Capítulo 38 - Em Casa

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"Por que eles dizem que lar é onde seu coração está inaterável."

- Home, Gabrielle Aplin.

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Megan descobriu que amava Austin quando o viu chorando dentro daquele carro enquanto fumava um cigarro. Era hilário, ela sabia, mas o amor era assim, não era mesmo? Para falar a verdade, ela não tinha certeza que o amava até vê-lo naquele estado. Seu coração se apertou, e tudo que ela queria era entrar ali e o envolver em seus braços. Esperava que aquilo fosse amor, por que se não fosse, não tinha problema: ela sabia que também era uma coisa muito boa.

Depois que saíram do estacionamento, eles passaram em uma lanchonete vinte e quatro horas para tomar um café bem quente, Megan estava congelando.

- Tenho certeza que você vai acordar amanhã com um resfriado - disse Austin, colocando duas colheres de açúcar em seu café.

Megan agradeceu quando sentiu a bebida quente descer pela sua garganta.

- Valeu a pena - respondeu.

Austin sorriu. Eles ficaram em silêncio. Austin sabia que Megan iria querer que ele conversasse com seus pais - e no fundo, ele também desejava isso. Mas ainda não estava preparado, e não desejava que ela o obrigasse.

- Quando vai decidir... conversar com seus pais? - Perguntou ela, parecendo adivinhar os pensamentos dele.

- Amanhã - respondeu ele, com uma convicção que surpreendeu até a si mesmo. - Hoje não.

Megan assentiu, ela entendia.

- Bem, então precisamos de um lugar para dormir - bocejou. - Você não sabe como estou cansada.

Dava para ver pelo estado dela.

- Sei de um lugar onde podemos ir.

Antes de irem para o pequeno hotel localizado em uma área distante de Londres, eles passaram em uma farmácia e compraram itens pessoais. O hotel era simples, apenas uma cama de casal, uma televisão e um banheiro fazia parte do quarto. Era apenas por uma noite, e Megan estava satisfeita por eles terem privacidade.

Ela tomou um banho quente e vestiu uma das camisas de Austin. Às três horas eles se deitaram, no escuro, um de frente para o outro. Megan escutava a respiração dele e os sons das sirenes, das rodas dos carros e das motocicletas da imensa cidade de Londres e se perguntava quando aquilo aconteceu. Quando exatamente ela começou a sentir algo pelo homem que mais odiava? Megan sorriu.

- Do que está sorrindo? - Sussurrou ele, passando a mão pelo cabelo dela.

- Eu não sei - respondeu com sinceridade. - O que a gente faz agora?

Sentiu que já havia feito essa mesma pergunta há um tempo atrás, e tinha certeza que a resposta seria a mesma.

- Em relação ao que?

- A tudo.

Austin ponderou.

- Você é oficialmente minha namorada agora - disse ele. - Vou resolver minha relação... com os meus pais.

Megan ficou mais do que contente com a notícia.

- Mas não vamos falar disso por enquanto - continuou Austin. - Agora eu quero beijar minha namorada.

Eles se beijaram. Megan sentiu o calor do peito nu dele junto a si e passou as mãos pelo seu corpo. O quarto ficou quente e a noite os engoliu - ou pelo menos o que havia restado dela.

Se Você Fosse MúsicaOnde histórias criam vida. Descubra agora