Noite Mágica - Um baile de máscara inesquecível

Capítulo 1 - Nem tudo é o que aparenta ser

Não sobrara dúvidas sobre a grandiosidade do evento quando se depararam com outros inúmeros artistas. Demi estava com as mãos trêmulas, o suor escorregando por suas costas, passando pela coluna fechada com uma linda árvore. Quando atravessou as portas da entrada, já com a máscara preta adornando seu rosto, pensou que o nervosismo passaria. Mas ao notar um grupo que sempre quis conhecer, seu estômago deu duas voltas completas.

— Meu Deus, Keh, não surta, mas o BTS acabou de chegar! — tentou indicar, mas apenas ganhou um olhar vesgo de volta. Não era segredo para ninguém o quanto ela admirava os meninos.

O potencial e o alcance vocal de cada um deles era único e incrível, provocava arrepios por toda sua pele toda vez que escutava alguma canção deles. E apesar de não ter presenciado ao Grammy Awards de 2022, acompanhou pela TV a apresentação deles. Não tinha palavras suficientes no dicionário para expressar sua admiração.

— Demi Lovato! — exclamou um deles, de fios platinados. — Eu não acredito, é ela!

Todos arregalaram os olhos, e ela deixou sua risadinha de sempre escapar, de nervoso e alívio. Pelo visto, a admiração era recíproca.

— Meninos! É uma honra conhecê-los, estão encantadores. Mas é impossível não os identificar, mesmo com as lindas máscaras em seus rostos — confessou, tentando segurar a língua para não despejar mais elogios ainda.

Tae sorriu e deixou um riso escapar. Ele estava usando uma máscara coberta por escamas, azul-marinho e com adornos dourados.

— Você também é difícil de não reconhecer, Demi, está linda demais. Sua acompanhante também, que eu arrisco dizer... — mirou os piercings expostos na face. — Por Deus, é a Kehlani? — recuou um passo, como se assustado.

Era sempre assim. A mulher era uma deusa na terra, a reação de todos ao se deparar com ela era a mesma de sempre, se assustarem com tamanha beleza.

— Belos e astutos olhos, Tae — ela sorriu e foi ali mesmo que Demi enfartou.

Se existia alguma coisa, além da arte, que a fazia se derreter era o sorriso de sua amada, junto da risada de porquinho que só ela sabia dar.

— Bom, vamos aproveitar a noite então, belas moças — disse Tae com um sorriso genuíno e, pela observação de Demi, verdadeiro. Era bom ter mais alguém que também ficasse feliz perto da arte.

Acabaram por andar juntos pelas exposições de arte, uma mais linda que a outra. Não havia somente quadros de da Vinci, mas algumas esculturas, objetos que o pertenceram e — o que mais os maravilhou — um diário de bordo, contando todas as experiências dele. As folhas amassadas, frágeis e amareladas só comprovavam que de fato era uma antiguidade.

Kehlani já ia colocando a mão na obra de arte, mas Demi e Taehyung ao mesmo tempo pigarrearam e olharam completamente horrorizados para ela. Diante do olhar de confusão dela e dos demais membros do BTS, eles explicaram que obras de arte do tipo, com longa data e naquele estado frágil, são expostos e não há a necessidade de indicar que não é para tocar, pois já é óbvio para apreciadores de arte quando recebem tal convite.

Continuaram a vagar até que finalmente se dividiram. Demi, Kehlani e Taehyung acabaram por se esbarrar mais tarde no segundo andar do museu, onde ficavam as exposições no estilo especial, com texturas diferentes, artes em tinta fluorescente, bailarinos realizando alguma apresentação, entre outras.

Mas a obra que os chamou a atenção foi o único quadro ao centro da sala, diferente dos outros que estavam expostos nas paredes. Estava ali em um cavalete, alguns baldes de tinta ao chão e um pincel que, por incrível que pareça, estava com tinta fresca em suas serdas. Parecia até que alguém havia acabado de pintá-lo.