𝖋𝖎𝖗𝖘𝖙 𝖈𝖍𝖆𝖕𝖙𝖊𝖗

113 6 0
                                    

— Você sempre bate na mesma tecla, afirmando que me manipulou, mas será que é assim mesmo? - sorri sarcástica. — Sempre falando sobre você, colocando suas cartas na mesa explicitamente, facilitando meu jogo, tornando as coisas fáceis. Eu não falava sobre mim, guardava tudo, você não me conhece. - Afirma a platinada, cruzando as pernas em seguida. - Xeque mate, eu manipulei você!

— Ah, Mahina! Você é sempre tão misteriosa e exótica, mas acredito que você nunca me manipularia. - Diz hanma, tragando um cigarro sobre a mesa.

— Bom… É por isso que terminamos, você não sabe jogar, o jogo perde a graça quando o jogador move a peça de forma previsível. - Bebendo um gole de seu vinho, mahina se levanta. - Até mais! 

— Você já vai, amorzinho? Lembre- se o que você tem que fazer amanhã! Ou não quer ver ele bravo, né?

Mahina e Hanna tinham um relacionamento, segundo eles, "anormal". Tinham meses juntos, era uma relação problemática mas para ela não tinha problema, no entanto, que o politicamente correto para ele não existisse, onde ela poderia ser quem ela quisesse. 

Ela o usava para fugir da sua realidade de Advogada conservadora que é obrigada a seguir todas as regras e leis do país. Com hanma, a "Advogada super direita, que seguia todas as regras e leis, postas a ela."  não existia, a única que existia era a mulher de cabelos platinados que era um caos quando queria.

Para Mahina, viver perigosamente, correr riscos, aquele mundo que Hanma apresentou para ela, dava ainda mais vontade de continuar querendo aquilo, continuar dependente daquela sensação de adrenalina e quebrar todas as regras, era perfeito, perfeito para sair do seu mundo que denominava, cinza e preto.

Já ele, apenas se divertia com ela, sempre deixava claro que era um "babaca" "manipulador" "controlador" e entre outros adjetivos, com objetivo de ter a consciência limpa após fazer alguns atos duvidosos, depois de traí-la. Assim colocando- a como a única culpada por confiar e criar laços com ele.

Ela não escondia que gostava dele, mas também não contava tudo, não demonstrava muito, sempre mostrava aquilo que ela queria que ele soubesse, "nada de muito, e muito de nada"  é o que costuma dizer. 

Se acostumou com as atitudes dele por um tempo, e criou uma dependência, daquela sensação que ele proporciona daquela emoção de curtir a vida como ela deveria ser vivida antes de morrer.

A relação deles era dessas idas e vindas, o que acabou a deixando confusa por um tempo e fodida psicologicamente. Senju, sua melhor amiga, foi aquela que sempre esteve presente em cada momento intenso que a platinada vivia. Sendo policial, senju entendia o que a amiga queria sentir, porque também era o desejo dela, mas ela não podia, ela tinha uma ambição para continuar firme e seguindo as leis, já mahina, não tinha nada, não tinha sonhos, nem metas, apenas queria se sentir viva. 

Depois do hanma, ela nunca mais se sentiu desse jeito, apenas fazia o que tinha que fazer no seu cotidiano, e mentia para si mesma constantemente que era feliz, em determinados momentos do dia a dia se drogava para sentir adrenalina antes de uma sessão de audiência, como não bastasse o nervosismo, usar vasoativas antes de resolver um caso, era agradável. Prazeroso saber que estava no topo, mesmo nervosa e drogada, estava acima de todos. 

Soltar membros da brahman, era algo presente em seu dia, recebia várias e várias ameaças, mas já estava acostumada, Já sabia que se não soltasse, seria morta, como a irmã, mas francamente, no estado que estava, não se importava em se manter viva.

Encarava a caixa de Zolpidem, esperando a droga fazer efeito para finalmente dormir e esquecer aquela noite nostálgica, ao se encontrar com hanma, lembrou de vários momentos que jamais esqueceria. Deitada, pensava no dia seguinte, teria uma reunião com Wakasa, só de lembrar que iria se encontrar com ele e seus cachorrinhos, sentia náuseas.

𝙏𝙝𝙚 𝙄𝙣𝙫𝙞𝙣𝙘𝙞𝙗𝙡𝙚 𝘾𝙧𝙞𝙢𝙞𝙣𝙖𝙡, Sano ManjiroOnde histórias criam vida. Descubra agora