O divórcio

26 | Um dia na vida do divorciado James

O divórcio é um processo de luto. O fim de um relacionamento. James sabia que precisava parar de pular de um divórcio para a assinatura de um casamento. Assim como fez de Lily para Guinevere e que embora ele e Lily tivessem ficado anos separados antes de oficializarem o divórcio, ainda assim foi difícil admitir o fracasso.

A separação era sempre difícil mesmo que ele e Guinevere não fossem o amor da vida um do outro. Ele realmente acreditava que poderia dar certo, senão por eles pelo Liam. Liam se tornou a prioridade na vida deles no momento em que nasceu e James moveria montanhas pela felicidade do filho.

Depois de uma longa turnê com a banda, James estava, oficialmente, de férias. E estar de férias significava passar o maior tempo possível com o pequeno Liam.

A casa da montanha que já havia sido dele e de Lily e de Lily e Severo agora era de Guinevere e Liam e uma Guinevere magoada ficaria com a casa quanto tempo quisesse.

Ela sabia que aquela casa era importante para ele e ela o odiava no momento.

James chegou na casa da montanha naquela manhã. A babá de Liam o recebeu e Guinevere desceu as escadas com as malas para sua longa turnê com a Gucci. Ela o encarou. Guinevere era deslumbrante, sempre foi. E ela o conheceu quando ele estava saindo do enorme poço que ficou durante anos e o ajudou muito.

Ela sorriu para ele. James era lindo. Mesmo ali de conjunto de moletom e chinelo. Os olhos azuis a encaravam.

- Devia ser proibido você ter esses olhos. – Guinevere se sentou para tomar o café antes da viagem. – Chegou cedo.

James assentiu e se sentou no sofá, observando pelas janelas de vidro as montanhas. Depois da última vez que viu Lily quando eles perdoaram Peter juntos e visitaram o túmulo de Thomas, eles não se viram mais. E aquelas montanhas eram o motivo pelo qual os dois amavam aquela casa.

Os dois precisavam de tempo e reconstrução. O passado não foi fácil com nenhum dos dois.

- James. – Guinevere disse o despertando. – Eu preciso me desculpar.

- Na realidade. – James respondeu sério. – Eu é que tenho que me desculpar. Não fui tão bom quanto prometi ser.

- James, James. – Guinevere sorriu. – Você não existe. Ninguém pode se obrigar a amar quem não ama. – Ela disse enquanto ele a encarava. – E essa casa é sua. Não minha.

- Não precisa fazer isso. – James disse olhando para ela. – Se amar a casa pode ficar com ela.

- Eu fiquei com a casa para te magoar, porque eu estava magoada. Mas essa casa é sua. – Guinevere se levantou e abraçou Liam que estava na mesa. – E dela.

James olhou para ela chocado. Não esperava por isso, mas conhecendo o coração de Guinevere ele sabia que era possível.

- Filho, obedeça o papai. Quando a mamãe voltar nós vamos ver várias casas novas. – Guinevere beijou o rosto de Liam.

- Mas essa casa é nossa, não é? – O garotinho de três anos perguntou desconfiado.

- Sim, a casa ainda será sua e do papai. – Guinevere respondeu sorrindo. E abraçou um James de braços estendidos.

- Merci, Guine. – James sussurrou no abraço.

- Seja feliz, meu amigo. – Respondeu Guinevere.

Quando ela saiu da casa, James estava calmo. O perdão de Guinevere era algo que ele desejava muito.