CONCLUÍDO ✓
"O deus da guerra que via prazer no sofrimento alheio. Ares gostava de brigas e de ganhá-las. Ele podia matar um mortal apenas com um grito."
Em toda sua vida Ally nunca achou que conheceria um deus grego completamente arrogante, grosso...
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A sensação de colocar a cabeça no travesseiro e dormir sorrindo é a melhor do mundo. E eu passo por isso faz 3 anos.
Sim, se passaram 3 anos desde o fatídico dia em que meu passado veio cobrar a conta.
De lá até aqui, cada dia é um sonho. Casei com o homem mais grosseiro e amoroso que já conheci e vivo feliz com ele, nossa filha e o Cérbero nosso cão. Fora Victor que passa a maior parte do tempo com o namorado.
Seus convidados ainda estão morando na cidade, mas Nix irá embora hoje para trabalhar numa delegacia no Brasil. Por isso, me ofereci para fazer uma festa de despedida.
– Está ansiosa para conhecer o delegado? – pergunto a Nix, que suspira.
– Estou receosa, o governador me avisou que ele é arisco e muito arrogante, o tipo que se acha dono da razão. – bebeu um pouco. – Espero que ele não venha depositar seu ego em mim, não estou afim de problemas…
Olhei chocada. – Eu ouvi direito? Você não quer arrumar problemas? – ri. – Nix, você atrai confusão a todo lugar que passa.
– Mas agora eu quero ser diferente. – falou tensa. – Nesse tempo que passamos juntas eu percebi que não quero ser tão rabugenta.
Toquei seu ombro. – Eu fico tão feliz. É sempre bom amadurecer e mudar um pouco. País novo, pessoa nova. – cocei a garganta. – Você está fazendo isso para arrumar um companheiro?
– Não! – exclamou alto demais. – Não me imagino com ninguém, nem agora nem no futuro. Me imagino sozinha numa casa modesta, com uma varanda e uma cadeira de balanço. Posso até adotar um cachorro.
– Mas você não precisa ficar sozinha para sempre, é bom ter alguém com a gente. – olhei para Ares com nossa filha nos braços, sorri. – Ter uma família, alguém para voltar para casa. Alguém para esquentar sua cama, ouvi como foi seu dia…
– Seus olhos brilham quando fala dele.
A encarei. – Você pode ter isso. Basta se permitir. Não tenha pressa, ser mais gentil já é um passo e tanto. Você tem uma personalidade forte e é uma mulher incrível, você irá encontrar alguém que faça seu coração bater mais rápido ao mesmo tempo que te faça querer esgana-lo.
Rimos. – Tenho medo… – murmurou tão baixo que quase não pude ouvir. – Bom, chega desse assunto. Vamos cortar o bolo?
– Vou buscar a espátula para cortar o bolo. – Ares fala enquanto Tânatos o arrasta para a cozinha.
Aquilo me deixou curiosa. Tenho que confessar que virei uma fofoqueira depois que me casei. Fui sorrateiramente para perto da entrada da cozinha, me inclinei um pouco para ouvir o que diziam.
– Eu não aguento mais. – falou Tânatos.
– Nunca te vi tão angustiado. Precisa se controlar, ser racional.
– Impossível. – falou alto. – Eu também fiquei assustado com o efeito que ela causou em mim, mas a atividade dela me deixou muito irritado. Aquela garota me chamou de maluco e depois bateu a porta na minha cara.
Ares ri. – Corajosa, já gosto dela.
– A minha vontade é de prender ela comigo, e só largá-la quando aprender a gostar de mim. – rosnou. – Estou por um fio. Acredita que ela contratou um moleque para trabalhar com ela? – bateu em algo. – Se aquele moleque chamar ela de coelhinha mais uma vez eu vou fazer ele sumir.
– Se controla, porra! Vê se não faz uma loucura, eu conheci os avós dela e eram gente boa. A coitada ainda está sofrendo com o luto, dê um tempo.
– Já dei muito tempo!
Ouvi seus passos saindo da cozinha, corri dali para não ser pena com a boca na butchaca.
Ele passou por mim com uma expressão assassina, aquilo me deixou com medo do que ele era capaz de fazer para ter aquela jovem.
– Preciso alerta-la. – pensei alto.
– Falando sozinha, bombom. – me assustei com a voz de Ares atrás de mim. – É feio escutar a conversa dos outros. – me prendeu num abraço apertado.
– Como você…
Aproximou sua boca da minha. – Eu sempre sei tudo sobre você!
– Bolo! - minha pequena gritou, me fazendo rir.
Ares entregou a faca para Nix, que prontamente foi até o bolo cortando-o.
– O primeiro pedaço vai para minha sobrinha querida, Caroline. – estendeu o bolo para minha filha. – Não fique com ciúmes, Ally. Eu estou muito grata por ter feito o bolo e organizado essa festa, mas Caroline me fez prometer que o primeiro pedaço era dela, e eu não resisto a essa carinha.
Minha filha deu pulinhos, e sem pensar duas vezes, meteu a mão na sua fatia de bolo e colocou tudo na boca. Acabei rindo, mas parei quando ela cuspiu tudo no prato de volta.
– Tá salgado, papai. – correu atrás Ares, que a pegou no colo.
– Bombom, não me diga que trocou o sal por açúcar novamente.
– Não sei. – peguei o prato da mão da minha filha, peguei um pedaço que não estava babado e iria colocar na boca mas todos gritaram me impedindo.
– Ally, você é uma ótima professora mas na cozinha você é um desastre. – Victor falou, arrancando risadas de todos.
– Nem pense em provar, isso não faz bem ao bebê. – Ares falou com um sorriso.
– Não acredito, de novo você soube primeiro que eu. – fiquei emburrada.
Como era possível ele saber e eu não? Caramba sou eu quem carrego, eu deveria perceber os sinais.
– Como eu disse, eu sempre sei tudo sobre você. – me beijou. – Sinto que será um menino.
– Se não for, vamos tentar até vir um menino. – falei brincando.
– Para mim parece uma ideia ótima. – arregalei os olhos – Disposição para fazer é o que eu mais tenho. – sorriu dono de si.
– Eu também não ganho beijinho?
Meu marido encheu seu rostinho fofo de beijo. – De mim você pode ter tudo, meu bombomzinho.
– Então eu posso dar esse bolo para o Cérbero, papai? – piscou seus olhos de forma inocente.
– Tenho pena do cachorro. – Tânatos falou e logo disfarçou quando lhe lancei um olhar o repreendendo.
Acabei sorrindo feliz com a vida que eu tinha. Posso cozinhar muito mal, mas ninguém é perfeito, já estou feliz com tudo que Deus me deu.
– Eu amo vocês. – falei com os olhos cheios de lágrimas.
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