As Cortinas se Abrem.
Em um vilarejo nas montanhas, um pintor conheceu um esquilo. O coração do pintor estava ferido, um fio de sangue escorria pelas tulipas, até que o tímido esquilinho apareceu.
...
-Papai, fome!
-O que você quer comer, meu príncipe? Perguntou Felix, acariciando os cabelos do filho. Ele estava relativamente melhor, ainda estava com um pouco de cólica, mas se sentia bem o suficiente para cozinhar para o seu Gon.
-Gimbap!
-Muito bom! Mas acho que não tem alga...-Ele pensou-...Yu-jin!
Hyunjin estava na sala, lendo um livro de autoajuda, e rapidamente subiu as escadas ao ouvir o chamado de Felix.
-Tá tudo bem, Senhor Lee? Ele perguntou, preocupado.
-To sim, mas o Gon quer comer Gimbap, você pode comprar algas e...-Ele hesitou-...Um pacote de absorventes?
-Ah, claro! Onde eu posso comprar essas coisas?
-No mercado do Senhor Sung, fica do lado da Igreja Católica, sobe a rua principal e segue para a rua oeste
-Ok!
Hyunjin seguiu o caminho indicado. Ele se perguntou porque Felix pediu um pacote de absorventes, porém não estranhou um pedido, ele tinha um amigo que gostava de usar absorventes, mas nunca perguntou o porque. Deve ser confortável. O sino da Igreja soou pela cidade, um vento forte soprou e bagunçou os cabeços do Hwang, que tentou arrumá-los.
O mercado do Senhor Sung era um imenso armazém ao lado de uma igrejinha de arquitetura simples, não muito longe do templo budista, o proprietário, Senhor Sung Dong-il, é um simpático ahjussi comum forte sotaque de Jeolla.
-Você é o novo morador? Perguntou o Senhor Sung, curioso.
-Acho que sim...
-Aishi, por que você não está em Daegu? Em Daegu você faria sucesso com esse rostinho bonito! Poderia ser um idol, ou um ator, não?
-Ah não sei, Hyunjin riu, constrangido, Eu estou procurando alga para Gimbap e um pacote de absorventes
-Hmmmmm, as algas ficam nesse corredor, e o absorvente fica naquela prateleira a esquerda!
-Muito obrigado!
Após fazer as compras e ganhar uma florzinha de papel feita pela esposa do Senhor Sung, ouviu o seu nome, quer dizer, o seu novo nome, ser chamado na rua. Ele se virou e viu um jovem de cabelos castanhas usando roupas monocromáticas, parecendo um pijama. O menino sorriu, criando duas covinhas naquelas bochechas salientes, e disse:
-Você é o Yujin?
-Sim...
-Prazer, sou Han Jisung, o Minho me falou de você
-Prazer, o Minho não aparenta ter muitos amigos...
-E ele não tem! Ele vive no mundo dele a maior parte do tempo!
-Hm
-Você mora com o Yongbok, né?
-Sim
-Ele é especial abençoado pelos deuses, eu moro nas casinhas!
Ele apontou um pequeno aglomerado de casinhas antigas cercado pela floresta.
-Você é do grupo religioso alternativo? Perguntou Hyunjin, escolhendo cuidadosamente as palavras.
-Sim! Da Seita do Fim do Mundo! Próxima semana vamos anunciar a nova data! É divertido!
-Parece bem...Curioso!
-Você está aqui para curar seu coração, né?
-Como assim? Hyunjin não entendeu aquela pergunta repentina.
-Todos os que chegam aqui, estão com o coração machucado, o ar da montanha cicatriza as feridas
-Bom...
-Quokka!
O Hwang ouviu uma voz familiar. Era Minho, segurando sua pasta.
-Você tá incomodando o Yujin hoje?
-Nãoooo! Tó só conversando! Ele fez bico.
-O Yongbok tá bem? Perguntou Minho.
-Tá bem melhor sim, logo volto para o trabalho
-Não se preocupe com isso
-Eu preciso ir, o Gon quer comer Gimbap
Hyunjin acenou e começou a descer a ruazinha. Minho e Jisung ficaram sozinhos.
-Vamos subir a montanha, amor? Perguntou Minho.
-Vamos, você não precisava falar comigo daquele jeito!
-Seu birrento!
Eles subiram uma pequena trilha até o meio da floresta, se sentaram embaixo de uma árvore, trocaram olhares tímido, Minho abriu a sua pasta e retirou uma pintura do perfil do Han, que sorriu ao ver o seu rosto pintado pelas mãos amadas.
-Gostou? Perguntou Minho, corando.
-Amei, ele beijou o rosto do Lee. Minho apertou a bochecha do Han.
-Quokka!
-Por que a gente tem que se esconder? Perguntou Jisung, com tristeza na voz.
-Não sei o que seus pais pensariam disso...
-Não acho que eles ligariam, sinceramente, eles só moram na vila porque preferem a vida no campo
-Eu ainda não consigo me aceitar, esquilinho
-Mas você me ama?
-Amo, amo demais, ele abraçou o Han e começou a chorar em seu ombro.
As árvores escutavam tristes aquele conto de fadas. A montanha estava torcendo por um final feliz, afinal o deus da montanha não gosta de finais tristes.
-Não chora, amor, não chora, essa dor vai passar
Mas o coração de Minho continuava chorando. Então Jisung se levantou, e estendeu o seu braço para o Lee, e disse, como um conto de fadas:
-Vamos dançar?
Minho enxugou as lágrimas com a manga da blusa, segurou a mão do seu amado e se levantou.
-Vamos
Eles dançavam no meio da floresta, com apenas as árvores, a montanha, os animais e os deuses de plateia.
As Cortinas se Fecham.
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Jardim Celestial - Hyunlix/Mpreg
FanfictionHyunjin é um ator que sente que chegou no fundo do poço. Sem rumo, ele embarca em uma longa viagem pelo interior do país, até estacionar em um misterioso vilarejo no pé de uma montanha. Uma história sobre segundas chances e recomeços. Capa: marior0...