Capítulo 2 - A coroa de Cleópatra

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Robert

      Voltei para casa. Tomei um banho rapidamente e fui ler algumas pesquisas da " American Scientific". Tinha que ocupar minha mente para evitar em pensar em Jane, porque isso só traria mais preocupação ao meu coração sobre seu estado.

    Dias se passaram. Esperei ansiosamente pela sua ligação, mas Jane nem se quer mandou uma mensagem dizendo sobre sua estadia. "Será que minha mulher está com raiva de mim?", pensei seriamente. A campanhia começou tocar, tirando-me dos devaneios constantes. Abri a porta e vi o carteiro John, que passa semanalmente na minha casa.

- Bom dia - o entregador disse feliz.

- Bom dia - respondi dando um sorriso. - O que tem para mim? - questionei interessado. O carteiro me entregou uma caixa média e um envelope. - Obrigado - agradeci fechando a porta.

   Era uma carta do governo egípcio dizendo que minha esposa havia morrido, e na caixa, veio seu diário. Nele estavam descritos sobre o seu primeiro dia. Li seu diário prestando muita atenção nos detalhes; não acreditava que ela faleceu. Estavam escritas estas palavras:

Jane's diary

   Peguei o avião. Estava receosa com o quê me aguardaria quando desembarcasse. Era necessário seguir meu sonho, esperava esse momento desde criança!

     Sentei-me junto ao meu amigo de trabalho, egiptológo indiano, Akira. O nome dele significa: "claro", "brilhante" ou mesmo "inteligente" em japonês. Ele é um especialista em estudos sobre Antigo Egito (e muito poderoso para dizer a verdade), erudito nos domínios da Arqueologia, Papirologia, Epigrafia, História e História da Arte. Akira comentou que entre os egiptólogos mais famosos encontra-se Howard Carter, que descobriu a tumba do faraó Tutancâmon.

- Está ansiosa? - Akira questionou me fitando. Ele segurava um velho livro sobre contos mitológicos. - Pronta para desenterrar múmias?

- Sonho com isto desde criança - respondi com um frio na barriga.

- Sonha com mortos? - perguntou espantado. Ri de sua reação.

- Talvez eu faça a descoberta do século - admiti sorridente. - Akira, eu tô preocupada com o que podemos enfrentar lá - comentei temerosa.

- Não há com o quê se preocupar - falou tentanto me alcamar. - Afinal, múmias não saem andando por aí - riu sarcasticamente.

    Acredito que tudo é possível. Mas aprendi, com meus pais a só falar minha opinião quando me pedirem.

   Horas se passaram, chegamos ao aeroporto do Cairo. Peguei minhas malas e fiquei esperando com a minha equipe a chegada do nosso financiador e colaborador, para nos levar ao local das escavações.

- Que demora! - reclamou Lina, a repórter que iria documentar sobre a possibilidade de uma nova descoberta.

- Paciência é uma virtude - cantarolei cruzando os braços.

- Agora não é não - retrucou ela. - Ah, esquece! Vocês escavam por anos e não se cansam disso! Com quem eu quero reclamar? - perguntou retoricamente num tom ameaçador.

- Vamos começar a gravar? - o assistente dela pegou a câmera de última geração e a ligou. Ele lhe entregou um microfone.

- Okay.

- Gravando em três, - Lina ajeitou seus cabelos negros encaracolados - dois, - ela deu um sorriso forçado - um!

- Estamos aqui no aeroporto do Cairo, onde a equipe do senhor O'Conell, representante da escavação, estará realizando, talvez, a maior descoberta sobre a história egípcia - a repórter andou até mim e parou ao meu lado, fingindo uma suposta amizade. - Esta é a arqueóloga Jane Listen, a supervisora e a encarregada de comandar uma equipe especializada em tudo que se relaciona com artefatos e hierógrafos - ela riu. - Doutora, o que você acha sobre as guerras que estão ocorrendo nesse país? Muitos protestos estão ocorrendo desde que anunciaram nos jornais que haveria escavações por aqui. Os extremistas acreditam que vocês poderão ressuscitar uma criatura tão terrível que trará com ele as dez pragas do Egito - ela contou a estória e depois colocou o microfone perto da minha boca para que eu anunciasse minha opinião.

A pirâmideOnde histórias criam vida. Descubra agora