Meu Recomeço.

H O M E|• 19

Dylan suspira entediado, Payton estava deitado no banco a sua frente abraçado com o ômega embaixo de uma coberta escura, sua mão segurava um copo com whisky o bebendo, Dayton estava ao seu lado desistindo algum vídeo no celular com os fones.

Payton abre seus belos olhos se ajeitando na cadeira, seu olhar se cruzam com o do maior, que acena com a cabeça, Dylan cutuca o menor apontando para o ômega com a cabeça, Dayton guarda os aparelhos prestando atenção em ambos.

— A gente queria falar algo com você.

— Importante!| O alfa completa vendo o menor ficar sério prestando atenção.

— A gente só, só queríamos que você não comentasse... Quando ele crescer no caso mas, não fale sobre vocês serem destinados a serem ômega e alfa para Felix, pode ser possivel que ele se sinta forçado a essa relação, entende? 

— Claro, eu nunca pensei em falar, eu quero construir um amizade com ele antes de tudo, quero que ele possa confiar em mim de olhos fechados.| O menor sorri enquanto falava, Dylan sorri orgulhoso do alfa que seu menino se tornou.

— Tudo bem, obrigada!

— Não precisa agradecer, só queremos o melhor para todos!| Sorri grande piscando para o ômega.

××
O das mexas cacheadas sorri grande olhando a casa a sua frente.

— O que foi?

— Eu gosto dessa casa! Foi uma boa escolha comprar ela.

— Eu acho pequena, mas é aconchegante, gosto do bairro, é calmo e silencioso! E você fez um excelente trabalho com a decoração e reforma! | Comenta olhando em volta.

— É um bairro bem elogiado da Argentina.

— Faz sentido, vamos entrar?| Dylan pergunta pegando o bebê conforto das mãozinhas do menor, segurando sua cintura e levando para dentro, Dayton os seguia logo atrás cantando alguma música em inglês, que Dylan preferiria ignorar a letra.

Duas semanas depois.

Dylan estava em seu escritório, a gravata frouxa e o jaleco jogado em qualquer canto da sala, sua vista desfocada tentava se concentrar no conteúdo do notebook.  Félix uma criança calma. Mas Dayton inventou de passar o dia fora para ajudar Austin a se instalar na casa nova, ao lado da deles, fazendo com que o filhote ficasse mais agitado, e para melhorar a situação, Dylan também teve de passar o dia fora deixando Payton com o filhote, Anne foi lá para ajudar, mas a criança aparentemente não gostava de ficar sem os alfas.

Quando Dylan chegou em casa na noite anterior, Payton estava de qualquer jeito na cama com a criança nos braços, quando a porta se abriu Félix começou a chorar, antes que Payton tentasse o amamentar, novamente, Dylan pegou o bebê entrando no chuveiro com ele, no começo ele não gostou muito, mas logo começou a dormir no peito nú do maior. Algumas mudanças foram feitas na casa também, a cama de Dayton teve de ser instalada no quarto do bebê para que dormissem junto, já que em uma conversa com Anne ela disse que seria melhor tirar o berço do quarto deles, pelo cio do alfa estar próximo e depois não ser tão corrido para eles.

..

Payton por outro lado, se sentia ansioso, Dylan estava tomando os supressores mas pensava em como seria o cio do alfa com os filhotes na casa, ele não se sentiria ameaçado por Dayton? Isso não é possível, ele é só um filhote, o ômega também se preocupava em como iria cuidar do filhote, poderia fazer isso quando o alfa fosse descansar antes do calor voltar, mas lupus são tão ativos, e se demorasse? E se Dylan não o deixasse sair do quarto? Anne daria conta sozinha? Suas bochechas queimavam ao pensar que sua sogra ficaria em sua casa enquanto ajudava o alfa no cio, e se ela ouvisse algo? E se o alfa pegasse pesado e ele não conseguisse andar? Eram tantos pensamentos que o menor se viu obrigado a entrar na banheira.

Payton segue o truque do alfa entrando com o filhote no peito, dessa vez ele não se assustou, apenas ficou quieto, chupando a pele do ômega em alguns momentos, porém quieto.

Payton faz uma colcha com a mão pegando água molhando as costas do bebê, o ômega faz isso mais alguns vezes, logo ficando quieto com o filhote apenas relaxando.

××

— Por que você está tão bravo?| Pergunta ao filhote que não parava de chorar.

— Eu te alimentei, você tá limpinho, cheiroso, bem arrumado e cansado, é só dormir, não é difícil é só fechar os olhos aí o sono vem, sabia? Vamos lá bebê, eu sei que ainda tem um pouco de sono no fundo do seu peito!| Félix acalma seus gritos ouvindo a voz da mãe, não abandonando o choro.

— Vem, eu te deixo na minha cama, sei que não devemos te acostumar mais um dia não mata, né? Não acho que seu pai vá ficar bravo, mas depois você vai deitar com Dayton.

Anda apressadamente pelo corredor até a suíte, deitando o filhote no centro montando uma barreira ao lado livre, Payton se deita abraçando o bebê.

— Vamos lá, boa noite! Se você dormir, assim que acordar eles vão estar aqui! Eu sei que essa casa parece ficar gelada sem eles, na verdade parece uma casa abandonada sem eles, coisa de filme de terror, eu também odeio não ter eles por perto, sabe? Mas não podemos fazer nada, Dayton tem que estudar e Dylan trabalhar, eu tenho vontade de voltar a trabalhar... As vezes, de vez em quando.| Félix estava em silêncio ouvindo a voz do ômega, enquanto estava deitado em seu peito.

— Boa noite meu bebê.| A criança aperta o dedo do ômega o fazendo sorrir.

×××

Dylan segura firmemente o mármore chegando a embranquecer seus dedos, Payton no andar de cima sai do quarto das crianças descendo para a cozinha vendo o alfa inclinada na pia, de cabeça baixa e respiração alta.

— Ainda não subiu? Vamos lá, eu te faço companhia no banho e dormimos juntos, você está bem?

— Estou me sentindo tonto, me de alguns minutos por favor!

Payton se aproxima do maior pegando sua mão.

— Se apoia em mim e vamos!| O alfa da um pequeno sorriso passando seu braço pelo ombro do menor tentando não pesar.

Ao entrarem no quarto, Dylan vai direto para o banheiro trancando a porta, tira suas peças desesperado se sentindo febril ligando a água gelada, para acabar com sua animação lá em baixo.

— Você está bem? Quer que eu ligue para sua mãe?

— Não precisa meu bem.| Fala alto pensando em como iria chamar a ômega, talvez conseguissem sobreviver com os alimentos do frigobar, o alfa não se via deixando o ômega sair do quarto tendo a presença de outros alfas, mesmo que parentes, a como Dylan estava nervoso.

O homem estava com as mãos espalmadas na parede de cabeça baixa, a água do chuveiro batia contra suas costas, o alfa sente algo quente correndo por todo seu corpo o fazendo levantar a cabeça, seu reflexo mostrava as íris totalmente vermelhas, em uma cor forte como sangue, as presas expostas e totalmente pontudas.

Dylan rosna saindo do banho, seu lobo gritava e rosnava pelo nome de Payton, e para que ele fosse logo até o ômega, o homem suspira se olhando no espelho, molhando seus cabelos rapidamente destrancando a porta.