Capítulo 3

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Ares

Tenho consciência do quão mau humorado e arrogante eu sou, mas quando se é um ex-militar que lutou na guerra e já viu tanto sofrimento e mortes, é normal não ser tão gentil quanto já foi um dia

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Tenho consciência do quão mau humorado e arrogante eu sou, mas quando se é um ex-militar que lutou na guerra e já viu tanto sofrimento e mortes, é normal não ser tão gentil quanto já foi um dia.

Foram dois anos de guerra e mais cinco em combate, e mesmo assim eu só voltei para casa por conta do falecimento da minha irmã por câncer à três anos atrás deixando Victor desamparado. Se não fosse por isso eu ainda estaria fazendo jus ao significado do meu nome; Deus da guerra.

Voltar para casa foi terrível, lhe dar com a sociedade foi a pior parte. Estava acostumado a conviver somente com meu patrulhamento ou com meu grupo de guerra - fora os inimigos - onde eles eram sinceros ao extremo e além do mais, honestos.

Com um sobrinho de 13 anos, um luto recente e com a tentativa de me readapitar com essa realidade, senti muitas vezes vontade de fugir. Mas lembrava que Victor precisava de mim, prometi a minha irmã que cuidaria dele e sempre cumpro com o que prometo.

Mas algo mudou em mim, algo não, alguém.

Ally.

Sem perceber ela trouxe meu sorriso de volta, hoje mesmo me peguei sorrindo enquanto arrumava seu carro, fiquei imaginando o quão feliz ela ficaria ao vê que consegui dar vida aquela lata velha.

Essa mulher em três dias balançou meu mundo que estava parado e sem vida a longos três anos.
Me fazendo quebrar a promessa de não mentir, e eu o fiz quando lhe fiz dizendo que não a queria.

Quando meu olhos bateu naquela mulher minúscula e todo envergonhada no meio da minha sala meu sangue correu tão rápido para o meu pau que eu nem sei como conseguir manter a cara fechada.
Foi impossível não olhar para aqueles dois melões que ela tinha, me fez pensar se ela sentia dor nas costas por carregar eles, talvez se eu segurasse eles por um tempo…

Infelizmente o desejo venceu a luta e estou desempenhado a trazê-la para minha vida, quero tudo aquilo para mim. Quero a Bombom ocupando todos os espaços em minha vida, preenchendo o vazio com sua doçura e petulância.

Irei seduzir Ally, a deixando tão viciada em mim que nunca vai querer ir embora. E farei isso sendo o cavalheiro romântico que ela quer que eu seja.

.

Uma batida na porta me fez correr para a mesma, abrindo rapidamente encontrando uma Ally linda envergonhada. Pedi que entrasse.

– Não pediu para nem um professor te trazer não é? – falei com humor, mas realmente queria saber.

Ela riu, ficando ainda mais bonita. – Não, pedi um carro pelo aplicativo. – caminhou até Victor.

Tentei convencer o pirralho a ir tomar um sorvete na praça mas ele se recusou, não pude insisti já que lhe devo um favor.
Noite passada assim que levei Ally em casa, pedi para Victor que assim que visse ela no outro dia na escola, pedisse seu número.

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