Continuação...
Narrado por Arthur
Minha cabeça estava latejando quando a levantei e olhei para os lados e via muitas barreiras de galões amarelos de água
quebrados. Tentei soltar meu cinto de segurança, mas não conseguia, minha cabeça latejava e meu celular começou a tocar.— SR. BELUTTI... SR. BELUTTI... – alguém chamava meu nome desesperadamente.
Não liguei muito e com muito esforço levei minha mão esquerda até o meu bolso pegando meu celular, assim que enxerguei a foto de Lív meu peito ficou apertado. Eu apenas rejeitei a ligação, e de repente apareceu a foto de minha mãe também a rejeitei, e comecei a discar o número de meu pai, que atendeu no primeiro toque.
— Filho, que bom que... – A porta do meu carro foi aberta bruscamente e um homem moreno pegou meu celular rejeitando a ligação e colocando meu celular em seu bolso da jaqueta.
— Quem é? – perguntei tentando ficar acordado.
O homem pegou algo em seu bolso da calça e que logo pude ver o que era um canivete e também pude ver uma pistola no cós da calça. Meu coração já estava acelerado, quando enxerguei o canivete agora vendo a arma ele quase saiu do peito. O Homem pegou o canivete e empurrou meu peitoral
para trás e começou a cortar o cinto.— Quem...
— Não temos tempo, Estevão Garcia está com as meninas, ele me pagou para fazer isso com você e... eu falei pra ele que não queria mas... ele não me pagou o restante que pedi e preciso do dinheiro para minha família... eu tenho uma irmã de 10 anos e preciso desse dinheiro... eu sei pra onde ele está indo e levarei você até ele, mas por favor me ajuda com minha família. – Estava tentando acompanhar o que ele estava falando, mas quando ele falou em Estevão e as meninas parei de pensar e a dor que sentia sumiu. Ele me livrou do cinto de segurança e me puxou para fora do carro.
Na minha cabeça só vinha as meninas, minhas filhas, e se aquele filho da puta tentar algo. Me soltei do homem que pegava meu braço com força e dei um soco em seu rosto, fazendo ele cair no chão e depois parti para cima do mesmo e peguei seu colarinho e fechei a mão em punho para acertar seu rosto novamente.
— Espera! – ele pediu para mim parar e colocou a mão em frente ao rosto.
— ONDE ELAS ESTÃO? – gritei ameaçando socar seu rosto novamente.
— Estevão vai para um galpão que fica uns quilômetros do acampamento. Ele tem planejado levar a senhorita Lívia e menina Ferrari para o Canadá ainda hoje. Por favor Sr. Belutti, eu o levo até o local e o senhor pega suas filhas, mas eu preciso do dinheiro, eu preciso do dinheiro. - levanto a mão para socar seu rosto mas desisto de fazer o ato.
Eu precisava saber se as meninas estava bem mesmo ou se era só um jogo de muita maldade, puxei o homem e peguei meu celular e a arma de sua cintura.
— A chave do carro! – ordeno para ele que apontou para Amarok.
— Está na ignição... – Não deixei ele terminar e o puxei para a grande Amarok branca.
Assim que girei a chave pisei no acelerador saindo queimando pneus e voltando para a rodovia. Meu celular tocava incansável no meu bolso, isso não era o importante até que o celular do homem começou a tocar e ele me olhou como se pedisse permissão para atender, peço para ver o visor e o nome E aparece na tela.
— Fale naturalmente, pergunte sobre seu pagamento, onde você vai pegar e diga que eu bati o carro fiquei desmaiado. – ele assentiu e quando foi colocar o celular no ouvido paro seu movimento. — Coloque no viva voz. – estava com minha adrenalina acima e não sentia nenhuma dor. Eu dirigia o carro e prestava atenção no homem ao meu lado.
— Sr. Garcia ...
— Miguel, espero que tenha feito o que mandei? – ao ouvi a voz do filho da puta segurei o volante com força, para não pegar o celular da mão do homem ao meu lado e perguntar onde esse louco se meteu com minhas filhas.
— Eu fiz! Sr. Belutti está fora do caminho. - olhei para o homem que engoliu em seco quanto o encaro.
— Bom. Muito bom, eu preciso que venha até o galpão, não consegui trazer só Julia, a Bellutti Jr acordou quando eu estava pegando minha pequena e começou a gritar, então eu tive que fazê-la "dormir". Quero que venha no local e leve a garota para a casa da mãe e já leve seu pagamento. - meus olhos ficaram embaçados e logo uma lágrimas escorreu pelo meu rosto. Eu juro que vou acabar com esse filho da mãe.
Acelero o carro passando por alguns que buzinam por serem ultrapassados, Miguel faz sinal para entrar em uma estrada de terra.
— E a srta. Lívia? - pergunta Miguel chamando minha atenção sair da estrada.
— Mudei de planos, ela quem virá atrás da filha, assim que descobrir que estou em um avião a caminho para o Canadá. – sua voz debochada fazia minha raiva crescer tanto, que a qualquer momento eu poderia partir aquele volante em dois pedaços.
— Em alguns minutos estou chegando. – encerra a ligação jogando no porta luvas e tirando de dentro uma arma com silenciador.
Em um ato de despero piso no freio fazendo o carro parar bruscamente e pego a arma que ele tinha atrás da cintura e aponto para ele.
— Nem mais um movimento! – falei entre os dentes e apontando a arma para sua cabeça.
— Ei, vai com calma! Eu só quero que fique com essa, um disparo sem silenciador e o capanga dele acaba com nós dois. – ele disse esticando a arma para mim, a peguei, ele fez o mesmo com a outra que eu o apontava. — Vamos fazer o seguinte, eu dirijo até o local. Você vai para o banco de trás e fica abaixado enquanto eu acabo com o capanga dele, mas vou ter que 'apagar' ele. – ele parecia dominado pela adrenalina e nem sabia o que dizia.
Eu por outro lado estava mais ligado em como tirar a vida de outro alguém. Eu não sou um assassino, não tiro vida de ninguém, pelo contrário eu ajudo as pessoas a viver. Respiro fundo e aceitando o plano de Miguel, era a vida das minhas meninas que estavam em jogo. E faria qualquer coisa para vê-las bem. Passei para o banco de trás e ele assumiu o volante.
— Quanto ele está te pagando pra fazer isso? – pergunto para ele que riu ironicamente.
— 10 Mil. Mas que eu preciso de mais...
— Se nada der errado comigo e com as meninas te pago 50 Mil. – olho para ele através do retrovisor.
Miguel olhou pelo retrovisor para conferir se eu estava falando sério e eu encarei tentando passando toda minha sinceridade.
Esse dinheiro não me faria falta, eu só queria minhas meninas.
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Até o próximo!!!😘
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Uma Nova Chance Para o Amor
FanficAbandonada grávida de seu primeiro namorado, Estevão, fez com que Lívia nunca mais olhasse para outra pessoa que quisesse algo a mais que amizade. Hoje sua filha tem 8 anos e vive pra ela, isso é o que importa. Ela prometeu a si mesma nunca mais ama...