Quando é para dar errado, vai dar errado #ésóocomeço

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* Nota do autor: Ei, você aí! Se ler até aqui, deixa um comentário dizendo o que está achando da história? É um bom incentivo pra continuar e me ajuda a entender o que fazer daqui em diante!

Obrigado! :)

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Com seu copo de chá preto com limonada na mão esquerda e o celular de capa escura na direita, Chaeyoung alcançou o restaurante e se sentou na primeira cadeira livre que encontrou.

Não demorou muito para que decidisse trocar de lugar, porque um vento bastante gelado atravessou a avenida onde estava e a pessoa com quem ia se encontrar parecia que ainda ia demorar bastante para chegar. Suspirou profundamente quando jogou o celular no banco ao seu lado na nova mesa que pegou, bebendo uma boa parte do chá de uma só vez.

A verdade é que não levou muito mais tempo para que a outra pessoa chegasse, mas ela já estava impaciente o suficiente com seus motivos e já tinha esperado tempo demais para que ficasse menos irritada com o atraso.

- Desculpa, peguei um trânsito imenso no caminho ate aqui.

Ela avisou, jogando a bolsa que levava no ombro no mesmo banco onde o celular estava. Seus cabelos curtos e tingidos de preto tocavam levemente seus ombros, acariciando-os a cada movimento. Vestia-se em uma calça jeans azul clara na parte inferior e uma camiseta branca coberta por uma blusa de pelos longa e mais avermelhada na parte superior.

- Pediu algo pra mim? To morta de fome.

Chaeyoung revirou os olhos e voltou a beber um pouco do chá enquanto encarava a garota à sua frente com descrença. Quando viu que ela não perceberia o desgosto em sua cara, resolveu se explicar:

- Ta brincando né, Jihyo?! Você quem chegou atrasada, desgraça. Queria que eu adivinhasse que horas ia aparecer?

- Acordou bem hoje, pelo visto - a garota, Jihyo, respondeu. - Peço depois, então. O que te deixou tão irritada?

Chaeyoung, que estava mais apoiada na mesa do que na própria cadeira, voltou a deitar o corpo no encosto. Cruzou os braços, não sabendo se deveria ou não falar daquele assunto.

- É que... Tem umas coisas acontecendo lá na república. Só isso. Deixa pra lá, não quero explicar.

Jihyo fez uma cara de decepção para ela, mas não insistiu logo de cara. Ao invés disso, chamou uma garçonete para fazer seu pedido.

- Me faz um desse, por favor?

Ela pediu, apontando para o Vanilla Latte no cardápio. A mulher que anotou seu pedido saiu de prontidão.

Ela, por outro lado, voltava para Chaeyoung mais uma vez: - Vamos, Chaeyoung, eu não quero ter que implorar pra falar o que tá acontecendo, dá pra ver nos seus olhos que é importante pra você. É melhor se desabafar e sabe disso. Você não é tão durona assim, eu te conheço.

- Você não marcou aqui comigo pra me ouvir chorar, marcou? - Chaeyoung insistiu. - Vamos falar sobre outras coisas. Como vai o trabalho? Ou tá de folga de novo? Você parece que só tira folga toda hora. Queria um trabalho assim.

- Eu divido os dias da semana com outras pessoas agora, não tiro várias folgas, só trabalho poucos dias mesmo. É temporário. E como vai a república?

Chaeyoung revirou os olhos mais uma vez com a insistência.

Não sabia se queria tocar naquele assunto ainda. Talvez estivesse errada e conversar fosse bom para colocar os pensamentos no lugar... mas não sabia se Jihyo era a pessoa certa para isso.

Por si só, o assunto não era algo muito legal de se falar. E, apesar dela ser uma das pessoas que considerava mais próximas... conhecia-a bem demais para saber que seus julgamentos nunca eram dos melhores e mais bem pensados. Não ia entender bem e era provável que incentivasse justamente os comportamentos que Chaeyoung queria evitar.

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