Voo solo
Realizo voos solo em paisagens abstratas
Faço rasantes cegos num complexo cenário concreto
É quando a mente imerge nas profundezas do abissal
Lá existem muitas coisas escondidas que fogem do trivial
Quem não viaja pra terras de além consciência
Não tem ciência e está atrelado a subserviência
Ainda não tirou o passaporte de independência
Ter vários carimbos de viagens imaginárias
É ter trânsito livre entre ter e não ter história
Quem não sai de si mesmo, fica preso e morre em segredo
Voo autorizado, pista liberada, partiu confins do imaginário
Ocorrerão turbulências, mas o destino compensa
A última fronteira nem imagino onde seja
Mas, se a mente deseja, que assim seja
Jonas Luiz
03/06/22
