Natalie Brown☂
— Estou horrível! – Falo me olhando no espelho. Meu cabelo está parecendo um ninho de mafagafos, e a minha roupa está toda suja de leite e bolo.
Daqui a pouco tenho que ir ao trabalho, vou chegar atrasada no meu primeiro dia por causa daquele desgraçado. Como ele teve a audácia de me dar um bolo de pimenta? Idiota!
...
Logo após que tomei banho, coloquei uma roupa confortável de inverno. Por que aqui é tão frio? Estou usando uma blusa branca, um moletom de poliéster rosa fraco, uma calça preta e uma bota preta de cortuno de salto.
Estou belíssima como a flor Cravina.
Ao sair a brisa gelada vem de encontro a mim, me fazendo sentir um arrepio. Me mudei a pouco tempo e já sinto saudade da Califórnia, mesmo no inverno a temperatura não é tão baixa, já aqui costuma ser bem frio.
Olho para direita e vejo um táxi, faço sinal e ele para.
— Bom dia, senhor. Me deixe na editora de HQ.
Hoje começo a trabalhar em uma editora de HQ. Vou ser responsável por providenciar uma representação gráfica que corresponda ao conteúdo do texto do associado. E sim, sou desenhista.
...
Entro na editora e fico admirada, há milhares de quadrinho na entrada, as paredes tem cores vivas e isso faz o lugar ser bastante lídimo.
— Bom dia, Natalie. – Diz uma mulher de cabelo preto com um sorriso largo em seu rosto.
— Bom dia. Peço perdão pelo meu atraso.
— Tudo bem! Meu nome é Rose, sou a Gerente editorial.
— Prazer em conhecê-la. – Falo esboçando um sorriso.
— O prazer é todo meu. Eu vi os seus desenhos e são ótimos!
— Obrigada. – Sorrio.
— Agora... vamos conhecer o pessoal.
Ela me redireciona para uma escada cor de madeira e eu a subo.
— Pessoal, esta é a Natalie, a mais nova desenhista de nossa editora.
Logo após que Rose falou algumas pessoas me deram boas vindas. Estou gostando desse lugar, mais uma etapa em minha vida se começa.
...
São 17:30 da tarde, infelizmente o meu horário terminou. Passei o dia desenhando personagens medievais, a que eu mais gostei foi a rainha, consegui transmitir o seu olhar frio e triste. A sua sua roupa era da cor marrom, e ele descia até o chão. As mangas compridas caiam como uma cascata até os joelhos, com detalhes dourados por todo o comprimento. Com decote reto, e um corpete de amarração, os arabescos dourados ficavam em mais evidência ainda.
Organizo a minha mesa, me despeço de algumas pessoas e saio da editora.
Cheguei a pouco tempo em Nova York, não faz uma semana, não tive tempo de ir em cafés, restaurantes, lanchonetes e pontos turísticos. Só fiquei arrumando a minha casa e me irritando por causa daquele vizinho, eu realmente acho que ele tem algum probleminha, talvez seja louco. Mas não vou perder mais a minha sagrada paz, eu quero apenas focar em meu trabalho.
...
Abro meu armário de cozinha e vejo que não tem nada que me agrade, preciso fazer compras, não tem nenhuma guloseima. Sou ninguém sem guloseimas. Talvez eu vá 20:00 horas ao mercado, mas antes, vou fazer ioga para melhorar a minha concentração.
40 minutos depois...
— Por hoje é só! – Falo em voz alta ajeitando o meu cabelo.
Pego meu celular e vejo a hora. Falta poucos minutos para dar 20:00 horas.
Decidi ir ao mercado, mas antes, vou tomar banho.
Logo após que tomei banho coloquei uma calça e um casaco de moletom preto e fiz um coque em meu cabelo, apenas deixando alguns fios soltos.
— Estou pronta! – Falo em voz alta e pego a minha bolsa.
Ao sair vejo um táxi vindo, corro e faço sinal. Um dos pontos positivos de morar aqui é que passa táxi frequentemente. Entro no carro e desejo ao motorista uma boa noite, por mais que pareça estar cansado, ele esboça um sorriso bastante caloroso. Logo após de alguns minutos o motorista me deixa em frente ao mercado, o pago, lhe agradeço e saio do carro.
Entro no mercado, e pego um carrinho para me ajudar nas minhas compras. Começo a andar lentamente olhando cada produto que há no mercado.
Talvez eu devesse comprar sorvete. Por mais que esteja frio é uma ótima ideia.
...
Depois de horas no mercado, finalmente estou em casa. Já guardei as coisas que comprei. Talvez, mas só talvez, eu tenha exagerado nos doces e nos sorvetes.
Mas... acontece.
VOCÊ ESTÁ LENDO
Vejamos
RomanceJohn Hughes, é um homem que sempre analisa tudo, sempre julga todos que está em sua volta, frio, pessimista e de poucas palavras. Sorrir não é muito o seu forte ser sociável muito menos. Chuvas, tempestades e ventos fortes tudo isso o agrada pois i...