NOVE: em todas as probabilidades, elas estavam entrelaçadas

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🎧 Playlist da obra na mensagem fixada do meu perfil

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K. Seulgi


A noite se tornou eterna. Os minutos corriam, e nada além de lágrimas acanhadas passavam por meus olhos. Não havia como dormir assim.

Peguei no sono apenas quando ouvi a porta da entrada se abrindo. Ela caminhou devagar pela sala, subiu a escada mais lentamente ainda; parou em frente à porta do quarto, mas não abriu. Retornou à sala e ligou a TV, deixando o volume baixinho.

Ela voltou e, consigo, trouxe o que só ela tinha; aquilo do qual eu precisava, mas não dizia em voz alta.


{...}


O despertador me tirou da curta soneca desta noite. Antes que eu abrisse melhor os olhos para desligá-lo, o som cessou. O colchão se afunda um pouco, e mãos macias me acariciam as bochechas.

JooHyun, com a feição envergonhada, me observa. Ela abaixa a cabeça, levando sua mão à minha.

— Me desculpe por ontem... Eu não deveria ter dito aquelas coisas nem te deixado. Me perdoa. — ela dá uma fungada, e gotas caem de seu rosto, que estava abaixado.

Meu olhos reagem molhando também.

— Ei, ei... tudo bem. — ela soluça. — JooHyun... não chore. — puxo-a para sentar ao lado, mas ela se aconchega em meu colo, afundando o rosto úmido em meu pescoço.

Envolvi os braços em seu dorso; ela se acalmava aos poucos, respirava contida. Ergueu a cabeça, e ficamos cara a cara. Seu rosto, avermelhado, denunciava que havia chorado antes.

— Você é tudo que tenho, Seulgi... — declarou baixo, me fitando. — E tudo que quero. — acariciou minhas costas. Cada músculo em mim reagia se espasmando. — Fique comigo... — sua respiração se misturava à minha, e seus lábios pulsavam em rosa.

O gosto daquela boca permaneceu comigo ontem; eu ansiava por senti-la melhor. Não, seria um movimento arriscado.

— É... Vamos... comer.


{...}


— Eu não sei se quero fazer isso, Seulgi — admitiu Hyun, encolhida no banco do carona.

— São só alguns exames. — com a mão sobre sua coxa, a tranquilizo. — Vamos a um laboratório particular, não ao hospital.

— E isto demora muito? — pergunta e ajeita a postura.

— Não tanto. Talvez eu demore um pouco na recepção... É difícil fazer exames de uma pessoa sem documentos. — ela não liga muito para a última frase. Ou JooHyun não se importava com sua situação, ou ela fingia muito bem.

A Bae prestava atenção no que passava por nós fora do carro. E eu me esforçava para não prender os olhos na morena ao lado. Foco no volante, Kang Seulgi!

Mais alguns metros de estrada, e chegamos no laboratório. Na recepção, fomos rapidamente atendidas. Dei meu jeito e consegui fazer com que examinassem JooHyun sem que apresentássemos nenhum documento além da carteira de motorista, provavelmente falsa.

Todos querem matar Bae Joohyun | SeulRene (Red Velvet)Onde histórias criam vida. Descubra agora