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O CORAÇÃO DE BAJI ACELEROU. Ele não conseguia acreditar no que estava ouvindo. O sangue pulsava em suas têmporas, seu instinto clamando por Kojima de uma forma que ele nunca experimentara antes. O que ela estava dizendo era loucura.
— Prove.
As palavras dela ecoaram em sua mente, a gota final de uma tortura que ele estava tentando suprimir.
Algo havia despertado dentro de Harumi. Algo que a fez querer testar os limites daquela relação perigosa, empurrar Baji mais fundo nesse abismo de tentação.
Ela olhou para a própria mão, o sangue ainda escorrendo da ferida. Com movimentos lentos, sem desviar o olhar dele, Kojima levantou a mão até os lábios, deixando sua língua passar sobre o corte, sentindo o gosto metálico e quente em sua boca. Seus olhos não deixaram os dele enquanto fazia isso, a tensão entre eles crescendo em uma mistura de curiosidade, ousadia e algo mais sombrio que ela não ousava nomear.
O sangue manchou seus lábios de vermelho, e ela deixou que eles permanecessem assim, carnudos e tingidos pela cor da vida que pulsava dentro dela. Ela lambeu os lábios lentamente, o gesto deliberado e provocador. Ela queria ver o quanto ele aguentava, queria ver até onde ele iria antes de ceder completamente.
— Não é tão ruim quanto imaginei. — Murmurou, sua voz suave, mas cheia de uma provocação clara.
Baji a observava com uma intensidade inabalável. Cada movimento dela o atingia como um golpe certeiro, e a visão dos lábios dela manchados de vermelho parecia mexer com algo profundo e instintivo nele.
— Kojima... — Sua voz saiu em um rosnado baixo, quase inaudível, carregada de desejo e uma advertência sutil. — Não brinque com isso. Você não tem ideia do que está fazendo.
Ela deu um passo à frente, diminuindo ainda mais a distância entre os dois, sentindo o calor do corpo dele irradiar contra o dela. Seus olhos fixos nos de Baji, desafiando-o.
— E se eu souber exatamente o que estou fazendo? — Ela sussurrou, deixando sua voz carregada de provocação.
Baji parecia à beira de ceder, sua respiração cada vez mais irregular, os olhos fixos nos lábios dela, manchados de sangue. Ele deu um passo para trás, mas suas costas logo tocaram a parede. Não havia mais para onde recuar.
