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COM OS OLHOS VIDRADOS na televisão, Chifuyu pegou o controle e aumentou o volume do noticiário.
— Que maluquice.
Ele resmunga, olhos vidrados na tela, chamando a atenção de suas amigas — Yamazaki Akina e Kojima Harumi — que se arrumavam em frente ao espelho, enquanto o garoto esperava por elas estirado na cama de Harumi, assistindo o jornal local.
— O que foi? — Akina ajeitou a posição do espelho para que ela e Kojima pudessem ver o que se passava na TV pelo reflexo dele, enquanto terminavam de se produzir.
— Não sei porque insistem em assistir à esse show de horrores. — Harumi resmunga e dá de ombros, enquanto aplica uma fina camada de gloss de morango em seus lábios. Em seguida, tentando não prestar atenção ao conteúdo do noticiário criminal, a garota cantarola uma melodia qualquer enquanto ajeita com um pente o caimento de suas madeixas lisas e escuras de cabelo sobre seus ombros.
Kojima odiava assistir ao jornal, pois desde de pequena acompanhara o sofrimento de sua mãe a cada vez que a mulher ligava a televisão no canal de notícias, e se torturava ao ouvir sobre os casos criminais nos quais seu pai estava envolvido, torcendo para que o repórter não anunciasse o nome de seu marido como uma vítima, rezando para que ele voltasse à salvo para casa.
Lidar com toda aquela angústia durante toda sua infância, era apenas um dos motivos pelos quais a garota odiava a profissão de seu pai. Haviam muitos outros motivos que ela poderia listar, como a maneira super protetora e sufocante como fora criada, ou a necessidade de mudança constante que fez com que a garota nunca tivesse experienciado amizades duradouras, já que evitava criar vínculos para não se magoar ao partir novamente para uma nova cidade.
Chifuyu e Akina, eram os primeiros amigos verdadeiros de Harumi, e mal podiam imaginar o quanto ela temia ter que deixá-los para trás assim que seu pai fosse designado à um novo caso.
Por isso, a jovem havia decidido que se esforçaria o máximo possível nos estudos em seu último ano no colégio, e em seu atual trabalho de meio período — como ajudante em uma floricultura local —, para conseguir manter-se na cidade mesmo que seus pais decidissem mudar-se outra vez.