Ally
"Matilda, você fala sobre a dor como se tivesse tudo bem mas eu sei que você sente como se um pedaço seu estivesse morto por dentro."
Minha família é típica família padrão da máfia, composta por um chefe de família, uma esposa submissa, um herdeiro homem e uma filha que vive em um colégio interno.
Toda garota que nescesse naquele meio era obrigada pelos líderes a ser colocada naquele colégio e permanecer até maior idade. E comigo não foi diferente, cresci e aprendi a ser uma boa esposa de acordo com as regras da máfia e quando completei 18 fui apresentada aos membros do conselho.
A minha desgraça começou uma semana depois, quando meu pai deu um jantar formal para um convidado. Igor, meu maior pesadelo.
Naquele jantar meu destino foi trasado e concretizado como um contrato de compra e venda. Entregue para um homem que conseguia ser ainda pior que meu próprio pai, um homem que sorria quando me batia.
Entrei nesse barco conciente de como era um homem mafioso, e tentei colocar em prática tudo que me foi ensinado no colégio. Mas nem com toda paciência, auto controle e força de vontade foi capaz de me fazer sentir algo que não fosse nojo ou ódio daquele homem.
Igor me via apenas como uma compra que não lhe trouxe vantagem alguma, já que com 1 ano de casados eu ainda não havia lhe dado um herdeiro. Mas eu tentei, fiz tudo que me era recomendo porém nada surgia resultado. Não queria envolver uma criança nisso, mas temia que caso eu não fizesse aquele homem acabaria me matando e arrumaria outra para colocar em meu lugar – já que na nossa máfia era considerado normal se livrar de uma árvore que não dava frutos.
O inferno maior aconteceu depois de dois anos de casados, quando sua amante apareceu grávida. Contestei a paternidade o que lhe acarretou uma fúria sem fim.
Naquele dia a surra que ele me deu foi mil vezes pior que as anteriores. Ele me xingava, chutava e enforcava com prazer. Me lembro de vê o diabo em seus olhos.
Alí eu soube que se não fugisse, aquele homem me mataria.
Não fiquem surpresos por lhes informar que não recorri a minha família. Se o fizesse apanharia do meu pai por somente ter cogitado a ideia de largar meu marido. Nem recorrer a minha mãe, a coitada já apanhou tanto daquele homem que não contesta mais nada que ele faz, então acabaria me entregando.
Fugi com a mão na frente e outra atrás, a minha sorte foi um simpática senhora que me deu abrigo. Ela me amostrou que o mundo aqui fora era muito melhor do que o mundo protegido pela "Família"
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Ares
RomanceCONCLUÍDO ✓ "O deus da guerra que via prazer no sofrimento alheio. Ares gostava de brigas e de ganhá-las. Ele podia matar um mortal apenas com um grito." Em toda sua vida Ally nunca achou que conheceria um deus grego completamente arrogante, grosso...