A perder de vista

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A perder de vista

A perder de vista, desde de criança a gente avista
Um futuro bom em uma capa de revista
Há quem se vista de sonhos, tem de todos os tamanhos

Tenho que lidar com as promessas que para mim fizeram
Premissas que avós e tios sonharam
Algumas não se concretizaram
Aqui estou nesse mundo louco, num mesmo balaio

Até aonde as vistas alcançam, lá moram os sonhos, lá mora meu eu criança
Lá o sol brilha todos os dias, lá meu corpo combate a letargia
Lá a vida é perene, seguindo uma bela liturgia

Até aonde as visitas alcançam, transição do lúdico imaginário
Homens meninos, muitos estão presos no fraldário
Muitos nunca sonharam, nem imaginam o horizonte libertário

A perder de vista, morra mas não desista
Até aonde as vistas alcançarem, até todas as fotos se revelarem
A viagem é feita num caminho de miragens
Atrás do arco-íris tem uma linda hospedagem

Jonas Luiz
16/08/22

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