*Epílogo - Bodas de porcelana*

219 26 21
                                    

Kim Taehyung

Assim que adentramos no hotel do resort, o qual iríamos ficar.  O lugar era magnífico. Logo após ver que a recepcionista verificou nossa hospedagem, seguimos para o nosso quarto. Fazia algum tempo desde nosso aniversario de 20 anos de casados, então tive a ideia de fazer uma surpresa para o amor da minha vida, deixando tudo e todos de lado,  para passar duas semanas inteiras somente nós dois. A maravilhosa Cancún e sua vida noturna, tinha se tornado nosso sonho depois de anos casados, enfim agora estamos aqui.

Jungkook não conseguia acreditar de que estava realmente aqui, seu sorriso era um dos mais lindos que eu já tive o prazer de viver pra ver. 

Era inacreditável, como a cada sorriso bonito que ele soltava, meu coração conforme os anos passavam, batia mais e mais por ele. Por aquele  sorriso.

Sorriso bonito da porra!

Seu celular tocou e eu podia jurar que ele perdeu a cor por um segundo, mas logo voltou ao seu estado normal, e com o sorriso bobo no rosto. 

Meu amor por ele era coisa de louco.

Me aproximei assim que ele desligou o aparelho, ainda analisando o quarto simples, porem bonito da pousada em que escolhemos ficar.

_ Aposto um rim que era o Jin - disse risonho para ele que apenas concordou com a cabeça. - Oque foi amor?

Ele estava em silencio, a vista do mar e o barulho das ondes no fim da tarde, deixava  tudo ainda mais magnifico, a visão do restinho da luz solar batendo levemente pelos fios pretos do cabelo dele, com alguns grisalhos imperceptíveis aparecendo, foi uma cena que eu nunca na minha poderia ter imaginado. 

A cena que me veio a seguir, era nada menos que parte da música do Shaw, onde ele fala:

"Nós caminhamos, nós rimos, passamos o nosso tempo
Caminhando à beira-mar
Nossas mãos estão delicadamente entrelaçadas
Um sentimento que eu não consigo descrever
E todo esse tempo que passamos sozinhos
Pensando que poderíamos não pertencer
A algo tão lindo
Tão lindo"

Eu não consigo, não consigo mais me imaginar sem ele na minha vida, por isso com a demora de sua fala, porque sei que esta tudo bem, e que provavelmente ele esteja pensando o mesmo que eu. Eu o beijo.

Nosso beijo cheio de todo amor, amor que transborda pra fora, amor que surgiu em meio ao nada e se tornou tudo, sei que ele pensa assim, porque somos a metade um do outro, metades que conforme os anos se passaram, foram se adaptando um ao outro, com os defeitos, com a construção melhor da relação, com dialogo e com nossa família, nossos filhos  e amigos, nossa vida juntos. 

Ele se separou aos poucos do nosso beijo, retomando o ar, e então analisou meu rosto por completo, e eu com toda certeza fiz  o mesmo.

_ Era ele sim.. - sussurrou - queria apenas saber se chegamos bem... Na hora me assustei, em pensar que poderia ter acontecido alguma coisa as crianças, coisa de pai, se é que me entende...

_ Com certeza eu entendo meu amor, mas eu sinto que tem mais alguma. 

_ Na verdade tem sim, mas vou te dizer depois, não se preocupa com isso agora, agora quero que se preocupe em tirar toda a minha roupa, e me faça esquecer até meu nome. - Ele disse subindo sobre meu colo, e ai como eu amava meu coelhinho safado.

O deitei com cuidado sobre a cama, e beijei a tatuagem que ele carregava no pescoço branquinho. Era o desenho de uma boca, mas não era qualquer boca ali, era a minha, então o beijei com vontade ali, ouvindo ele arfar satisfeito.

Oque Os Olhos Não Vêem, Os Ouvidos Escutam. • TaekookOnde histórias criam vida. Descubra agora