Acenos

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Acenos

Coloquei um lenço branco na janela
Fiz um aceno, um diálogo com o mundo
Conversei com o silêncio, um bate papo mudo

Minha janela é um buraco aberto nas paredes do universo
Onde eu ancorei a escada dos desejos
Degraus feitos com versos, até o impossível eu vejo

Da minha torre eu tomo porres
E ouço gritos vindos das janelas que não se abrem
E tudo que a minha retina descortina
Vira pano de fundo

Faço contatos com as estrelas
Tenho um contrato abstrato
Enxugo as lágrimas com o meu lenço
E quando boto a cara pra fora, eu penso

Meus acenos são cenas das minhas apresentações
Meu teatro é alado, preciso de você ao meu lado
A vida prega peças nessa louca engrenagem completa

Jonas Luiz
07/03/23

Alma e poesiaOnde histórias criam vida. Descubra agora