𝙏𝙝𝙚 𝙄𝙣𝙫𝙞𝙣𝙘𝙞𝙗𝙡𝙚 𝘾𝙧𝙞𝙢𝙞𝙣𝙖𝙡, Sano Manjiro

𝖋𝖎𝖋𝖙𝖍 𝖈𝖍𝖆𝖕𝖙𝖊𝖗

Desligava o alarme do celular que tocava às 6:00 da manhã, se levantando da cama ainda meio sonolenta. Pensava no porquê marcar compromisso nesse horário enquanto ia para o banheiro. Lavou seu cabelo com um pouco de dificuldade, e fez uma simples maquiagem para esconder o cansaço em seu rosto.

— Caralho, que caralho! Porque essa porra uma hora dessas, poderia ser mais tarde. – Resmungava para si do compromisso que teria que comparecer.

Vestiu uma roupa meio formal, tinha que manter a pose de advogada fodona que era. Olhou as informações que precisava para hoje anotado em um bloco de notas. Se encontraria com o homem que tinha mais vontade de ferrar, o imperador, Delacruz.

Estava nervosa, e tentaria o máximo esconder tudo que sentia em relação a ele, ela quer a confiança dele, poderia ser útil no futuro,  não gostava nem um pouco da situação, mas tinha que agir como profissional o suficiente para o homem que estava acima de todos os caras. Ela não seria hoje “mahina inoue, filha de hayate inoue” mas sim, “a melhor advogada de tokyo”.

Começou a dirigir seu carro o mais rápido que conseguia e podia, depois de ver que estava atrasada, colocou para tocar hearing damage - thom yorke.

Não pensava em nada enquanto dirigia, o único sentido que estava ativo era audição, escutava a música com clareza, escutava o som dos carros, motos e buzinas, olhava pela sua janela uma crianças chorando e uma mulher brigando com seu marido. Julgava por isso, sentia o amor ser algo inútil e com validade, não acreditava mais nessa "ladainha".

Depois de uma hora dirigindo sem parar, seu destino estava à sua frente, o palácio imperial de Tóquio.

Suava frio e sentia o nervosismo tomar conta, mas não tinha tempo e não queria demonstrar fraqueza diante de uma figura tão intimidadora que é o delacruz. Desceu do carro e caminhou até a entrada, estavam duas pessoas na frente, esperando a platinada.

— Mahina Inoue? – Perguntou um homem de terno preto, aparentemente sério, poderia chutar ser o conselheiro do imperador. — Me acompanhe, por favor! – Assim como pedido, a platinada o seguiu  até chegar em uma sala que imaginava ser um escritório.

Ao abrir a sala, ela encontrou o imperador, também de terno, ajoelhado em cima de umas almofadas rezando para algumas figuras religiosas.

— Imperador, a garota que mandou trazer. – Disse o homem que acompanhava mahina.

Ele parou de rezar e ficou em silêncio por alguns minutos, levantou e foi até uma mesa que tinha ali com dois bancos e fez um gesto para ela se sentar.

— Só permitir interromper minha oração porque temos uma bela visita. Sente- se. - Abriu um sorriso curioso.

Caminhou em silêncio e sentou em uma das cadeiras que tinha a frente a mesa do delacruz. Pensava em mil perguntas, e em mil maneiras de acabar com ele, mas naquele momento ele era cliente, estava curiosa para saber o caso que ele daria.

Não sabia se expressar direito na frente do homem que era um dos suspeitos do assassinato do seu pai, teria que manter aparência de alguém que não sabe das coisas que o imperador fez e faz, sabia que teria que mentir sobre algumas coisas, não que era complicado para mahina, claro, mas estava com raiva e manter uma boa garota na frente de alguém como ele, era um pouco difícil.

— Naoto me avisou que o senhor teria um caso para mim, como poderia ajudá-lo? O caso da fbi que é oculto? - O encarava sério, não sabia o que esperava mas estava preparada para o que viesse.

— Alejandro, saia! – observava a platinada, em silêncio. — Bom… não foi esse o objetivo, mas essa desculpa serviu também.

— Então porquê me chamou aqui? – ficou confusa, não sabia o que ia acontecer, mas vindo dele, não é coisa boa.