CAPÍTULO 387 - 387: DEIXANDO-O SAIR

34 6 0
                                    

"N-não. Sem terceira opção. Vou selecionar!" Adam soltou, surpreso. A explicação parecia mais assustadora.

— Se eu selecionar uma das duas garrafas, tenho pelo menos cinqüenta por cento de chance de sobrevivência se tiver sorte. Mas se eu não escolher, ele me jogará para fora do prédio. Isso é cem por cento de morte desta altura. Não posso correr esse risco. Mas qual escolher?

Ele olhou para cada uma das garrafas, imaginando qual escolher. Ambas as garrafas pareciam iguais. E não eram garrafas transparentes. Ele não conseguia ver a cor do líquido dentro deles.

Ele não podia fazer um palpite. Ele só podia entrar às cegas.

"Você só tem trinta segundos restantes. Selecione rápido." Lúcifer lembrou o homem, olhando para o relógio de parede.

"Dez segundos."

"Seis segundos."

Adam começou a suar quando Lúcifer começou a contagem regressiva. Ele ainda não sabia qual escolher.

"Dois segundos."

"Eu escolho o caminho certo." No último momento, ele contou sua escolha.

"Este?" Lúcifer pegou a garrafa à direita de Adam.

Adam acenou com a cabeça, ainda tendo dúvidas.

"Abra a boca e certifique-se de beber tudo." Lúcifer abriu a tampa da garrafa.

Adão abriu a boca, rezando aos deuses para que aquela fosse a garrafa com o remédio e não o veneno.

Lúcifer derramou o líquido dentro da boca de Adão, que o bebeu, não tendo escolha.

Quando a pequena garrafa ficou vazia, Lúcifer a colocou de lado.

O tempo continuou escorrendo enquanto Adam esperava pelos efeitos. Ele não conseguia ver nenhum mesmo quando cinco minutos se passaram.

"Hmm? Parece que você teve sorte. Você escolheu o remédio," Lúcifer soltou, suspirando. "Eu estava realmente esperando que você escolhesse o veneno."

Ao ouvir as palavras de Lúcifer, Adam deu um suspiro de alívio. Ele realmente conseguiu sobreviver.

"Você está livre para sair. Saia deste lugar e volte para sua casa. Vou enviar uma pessoa lá para ajudá-lo a curar suas mãos", disse Lúcifer a Adam, levantando-se.

Ele caminhou até a porta e a abriu para Adam. "Da próxima vez, não envenene ninguém."

"Eu não vou! Eu juro!" Adam exclamou enquanto se levantava apressadamente e começava a sair. Ele saiu da sala, andando livremente. Ninguém o parou.

Afastando-se, Salazar também observou Adam sair alegremente. Ele não conseguia entender por que Lúcifer fez isso.

"Você está realmente deixando ele livre desse jeito? Ele envenenou Zale! Eu não entendo sua decisão. Por que você simplesmente não o matou?"

"Você realmente acha que eu deixaria aquele bastardo livre?" Lúcifer perguntou, balançando a cabeça.

Com as mãos no bolso, ele começou a se afastar.

"Você vai impedi-lo?" Salazar perguntou, seguindo Lúcifer.

"Por que eu iria? Ele morreu no momento em que bebeu daquela garrafa", Lúcifer respondeu, balançando a cabeça.

"Você quer dizer que aquela garrafa continha veneno?" perguntou Salazar, atordoado.

"Não apenas aquela garrafa. Ambos continham o veneno. Faz efeito um pouco tarde", explicou Lúcifer.

"Isso... Você nunca deu a ele uma escolha? Você só o fez pensar que ele tinha uma chance de sobrevivência?"

"Eu nunca posso deixar o assassino dos meus pais viver. Eu só queria que ele sofresse da mesma forma que meus pais sofreram."

"Por que você disse a ele que ele bebeu o remédio então?"

"Na verdade, é muito simples. Ele envenenou a água de toda a equipe dos meus pais. Eles provavelmente não sabiam que estavam envenenados até que aconteceu. Eu quero que ele passe pelo mesmo", explicou Lúcifer.

"Eu quero que ele pense que escapou da morte. Eu quero que ele acredite que ele sobreviveu. Eu quero que ele faça planos para o futuro, pense no que ele vai fazer depois de sair daqui. Eu quero que ele tenha vida até no momento em que é dolorosamente arrebatado dele."

...

Adam usou as escadas para descer. Ele estava extremamente feliz por ter conseguido sobreviver. Mesmo tendo perdido a mão no processo, ele ganhou vida. Pelo menos foi o que ele pensou.

Apenas três minutos se passaram quando ele começou a sentir algo estranho. Seu coração começou a bater rapidamente. Uma estranha sensação de formigamento se espalhou por todo o seu corpo. Até seu rosto estava sofrendo esse estranho formigamento.

Ele começou a se sentir extremamente cansado. Até suas pernas tremiam. Ele não conseguia mais andar. Com o apoio da parede, sentou-se na escada, sentindo o peito latejar.

Todo o seu corpo começou a suar quando sua respiração se acelerou. Ele também sentiu como se estivesse tendo dificuldade para respirar.

Suas pernas também começaram a inchar quando ficaram azuis.

Em segundos, ele perdeu o controle dos dedos dos pés. Logo, suas pernas pararam de ouvi-lo. Ele não conseguia mover os pés. Até seu pescoço ficou rígido, sem se mover. Seu rosto começou a se contorcer estranhamente.

A respiração estava ficando cada vez mais difícil para ele. Lágrimas saíram de seus olhos, incapaz de fazer qualquer coisa. Ele sentiu como se estivesse morrendo, mas era tão doloroso, mas tão lento.

Logo, o sangue começou a sair de seus olhos, nariz e boca. Sua pele começou a apodrecer, enquanto ele ainda estava vivo. Neste ponto, ele queria morrer rápido, mas mesmo a morte não estava chegando rápido. Foi uma tortura.

Ele já havia percebido que não havia escolhido o remédio. Em vez disso, ele escolheu o veneno, enchendo-o de extremo arrependimento.

Ele não pôde deixar de pensar se era o carma voltando para ele por envenenar as pessoas que confiavam nele?

Seu estômago começou a inchar, fazendo-o sentir como se fosse explodir. Seus olhos também começaram a inchar, ficando pretos como breu. Ele já havia perdido a visão. Tudo já era preto para ele.

A tortura durou trinta minutos antes que finalmente a doce morte chegasse a ele, tirando-o de sua miséria.

Um corpo imóvel caiu na escada, morto.

...

"Kellian, eu acho que um corpo deveria estar deitado na escada. Você pode dizer a alguém para limpá-lo?" Lúcifer perguntou a Kellian pelo telefone antes de entrar no elevador, que o levou ao andar onde ficava seu escritório.

Entrou no seu gabinete, acompanhado por Salazar.

Lúcifer sentou-se em sua cadeira enquanto Salazar se sentou do outro lado da mesa à sua frente.

"Tudo bem, Salazar. Eu tenho um trabalho para você. Já que você vai se vingar, eu acho que você será perfeito para isso."

"Que trabalho?" perguntou Salazar.

"Eu quero que você me acompanhe a um lugar", disse Lúcifer, abrindo sua gaveta.

"Qual lugar?" perguntou Salazar.

Lúcifer tirou um arquivo de sua gaveta e o colocou diante de Salazar. "Esse lugar."

Salazar abriu o arquivo e leu o nome na primeira página, que estava escrito em negrito.

Inhuman Warlock - 2Onde histórias criam vida. Descubra agora