparado por Anos. Nas manchetes antigas estavam estampadas os motivos da história. Aquilo que magoava e fazia o tempo parar.