Noite Mágica - Um baile de máscara inesquecível

Capítulo 2 - O que outras pessoas dizem

Demi voltou aos tropeços de tão nervosa que estava para fotografar e compartilhar com Tae o que havia encontrado pelo caminho, um autorretrato de Leonardo da Vinci que, em um piscar de olhos, engoliu Kehlani para dentro do quadro!

Não havia colocado uma gota de álcool na boca sequer. Estava completamente lúcida. E não acreditava nem um pouco em magia, não tinha a menor chance... Interrompendo sua própria linha de raciocínio, Demi finalmente notou que Tae havia sumido também.

— Um quadro na sala debaixo, Kehlani some — começou, circundando o quadro, o único som preenchendo a sala vindo de seus salto-altos. — Outro quadro e Taehyung some... Que merda é essa?

No mesmo instante em que perguntou em voz alta, um pequeno som metálico veio detrás de si, o que a fez soltar um gritinho e pular.

Deu a volta cuidadosamente pelo quadro e notou que apenas um pincel tinha caído no chão.

— Ai, que susto... — suspirou.

Se abaixou cuidadosamente, pegou o pincel e o colocou de volta, ao lado de outro ali. Virou de costas, rondando o lugar com o olhar à espera de um possível milagre para encontrar Tae e Kehlani. Talvez fosse algum número de mágica artística. Mas dessa, em específico, não estava gostando.

Alguém a cutucou no ombro, por trás. Demi praticamente congelou. Mas relaxou os ombros, só podia ser Tae.

— Que susto, Tae, onde é que você ta...

Assim que virou para trás, a mulher negra do quadro a puxou pelos ombros com delicadeza, mas numa rapidez que ela mal notara o movimento. Mesmo assustada, não conseguiu não vislumbrá-la, ela era muito linda. No entanto, percebeu tarde demais, mas também havia sido puxada para dentro do quadro.

— Ah, não, não, não... — a mulher a soltou e ela disparou em queda livre.

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— NÃO! — gritava e a única resposta que recebia era o eco da própria voz enquanto caía.

Foi então que uma mão invisível a segurou por debaixo de si, como se uma nuvem macia, transportando-a delicadamente até o que parecia ser o chão, o fim de sua queda.

Na escuridão, há apenas uma luz acesa, acima de uma porta de madeira. Aquilo não poderia ser algo bom, só poderia dar para algum lugar ruim. E se a sequestrassem? Ou seria a festa dentro da festa?

— Égua... não tenha medo, Demi — sussurrou uma voz doce e calma. — Entre, por favor.

Não sabia o porquê, mas a voz a passara uma certa tranquilidade, talvez pudesse confiar nela. Então, depositando fé, girou a maçaneta e entrou.

Assim que a porta se abriu, revelou algo inimaginável de lindo. Os olhos de Demi se encheram de lágrimas no mesmo instante. O chão era de pura terra, vermelha, linda. Havia diversas espécies de plantas que nunca sequer vira, nem mesmo em seus sonhos tais espécies existiam. A mais linda de todas era um lírio laranja coberto por espirais brancos de pontas azuis, num degrade lindo até o branco.

Havia algo preto escrito na ponta. Se aproximou para checar. Assim que leu o nome ali gravado, escancarou a boca.

— Lindas, não são? — perguntou a voz, mas dessa vez não ecoava.

Olhou para trás e se deparou com a moça do quadro.

— São sim, mas... por que está escrito o nome de Taehyung nelas? Ele que as plantou?