──── 🥀 𝖙𝖍𝖗𝖊𝖊

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Quando Baji pegou a mão de Kojima, entrelaçando os dedos aos dela, a garota sentiu uma pontada esquisita no peito e um arrepio incomum na espinha

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Quando Baji pegou a mão de Kojima, entrelaçando os dedos aos dela, a garota sentiu uma pontada esquisita no peito e um arrepio incomum na espinha. Uma sensação semelhante à quando se leva um susto. Embora se sentisse intimidada pela presença do garoto, por alguma razão, ela não ousaria — ou melhor, não queria — soltá-lo.

Em silêncio, a garota se permitiu ser guiada pelo de cabelos negros por uma trilha estreita e pouco iluminada devido às árvores altas cujas folhas bloqueavam a passagem do sol.

Kojima nunca havia estado dentro de uma floresta antes, e era nítido em sua expressão o fascínio da garota pela beleza um tanto sombria da natureza intocada.

Ficara tão imersa no ambiente, que nem pareceu se importar com a distância do trajeto ou com a exaustiva subida até a colina. Ao finalmente chegarem até o topo dela,  parecia estar diante de um local saído de um conto de fadas. 

O céu alaranjado de fim de tarde sobre suas cabeças, manchado por tons de roxo e rosa, parecia ter sido pintado a mão. E os sons da floresta — uma sinfonia composta pelo trinar dos pássaros, e pelo murmulho dos ramos e folhas —, junto à brisa fresca que soprava contra seus rostos, transmitia uma calmaria que somente a natureza é capaz de proporcionar.

Baji e a garota se deitaram lado a lado no gramado, há apenas alguns centímetros de distância, e embora a relva estivesse ligeiramente úmida e pinicasse um pouco, aquilo era apenas um detalhe, comparado à todo o resto da experiência de assistir ao pôr do sol em um local que proporcionava uma vista privilegiada como aquela.

— Por que me trouxe aqui?

— É um ambiente confortável, pelo menos pra mim. — Esclareceu simples, sem tirar os olhos do céu, vidrado na paisagem. — E quase ninguém vem aqui, o que significa que posso responder suas perguntas sem me preocupar com curiosos, ou em ser chamado de maluco.

— Ok, são pontos válidos. — Replicou, igualmente hipnotizada pela visão deslumbrante da partida do sol, se despedindo de seus espectadores antes de dar lugar para a próxima atração do show, a lua.

— O que você quer perguntar primeiro?

— Eu honestamente, não sei bem por onde começar. — Kojima ficou calada por alguns instantes. É claro que a primeira pergunta que lhe passou pela cabeça foi sobre o dia em que se conheceram, mas a garota achou melhor começar de outra forma. Afinal, para compreender Baji, ela precisava primeiro, conhecer a realidade em que ele vivia.

𝐁𝐋𝐎𝐎𝐃 𝐅𝐄𝐕𝐄𝐑, 𝘬𝘦𝘪𝘴𝘶𝘬𝘦 𝘣𝘢𝘫𝘪Onde histórias criam vida. Descubra agora