Belladonna • JAEYONG

Capítulo 4

A festa de aniversário do Byun não aconteceu em sua mansão exorbitante. O local do evento era um majestoso hotel de luxo no centro movimentado de Samseong-dong. E como já era de se esperar de alguém como Byun Baekhyun, sua festa de aniversário não poderia ser nada menos que grande, excessiva e cara. Jaehyun, mesmo vestido a caráter para se misturar naquele caleidoscópio nauseante de pessoas ricas exibindo suas roupas e sapatos de grifes horrivelmente caras, ele ainda se sentia extremamente desconfortável naquele ambiente excessivamente extravagante. Todas as vezes em que precisava ir a eventos desse porte, a trabalho com seu chefe, Jaehyun sempre ficava nas sombras esperando o sinal de Donghae para fazer o que tinha que fazer, ou apenas se certificar de que tudo estava em ordem e garantir a segurança do líder dos Tigres. Mas dessa vez Taeyong fez questão de arrastá-lo para o meio da multidão de burgueses e playboys.

E Taeyong, esse por sua vez, estava claramente em seu habitat natural. O Lee estava absurdamente ainda mais lindo naquela noite, e todos os olhos se voltando para ele no momento em que o garoto cruzou a entrada do salão de festas do hotel era uma prova nítida desse fato. Jaehyun não entendia de moda, mas ele tinha certeza de que aquele smoking vermelho sangue bordado de três peças que o Lee usava era obviamente um modelo da última coleção de alguma grife famosa. Assim como suas botas pretas cobertas de glitter, que provavelmente custavam mais do que o salário que os empregados da mansão Lee ganhavam mensalmente. Seu cabelo púrpura estava arrumado em meio topete partido de lado e as laterais bem penteadas e fixadas para trás, deixando seu rosto bonito completamente visível. E aquela forma de arrumar o cabelo com a franja para cima, ofuscava um pouco de seus traços ainda quase infantis, dando ao garoto um ar de maturidade e uma sensualidade mais nítida. Ele também usava um pouco de maquiagem, que apenas servia para realçar ainda mais a sua beleza etérea. Jaehyun também não entendia porra nenhuma sobre isso, mas a sombra marrom cintilante esfumada e o delineado mais escuro deixavam seus olhos grandes e expressivos ainda mais atraentes e hipnotizantes. E o gloss rosado em seus lábios fazia com que eles parecessem mais cheios e sensuais.

Não havia como negar que Lee Taeyong era como uma obra de arte viva e que nasceu para se vestir daquela forma. Porque parecia que ele tinha saído de alguma revista de moda, ou até mesmo que fazia parte da realeza. O que não era apenas uma comparação exagerada, já que o garoto era herdeiro de duas grandes famílias extremamente poderosas e influentes, dentro e fora da Coréia.

Desde o segundo em que o viu saindo da mansão vestido daquela forma, Jaehyun teve que se esforçar muito para manter os olhos apenas no volante e no caminho à sua frente. Especialmente porque o perfume quase afrodisíaco de Taeyong inundou o carro blindado em que estavam, e o garoto também estava agindo como se aquela conversa estressante que tiveram antes nunca tivesse acontecido. Ele tagarelou o caminho inteiro sem parar, e Jaehyun, depois de jurar para si mesmo que apenas iria fazer o seu melhor para ignorá-lo e deixá-lo fazer o que quisesse, desde que não fosse nada imoral, apenas dirigiu em silêncio até o local da festa, enquanto Taeyong colocava as músicas que queria e fazia chamadas de vídeos com Jungwoo e Donghyuck que não estavam em Seoul naquele momento.

Mas seu coração vacilou um pouco quando ele abriu a porta para Taeyong e ele, olhando-o de cima a baixo com aquele mesmo olhar que parecia avaliar seu preço, sorriu docemente e disse que Jaehyun estava ainda mais bonito naquele traje completamente preto. Que consistia em calças de alfaiataria bem passada com cinto e sapatos de couro, uma camisa de botões fina com os dois primeiros desfeitos, revelando um pouco de seu peitoral e aquela corrente grossa de prata que quase sempre estava em volta de seu pescoço. Um blazer liso por cima dela e um Rolex de prata finalizam seu outfit simples. Seu cabelo escuro estava como sempre, bem penteado de lado e fixado, para que apenas uma mexa lhe caísse sobre a testa, naquele comma hair clássico. A pistola bem carregada escondida na parte de trás do cós de sua calça era um detalhe extra que ninguém mais precisava saber.