CAPÍTULO 1

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🍒Hoje é um bom dia para conhecer um grego... 

Como prometido aqui estou eu com mais um capítulo espero que goste, obrigada por acompanhar meu trabalho espero que possam me acompanhar nas redes sociais tbm, os links estão na BIO.

🍒Espero que gostem, me conta nos comentários!

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ARGOS

Nova York — Estados Unidos

ESTÁVAMOS PRESTES A POUSAR sobre o heliporto Courtyard and Residence Inn Manhattan no Central Park, minha última aquisição para ao Conglomerado Onassis. Uma conquista que contrariava todas as previsões de meu avô quando deixei Santorini e fiz de Nova York o meu mundo, longe da sua influência.

"Senhor, o mal tempo não vai impedi-lo de apreciar a vista maravilhosa do Central Park, Rio Hudson e Times Square..."

Johnson, o piloto acenou para fora da aeronave, já era noite e com isso as luzes e a grandeza dos locais mais badalados e almejados de Manhattan pelos turistas ganharam destaque ao longo do rio, infelizmente não encheram meus olhos como antes, mas respondi com qualquer coisa, para que não se sentisse constrangido.

Geralmente pilotava o meu próprio helicóptero, mas devido as circunstâncias, aceitei o conselho de Niko Boulos renunciando à privacidade para manter-nos seguros. Naquele momento só conseguiria ouvir o meu melhor amigo que há anos preferiu ser o guarda-costas, assistente pessoal, conselheiro a estar envolvido com seus próprios dilemas. Ele como todos os Onassis tinha seus próprios demônios a enfrentar.

Ódio se alastrava por meus poros após a ligação de Gaia, minha prima foi delicada em tratar do assunto mesmo que fosse atingida diretamente pela exposição e percebeu que o melhor a fazer, seria vir Manhattan ao meu encontro para juntos nos prepararmos para o pior.

A raiva obliterava minhas emoções e mesmo que a mantivesse submersa, não demoraria muito mais para explodir e arrasar todos os meus inimigos a frente. A afronta e a traição foram demais para o meu sangue grego.

Por ironia a frase estampada na capa da Forbes essa manhã expunha uma foto minha e ao lado a nota particular do colunista: "perdão é algo que só Theós pode dar. Seja nos negócios ou na vida, o Bilionário Argos Onassis, não perdoa a ninguém!"

A matéria ressaltava como vinha comprando lotes de empresas por todo o mundo e as desmontado para revender em pedaços nos últimos anos somando a fortuna dos Onassis, mas por trás de todo esse trabalho havia motivos que não seriam divulgados. Mesmo que estivesse cercado por pessoas motivadas a serem parceiros e ótimos colaboradores, não confiava em ninguém.

Poder, riqueza e sucesso tinham um preço, estar atrelado a uma vida de mentiras e acordos malfadados, principalmente entre famílias gregas tão poderosas quanto a que pertencia e nas últimas vinte quatro horas, estava mais que comprovado. Estava cercado por espiões fossem em minha própria família, associados ou concorrentes, todos queriam me derrubar na primeira falha.

O celular vibrou no bolso do casaco e ignorei, não estava com disposição para falar com ninguém. O barulho dos rotores atrapalhava a comunicação por isso usávamos fones, meu assistente resmungou atraindo minha atenção. Percebi o desconforto de Niko ao meu lado, levei a mão ao fone para abri nossa comunicação.

Niko suspirou aprumando o corpo avantajado com uma musculatura tão grande quanto a minha, encarei os olhos verdes tão diferentes dos meus escuros percebendo o seu receio.

"Fale Niko" — ordenei.

Ele pigarreou mantendo o tom sempre formal na frente de outros funcionários.

"Senhor Onassis é o seu avô, atenderá?"

Com certeza, não o faria. Hoje o que desejava, Kalais Onassis não seria capaz me dar, se fossemos verdadeiros, poderia culpá-lo por parte daquela situação. Com minha negativa, meu homem de confiança silenciou o aparelho.

O piloto fez um sinal para indicar a torre alta iluminada do prédio, ouvi atentamente sua conversa por rádio e as manobras que seriam um pouco mais arriscadas. Fevereiro era a alta estação do inverno em Nova York com rajadas fortes de vento — e na Grécia, seria uma péssima época para velejar pelo Egeu sem grande experiência — o pensamento veio sem poder controlá-lo.

Praguejei alto e todos os tripulantes me olharam com receio. Pousamos com segurança e fomos recepcionados por Mr. Harrison, o mordomo exclusivo para minha suíte e o Administrador do Hotel, Mr. Robson.

— Senhor Onassis, é um prazer tê-lo aqui, nós sentimos...

Ergui minha mão para os silenciar. Os homens pareciam afoitos em me cumprimentar e expressar seus sentimentos, mas não teríamos tempos para isso.

— Não há necessidades disso Mr. Robson, acompanharei Harrison, com certeza tem tudo preparado?

— Sim, Mr. Onassis e sua visitante foi acomodada como solicitou. — O homem calvo se inclinou com meia mesura, admirava sua eficiência, mas desabonava tanta pompa.

Seguimos para o elevador evitando o vento frio, mas antes das portas se fecharem já havia decidido que não ficaria ali por tanto tempo como tinha planejado, tinha urgência em terminar aquela história.

— Niko, quanto tempo para o jato estar pronto? — perguntei voltando a atenção ao mordomo com as mãos estendidas para segurar o meu casaco pesado.

Afrouxei a gravata enquanto Niko ouvia a resposta por ligação feita ao piloto no hangar. As portas do elevador se abriram um minuto após terem se fechado, a suíte master era exclusiva, além de ter um cartão chave para acessar, o andar inteiro estaria isolado para minha privacidade e segurança.

— Estaremos com tudo pronto em meia hora senhor, seu piloto de confiança está a bordo e a senhorita Onassis já confirmou que embarcará conosco — ele pausou olhando para os homens a minhas costas, mas pela nossa troca de olhares, sabia o que não estava dizendo, Gaia estava com a Zoe.

— Perfeito! Garanta que tudo e todos estejam preparados — reforcei não necessitando explicar quem deveria estar no jato que partiria para a Grécia naquela noite.

Dispensei os homens, retirei do bolso do terno o cartão chave e ao ouvir o som da porta sendo destravada, senti como se um dique represando toneladas de água parada explodisse arrasando tudo para fora de mim.

Imprequei mentalmente, não vacilaria, de forma alguma me negaria àquele pequeno desterro. Poucos passos foram necessários para observar a mulher sofisticada sentada de pernas cruzadas sobre o sofá caríssimo a minha espera, o seu sorriso prometia sexo do jeito que gostava, duro e voraz, o que era uma pena, não tinha interesse em uma segunda foda naquele momento.

— Senhor Onassis — ela murmurou ao se erguer —, sinto muito por sua perda?! — Ela deu de ombros com um ar de falso lamento.

— Não sinta, realmente não tem motivos para isso, senhorita Ramirez. — Não precisava das suas condolências, o que necessitava estava disposto sobre a mesa de centro diante dela.

Com passos largos me aproximei sem necessitar de qualquer explicação, as fotos que a detetive particular que contratei alguns meses atrás me trouxera seriam o suficiente.

— Creio que não terão tanta utilidade agora — a senhorita Ramirez deu a volta postando-se ao meu lado.

Não poderia encará-la e talvez a ninguém naquele momento, infelizmente era tarde demais para usar como provas na quebra do contrário nupcial por parte da minha maldita esposa, mas as guardaria e no momento certo usaria ao meu favor.


Até sexta-feira...

Paixão Grega - Lv 1Onde histórias criam vida. Descubra agora