──── 🥀 𝖙𝖜𝖔

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NAQUELA MANHÃ CHUVOSA, Harumi acompanhava com seu olhar ávido a corrida que as gotículas de água na janela de seu quarto pareciam estar apostando, escorrendo pela superfície de vidro

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NAQUELA MANHÃ CHUVOSA, Harumi acompanhava com seu olhar ávido a corrida que as gotículas de água na janela de seu quarto pareciam estar apostando, escorrendo pela superfície de vidro.

Estava daquela mesma maneira, estática e completamente inerte à tudo ao seu redor, aérea, observando a chuva que caía lá fora há aproximadamente uma hora, desde que despertara. Sequer ouvira os berros já impacientes de sua mãe vindos do andar de baixo, apressando-a para que se arrumasse e tomasse seu café da manhã antes de caminhar até o colégio.

Aprontou-se depressa e desceu as escadas devagar, calculando cada passo e tentando prestar atenção na distância entre os degraus, com dificuldades de manter o equilíbrio do próprio corpo.

Nunca havia morado em uma casa com escadarias antes. E já havia tropeçado naqueles malditos degraus algumas vezes desde que se mudara. Tombos que lhe renderam alguns hematomas e arranhões que ainda podiam ser vistos em sua pele pálida.

O fato de que Kojima mal havia dormido nas noites anteriores, somado aos efeitos colaterais de seu ansiolítico matinal — como tonturas, confusão mental, sonolência e cansaço físico — contribuíam para que a garota não fosse uma pessoa muito atenta, disposta ou comunicativa pelas manhãs.

Desde a festa da Toman, há três dias atrás, Harumi esteve em estado aéreo, quase como se parte de sua sanidade houvesse se perdido.

Era difícil assimilar tudo o que havia acontecido naquela noite, além do álcool, seu lado racional ainda se negava a crer nas palavras de Keisuke Baji.

"Vampiros são reais."

Definitivamente, a garota ainda não havia processado todas as informações que recebera. Ainda cogitava a possibilidade de que tudo aquilo não passasse de uma pegadinha idiota ou brincadeira de mal gosto bem arquitetada, mas, embora os recentes acontecimentos a fizessem questionar o estado de sua sanidade mental, tudo fazia sentido demais para ser inventado.

𝐁𝐋𝐎𝐎𝐃 𝐅𝐄𝐕𝐄𝐑, 𝘬𝘦𝘪𝘴𝘶𝘬𝘦 𝘣𝘢𝘫𝘪Onde histórias criam vida. Descubra agora