𝖘𝖊𝖈𝖔𝖓𝖉 𝖈𝖍𝖆𝖕𝖙𝖊𝖗

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— Pensei que ‘’meter o louco amanhã’’ seria algo mais divertido, tipo, encher a cara até cair, não treinar Muay Thai até os braços cair.

— Ah, qual é Senju? Eu sei que você adora treinar comigo.

— Adoro! Mas prefiro encher a cara com você.

— Você é um caos em festas senju, prefere porque sabe que vou cuidar de você, idiota.

— Trabalhamos em turnos, lembra? Um dia eu cuido de você, o outro é a senhorita que cuida de mim, inclusive, hoje seria seu dia!

— Hoje não vai ser lindinha, talvez amanhã! Não tenho tempo de sair hoje, agora vamos continuar o treino.

As duas estavam em um ringue que ficava dentro da academia de policiais que fica próximo ao tribunal de Shinagawa. 

Mahina abaixou sua cabeça moderadamente para proteger seu queixo. Fixava os olhos na Senju, focando em um ponto específico para identificar os seus movimentos, seus braços estavam posicionados na lateral do seu corpo para proteger as costelas e abdômen.  

Assim como a platinada, Senju posicionou seu braço na altura das sobrancelhas, com aparador de soco, colocando o braço esquerdo mais a frente na posição das mãos chamadas Tah kung. 

Senju, defendia com o aparador as sequências de socos dirigidos pela amiga, primeiramente mahina lançou um soco com a mão esquerda mirando no queixo da policial, seguindo com socos de direita, em seguida impulsonava seu quadril para aplicar o elbow.

Ambas ficaram extremamente cansadas depois de treinar por longos minutos, tinham mania de treinar juntas quando eram adolescentes, se conheceram na academia e desde lá sempre treinavam juntas. O pai da mahina que a incentivou a ir, ela não queria no começo mas foi se adaptando e gostando da sensação de jogar sua raiva em um saco de couro. A sensação, o frio na barriga antes de uma luta 1 contra 1 era maravilhoso, ela era ligada a sensações, prazeres e desafios. Isso a manteve com sede de viver por um tempo.

— Você pegou leve hoje, o que aconteceu? - Senju comentou depois de pegar água para ela e para mahina em um tom de deboche, ela adorava provocar a platinada quando encerra os treinos.

— É mesmo? Então vamos de novo. 

— Não vamos não! Sabe que to zuando, velhaca.

— Velhaca? Eu até iria em algum bar com você hoje, mas velhacas não vão em bares! – A platinada sorriu colocando a mão sobre a cabeça em forma de dor, arrancando uma gargalhada da amiga.

— Ah, fala sério! Então quer dizer que vai ter baguncinha hoje? 

— Não, tenho que ir visitar meu pai -- sorriu amigavelmente — Mas prometo te ligar chamando pra alguma "Baguncinha''.

Após se despedir, seguiu dirigindo seu carro para a localização que estava em seu GPS para uma das clínicas psiquiátricas mais renomadas do país, Yotsuya Suji.

Deixou seu carro no estacionamento e foi para a clínica, chegando lá, passou pela recepcionista para saber informações de onde se encontrava seu pai, ele estava no quarto.  Bateu na porta do quarto mas não foi atendida, na segunda batida a porta se abriu.

— Eai velho, alguma novidade? – Sentou-se na cama encarando o homem que estava de costas.

— Velho? Eu só tenho 40 anos, você perdeu seus bons modos. Pelo visto, tenho que te educar novamente. – Virando-se o homem sorriu.

Mahina e seu pai, Hayato Inoue, tinham uma relação consideravelmente boa, Hayato sempre fez questão de impor regras para suas filhas, Mahina e Hidaki. Hidaki nunca fez questão de segui-las, ao contrário de Mahina, que era chamada de “Cãozinho medroso’’ pela sua irmã mais nova. Seu pai sempre castigava de uma forma que ela e a irmã sempre se lembre de não cometer os mesmos erros novamente, mas depois que ele foi internado ela não ligou mais para nada, estava livre de regras, era o que achava, as regras e o politicamente correto voltaram quando ela se tornou uma advogada renomada, sendo assombrada por cartas de seu pai mandando fazer tais coisas, seguir tais leis e sempre manter na linha com disciplina.

𝙏𝙝𝙚 𝙄𝙣𝙫𝙞𝙣𝙘𝙞𝙗𝙡𝙚 𝘾𝙧𝙞𝙢𝙞𝙣𝙖𝙡, Sano ManjiroOnde histórias criam vida. Descubra agora