Madara x S/n +18

Fique em minha casa

Capítulo 6

As memórias são sempre a pior parte.

Pov: S/n

O homem mistérioso me divertia.
Estar com ele era bom, e me trazia uma sensação estranha.

-Qual é seu nome?- Eu pergunto.

-É Madara, Madara Uchiha.-Ele sorri.

Ouço a voz de uma criança sussurrando esse nome e uma forte dor de cabeça me atinge.

-Está tudo bem?- O homem de cabelos negros pergunta.

-Dor de cabeça.- Digo fazendo uma careta.

-Você...sentiu algo depois que eu lhe disse meu nome?- Ele diz.

-Sim, soa familiar.- Explico.

Madara sorri.

-Qual o motivo do riso?- Digo me levantando do sofá.

-Você está se lembrando de mim, S/n.- Madara diz meu nome.

Rapidamente vejo o cenário de um lago.
E reconheço a memória.

-Desculpa, eu já te conhecia?- Pergunto a ele.

-Sim.- O homem responde dócil.- Não tente lembrar tudo de uma vez, venha, vamos tomar um ar lá fora.

Madara se levanta do sofá e puxa minha mão, me levando para caminhar sobre o campo que havia em minha varanda.

Andávamos próximos um do outro, as vezes eu notava que ele não tirava os olhos de mim, e depois desviava o olhar tentando disfarçar suas encaradas.

-Sabe S/n, a única coisa que eu quero que você se lembre, é sobre a promessa que fizemos.- Ele comenta.

-Promessa?-Eu pergunto confusa.

-Você me disse que tínhamos um laço.- Ao dizer isso Madara aproxima seu rosto do meu.

-E-Eu disse?- Gaguejo.

-Sim...-Ele fixa seus olhos negros em mim.- E eu prometi me casar com você.
Madara sorri ao me ver corando.

Meu coração disparou.

Eu o conheci a algumas horas e Madara já me causa sensações inexplicáveis.

Esse homem é um mistério que confundiu totalmente a minha linha de raciocínio.

-Mas primeiro, preciso te fazer ficar totalmente caída por mim.- Ele sorri novamente.- Isso pode ser um problema, senhorita Yoshihara?

-Não sei lhe dizer ao certo, senhor Uchiha.- Sorrio envergonhada.

[..]

O sol estava quente, nos afastamos do campo, pois agora caminhavamos sobre uma trilha com um pequeno riacho perto.

A todo momento, sentia que aquilo já aconteceu.
E por uma fração de segundos, eu me vi naquele riacho, expecificamente me afogando.

Olhei para trás e vi Madara, observando as árvores.
Outra vez, me vejo dentro d'água, mas agora Madara me puxava para fora.

São como fragmentos.
Flash's rápidos que ocorrem quando meu cérebro associa algo com o resquício de uma lembrança.

-Me conte mais sobre você.- Madara me fala.- Mesmo tendo passado algum tempo com sua pessoa ainda não sei nada sobre S/n Yoshihara.

-Oque quer saber?- Pergunto curiosa.

-Não sei, talvez o necessário?

-Sou S/n Yoshihara, fui criada pela minha Abuela Curandeira, fui amaldiçoada para roubar energia das pessoas e afasta-las, gosto de (Seus hobbies), minha cor preferida é (Sua cor predileta) e eu sirvo ao exército.-Digo o que vem a minha mente.

-Interessante, você sabe lutar agora?- Ele diz.

-Sim, com o colar, consigo centralizar as energias adquiridas e transforma-los em poder próprio.- Digo com palavras difíceis, tentando fazer-me de inteligente.

-Quanta astúcia.-Ele diz pegando em minha mão.- Minha noiva é impressionante.

Dou uma risadinha.
Não acreditava que Madara realmente a queria como esposa, mas pensou em entrar na suposta brincadeira.

-Não quero voltar para minha dimensão.-Em sua voz era perceptível decepção. - Não por agora.

-Dimensão?- Questiono.

-Sou de outra dimensão, e minha vida por lá está cada vez mais difícil.- Madara fala virando seu rosto.

-Sinto muito.- Digo e aperto um pouco sua mão, como forma de consolo.

-Quero ficar aqui com você, S/n.- Ele diz me puxando para um abraço.- Sua companhia é o suficiente para me fazer esquecer de todo meu ódio.

-Madara...isso é vergonhoso.- Digo.

-Desculpe, me empolgei.- Ele diz se afastando.- Sinto muito se isso a deixa desconfortável, vou tentar ser mais racional antes de tentar fazer contatos íntimos.

-Não é isso, só me sinto mal em não me lembrar de você.- Explico.

-Você vai recuperar sua memória aos poucos, eu não posso acelerar esse processo.- Ele fala.

-Gosto de ficar com você.- Digo sincera.- Parece que lhe conheço a muitos anos.

-Posso ficar aqui com você?- Madara se aproxima de mim novamente.- Só até eu colocar minha mente no lugar?

-Fique a vontade.- Eu puxo sua mão, correndo de volta para minha casa.

-Venha Madara, estou com fome.- Digo fazendo o entrar.

-Acalme-se querida, eu tenho pernas e sei andar.-Ele diz enquanto o puxo para outro cômodo da casa.

-Gosto de ser chamada de querida, é gratificante, e me sinto amada.- Digo bem baixo enquanto lhe aponto os utensílios de cozinha.

Madara sorri com minha fala.

Talvez ter alguém além de mim em minha casa, possa fazer os dias serem mais alegres.

Eu odeio ficar sozinha.

Fim do Capítulo