Três

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Gostosuras e Travessuras

Tessa

Dias Depois


Meu dia favorito com toda certeza é o Halloween, adoro as festas, são sempre macabras e assustadoras. Pessoas usam suas fantasias na luz do dia mesmo, eu adoro.
Todo ano eu me reúno com uma turma de colegas, a gente sai para beber e dançar, porém esse ano não sei o que vou fazer.
Louis ainda não decidiu o que quer, ou pra onde ir. Faz um mês que estamos saindo juntos, não contamos para ninguém. Por mas que eu sinta vontade de falar para a Mel, me contenho, pois não temos nada sério, são apenas encontros casuais com muito tesão. Sei que se eu contar qualquer coisa, Melissa vai imaginar mil coisas.
Não nego que gostaria que tivéssemos algo mais, Louis mexe comigo de um jeito que mal sei explicar, quando estamos juntos minha necessidade de estar com ele aumenta.
Não rotulamos o que temos, somos amigos que transam. Por mim está bom assim, pode ser que no fundo eu esteja um pouquinho decepcionada por nossa ligação ser apenas pelo sexo.
Por isso meu coração está bem trancado, por que quando todo o tesão que sentimos um pelo outro for embora, cada um vai para o seu lado. E, a ultima coisa que preciso é de um coração partido.

Meu celular toca me tirando dos pensamentos, vejo o nome da minha mãe.

- Oi, senhora Pamela. - falo enchendo minha caneca com café.
- Tessa, posso saber porque não veio?
- Eu tinha que ir?
- Esqueceu... não acredito.
- O que exatamente eu esqueci?
- A festa surpresa da sua avó.
- Merda. - cuspo o café. Mas quem faz uma festa de dia.
- Ela ficou bem chateada por não te ver aqui.
- Mãe, eu realmente esqueci.
- Venha mais tarde dar um beijo nela.
- Eu irei.
- Traga um presente, sabe como ela ama ganhar presentes.
- Na verdade, já comprei algo.
- Não apareça aqui com aquele negócio. - ela me repreende.
- Mas foi o que minha avó pediu. - respondo rindo alto.
- Ela é velha, não está pensando com clareza.
- Não fale assim. - gargalho.
- Tessa, eu te proíbo de trazer um consolo para sua avó!
- Mas, mãe...
- Falei não.
- Tudo bem. - não ia levar mesmo, mas gosto de provocá-la.
- Agora mudando de assunto, vai me dizer o nome dele?
- De quem?
- Do homem que anda te deixando distraída.
- Não tem nenhum.
- Uma garota?
- Não também.
- Vai mesmo continuar mentindo?
- Mãe estou saindo com alguém e não é nada sério, só isso que direi.
- Hum, certo. - ela não gosta muito, mas aceita minha resposta vaga.
- Bom, falo com você depois.
- Venha ver sua avó.
- Okay. - desligo.

Encho mais uma caneca com café, me jogo no sofá. Mal me aconchego e meu celular volta tocar.

- Mãe, o que é agora? - atendo.
- Não é sua mãe. - a voz do Louis faz meu corpo tremer.
- Hum, olá.
- Tudo bem?
- Sim, foi mal pelo jeito que atendi.
- Falou com sua mãe hoje?
- Sim, ela ligou... esqueci a festa surpresa da minha vó.
- Imagino que ela não ficou feliz.
- Nenhum pouco.
- Quais seus planos pro dia?
- Não sei. Estou livre, tem algo em mente?
- Festa de um amigo.
- Parece uma boa ideia.
- Posso confirmar então?
- Claro.
- Vai ser a fantasia.
- Preciso escolher algo pra usar.
- Não é necessário fantasia.
- Bom, todo ano eu uso uma...- sempre usei algo  ou fiz uma make diferente.
- Eu busco você as nove.
- Está bom.

Assim que Louis desliga sinto falta da sua voz. Se eu parar pra pensar talvez esteja na hora de colocar um ponto final nos encontros.
Empurro qualquer pensamento negativo pra longe, decido ir visitar minha família um pouco.



A campainha toca, minha ansiedade cresce mais. Termino de passar meu batom vermelho, abro a porta, Louis está encostado com as mãos no bolso.

- Nossa. - ele murmura assim que me vê.
- Gostou? - dou uma voltinha.
- Porra... muito.

Ele me empurra pra dentro, prensa meu corpo contra porta. Sua boca devora a minha, sua língua entrelaça na minha.
Gemo, me agarro nele. Meu desejo cresce, a
necessidade aumenta.

- Louis. - murmuro contra sua boca.
- Pede...
- Por favor. - imploro.
- De novo.
- Louis, por favor.

Ele se ajoelha, levanto um pouco meu vestido vejo-o retirar minha calcinha, sinto sua respiração contra minhas pernas, Louis beija, morde minhas coxas.
Sua língua brinca com minha boceta, ele passa apenas a ponta no meu clítoris. Quero bater nele por brincar assim comigo.

- Louis, não me faça implorar. - quero gritar.
- Gosto quando implora.
- Por favor.

Ele ri antes de começar me chupar com vontade, encosto a cabeça na porta gemendo alto. Passo minhas unhas em seu rosto arranhando-o.
Rebolo contra seu rosto, solto um gritinho surpreso com seu tapa no meu bumbum.

- Isso... não para. - mordo o lábio com força, aperto meus seios por cima da roupa. - Sua língua é muito gostosa.

Louis introduz dois dedos no meu canal sem retirar sua boca do meu clitóris.
Rebolo mais rápido em busca do prazer que cresce dentro de mim, o gozo vem explodindo em êxtase.
Puxo-o para cima, sinto meu sabor nos seus lábios. Abro seu cinto o botão e zíper da calça, retiro-a junto com sua boxer vermelha.
Me agacho, lambo a ponta que brilha com a gota de pré sêmen. Abro minha boca no máximo pra tentar engolir mais que eu posso, seu pau bate na minha garganta, seu rosnado me deixa mais excitada.

- Porra, Tessa. - ele grunhe puxando meu cabelo.
- Você gosta? - murmuro antes de chupá-lo novamente.
- Eu vou gozar, e você vai beber tudinho.

Chupo-o mais rápido masturbando-o, Louis começa foder minha boca. Relaxo minha garganta pra não ter ânsia.
Ele goza derramando na minha boca, bebo tudo como uma boa garota.

- Melhor a gente sair antes que eu desista e te leve pro quarto. - diz contra meu ouvido.
- Não vou me opor.
- Faz tempo que não vejo alguns colegas, por isso a gente vai.
- Certo.
- Vamos nos arrumar e sair.
- Okay.

Chegamos na festa e a primeira coisa que noto é toda beleza do espaço. Fico intimidada com toda riqueza, meu ambiente é completamente diferente.
Noto varias pessoas me olhando estranho, por mais que muitos usem perucas coloridas sou a unica com os cabelos realmente rosa.
Fora que todas mulheres são bem elegantes e esbeltas.
Minha vontade de ir embora é grande, Louis aperta minha mão quando tento me soltar.

- Tudo bem? - pergunta.
- Hum, sim.
- Quer beber algo?
- Sim.

Ele pede dois gins tônicas, bebo metade de uma vez.

- Melhor ir devagar.
- Eu precisava.
- Nervosa?
- Um pouco, não estou acostumada com um ambiente chique assim.
- Deveria mudar os lugares que frequenta então.
- Não obrigada.
- Vamos fazer assim, vou conversar um possível parceiro de negócios ai depois a gente vai embora.
- Vou ficar sozinha?
- Só um pouquinho.
- Mas...
- Tem uma pista de dança, pode ir lá se quiser.
- Okay. - respondo contra gosto.
- Já volto, Tess. Em casa a gente pode continuar o que começamos antes.
- É mesmo?
- Sim, o Halloween tem que terminar com muita gostosura...
- E bastante travessuras.

Ele me deixa sozinha sem nem mesmo me dar um beijo.

Meia hora depois meu tedio vai passando com a quarta taça de gim. Vou até o banheiro, termino de usar quando estou para sair escuto duas mulheres conversando.

- Você viu ela? - a voz de mulher é enjoada. - Onde ele estava com a cabeça quando decidiu trazê-la?
- Eu não sei. - responde a outra. - Mas o Louis sempre trás uma mulher diferente.

Congelo.

- Sim, eu sei. Mas nenhuma como ela. - diz a numero um.

Como eu?

- Ele tem gosto singulares.
- Talvez ele tenha curiosidade sobre mulheres cheinhas.
- Como você é má!
- Sou sincera. - elas riem, antes de saírem.

Quando fico sozinha saio da cabine, lavo minhas mãos, me encaro no espelho constrangida.
Depois de muitos anos, sinto-me insegura igual a garotinha que fui no colegial. Onde todos brincavam, faziam piadas de mal gosto e eu ia embora chorando.
Tento me lembrar que ja não sou mais aquela menina, sou uma mulher que está bem consigo mesma, e se não gostam o problema é todo deles.




— Você está muito quieta, aconteceu alguma coisa? — Louis questiona assim que entramos no meu apartamento.
— Não aconteceu nada.
— Tem certeza?
— Tenho sim.
- Pode me contar...
- Ninguém fez nada.
- Certeza?
- Absoluta.
- Vem aqui. 

Vou para os braços dele.
Não contei o que aquelas mulheres estavam falando, não acho que vai valer a pena falar. Prefiro terminar minha noite com uma boa rodada de sexo quente.

- Tenho uma surpresa. — falo abrindo sua camisa.
- E qual é?
- Vai ter que esperar aqui.
- E você vai aonde?
- No quarto, mas é jogo rápido.
- Certo.
- Primeiro vá até a geladeira e pegue a calda de morango, depois me espere sentado no sofá.
- Mais alguma coisa madame?
- Por enquanto é só.

Corro para o quarto, retiro minhas roupas. Visto a lingerie preta de couro e as orelhas de coelhinho. Assim que vi essa fantasia na minha sexy shop favorita tive que comprar. Vai me custar um rim, mas vai valer a pena cada centavo.

- Tessa! – Louis grita da sala.
- Já estou indo. – respondo.

Passo gloss rosa, ajeito meu cabelo e saio do quarto.
Chego na sala, Louis está encostado no sofá com os olhos fechados.

- Olá, baby. – digo baixo.
- Minha nossa... Tessa, você vai ser minha morte. – seu olhar queima meu corpo. – Melhor fantasia.
- Retire suas roupas, Louis.
- Venha tirar você.
- Hum, que mandão.
- Vem aqui, coelhinha.
- Não enquanto estiver vestido.
- Venha você!
- Estou no quarto, quando fizer o que mando eu volto. – viro para sair quando ele diz.
- Sabe que o lobo sempre pega o coelho.
- Não esse aqui.
- Quer brincar?
- Será que quero?
- Tess... você está desafiando o homem errado.
- Será que estou? – minha provocação está deixando-o no limite.
- Corra!
- Porque?
- Vou te dar alguns segundos de vantagens.
- Acho que você está falando de mais.
- Pronta para o abate?
- Até agora não vi você se mexendo.

Louis levanta do sofá rosnando e eu saio correndo rindo dele. Não demora para me alcançar, ele me pega no colo segundos depois sou jogada na cama.

- Você adora uma provocação.
- Só um pouquinho.
- Vou te mostrar algumas travessuras.
- Mal posso esperar.

Nada melhor que terminar a noite com o homem mais quente do mundo.

[ Conto] Suas CoresOnde histórias criam vida. Descubra agora