Uma nova coroa

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Flynn

Um novo dia se inicia e, com ele, nossa dama se levanta, permitindo que os raios de luz inundassem aquela que era sua redoma de paz. Flynn estava exalando felicidade: encontrar Sua Majestade e a amiga tão leves foi uma grande alegria. Quanto tempo sem vê-las esbanjar sorrisos tão verdadeiros? A moça recorda-se também do momento que compartilhou com os amigos no salão...

A dança com o doce cavalheiro de escuras madeixas presenteou a jovem com uma liberdade que, ultimamente, não conseguia encontrar nem em seus próprios pensamentos. Passar um tempo com Sir Peters mostrou-se uma reconfortante fuga de sua realidade, quando sozinha, via-se sempre presa na saudade, afinal seu irmão era um de seus pilares...

A jovem sabia que tudo ia acabar bem, logo Sir Taylor estaria de volta, trazendo novidades... Essa constatação, a fez recordar que seu amigo, que acabara de retornar. A moça estava curiosa para entender melhor a relação do mais novo trio que podia chamar de amigos.

E esse era mais um motivo para querer chegar logo no salão de jantar, sem contar que a dama desejava entender como havia sido a viagem de Willie. Assim, a moça terminou de se arrumar e encaminhou-se ao encontro dos outros para o dejejum.

O caminho por entre os corredores do Molina’s Palace fazia a dama refletir. Tudo que aconteceu nos últimos dias estava vívido em sua mente, era impossível negar que o momento em que conversou com o jovem guarda, ainda nos jardins rondava seus pensamentos de maneira constante.

Flynn não conseguia explicar, mas as palavras que o jovem a havia dirigido atingiram-na profundamente, algo em seu íntimo dizia que ela poderia confiar no rapaz... Ainda divagando sobre o tempo que tem passado com o novo guarda, a dama adentra o salão no qual estavam reunidos seus jovens amigos.

— Um bom dia Julie! Bom dia, senhores! – Flynn cumprimenta os rapazes com uma formalidade que deixa a princesa curiosa.

A dama de companhia posiciona-se à direita da princesa e, estranhando a ausência da rainha, indaga:

— Onde está tia Rose, amiga? Ela precisa de algo? – Mesmo sabendo que não há necessidade de se preocupar com Sua Majestade, Flynn não consegue evitar o ímpeto de ajuda.

— Não se preocupe, amiga! Sabe como hoje ainda é um dia difícil... Mamãe informou que ficará em seus aposentos... Nós poderemos resolver as coisas e passar o dia juntos... Se for da vontade de todos, é claro.

Após acomodar-se, a jovem de tranças tranquiliza a princesa. Assim, o grupo começa o dia tratando de amenidades e desfrutando das doces iguarias do Reino de Los Angeles.

— Meninos, vejam, este morango parece tão saboroso quanto os que cultiva na propriedade, Luke! – A voz contida foi suficiente para despertar a moça de seus desvaneios, percebendo estar a frente do rapaz que vinha ganhando espaço em seus pensamentos.

— Cultiva estas doces frutas, caro senhor? – A princesa indaga.

— Em verdade, a ideia foi dos meninos... Precisávamos de algo para ajudar a manter propriedade... E, particularmente, amo o cheirinho doce da plantação ao amanhecer.

A resposta do rapaz arranca sorrisos de todos na mesa. Flynn recorda o que gostaria de perguntar a Sir Ortega, porém, antes, questiona ao cavalheiro de olhos esmeralda:

— Luke, espero que não haja problemas em tratá-lo assim, se me permite, estou curiosa para saber como Willie e Alex acalmaram sua mãe – A moça se posiciona lançando também o olhar, como se pedisse permissão ao jovem Mercer.

— Como já foi dito, não há problemas senhorita! Vamos lá, rapazes, contem-nos, mamãe está bem, amigo?

— Fique calmo, está tudo sob controle! Tia Emily compreendeu a situação, mas não vou negar que ela ficou bem preocupada... Quando contei que eu e Reggie passamos a fazer parte da guarda, ela ficou radiante, amigo.

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