(...)
Dean afastou os lábios devagarzinho e seus olhos abriram-se depressa. Aqueles olhos verdes assustados e arregalados encararam os ainda fechados de castiel.
-Dean... - pronunciou baixinho Castiel, após abrir seus olhos também, Fazendo o loiro sair do transe em que estava.
Dean dá um passo para trás e sua feição, é, para castiel, indecifrável. Parece confusa, mas ao mesmo tempo parece envergonhada e eufórica. Antes que o anjo pudesse perguntar algo, o caçador sai do quarto a passos largos e sem olhar para trás.
Cas pensou que talvez isso fosse um mal sinal. Talvez Dean nunca mais quisesse falar com ele ou quisesse o socar, mas ele não estava nem aí. Ele nunca achou que isso pudesse acontecer. Sua maior felicidade na vida foi dizer para Dean que o amava. Então obviamente que suas expectativas quanto a ganhar um beijo do mesmo eram quase nulas. Já tinha se conformado que nunca iria acontecer, e agora aconteceu. Nada importava. Nem Dean, nem ninguém poderia apagar o que aconteceu ali. Nada poderia apagar aquele beijo.
(...)
No dia seguinte, ao acordar, para Cas parecia que tudo estava mais bonito. O sol entrando pela janela. O clima que estava nem muito frio e nem muito quente, e é claro as lembranças do outro dia o deixavam ainda mais leve e feliz. Ele finalmente pode sentir como era aquela boca. Aquela língua. Nosssaaa...aquelas mãos e a pressão exercida pelo penis de Dean, nele. Já havia imaginado como seria senti-lo dentro de si. Em sua boca e em todos os lugares possíveis, mas se só o encostar daquilo sobre as roupas o fez ficar a ponto de desmaiar. Ele não tinha ideia do que aconteceria se...merda...só de pensar ficava nervoso e duro. Ele reparou também que Dean não havia dormido lá no quarto.
(...)
Estavam no carro a mais ou menos uma hora. Ainda faltava muito para chegar ao Bunker. As únicas palavras ditas foram "bom dia, Dean." de Cas e a retruca baixa de Dean. Nada mais foi falado, e o clima estava desconfortável.
-Dean, há algo errado? Tem haver com o caso? Ou sobre ontem a noite...
-não tô muito afim de conversar, Castiel. Só vamos ficar em silêncio. Okay?
O restante da viagem se seguiu assim.
(...)
Ao chegarem ao Bunker, todos conversavam sobre as suas não descobertas, e durante o restante da tarde alguns já saiam para investigar em outros endereços. Inclusive Dean, que saiu sozinho sem avisar a Cas. Saber o que se passava na cabeça do caçador era impossível e por mais que Cas achasse que poderia ser algo ruim, ele não conseguia tirar o sorriso do rosto.
(...)
Já estava de noite, mas Dean continuava parado a alguns metros da entrada do bunker, em uma distância bem considerável. Ele não havia saído do Impala e nem dali. Porra, o que ele estava pensando? Havia passado a porra da tarde toda ali e nem sequer saiu para verificar o tal endereço que pegará. Tirar Cas da cabeça não era fácil e evita-lo menos ainda, pois depois do que sentiu com aquele beijo...ele queria mais. Muito mais. Por isso precisava ficar longe. Qual é? Ele estava sentindo aquilo. Não podia negar. Era mais forte que tudo, mas ele já havia experimentado. A curiosidade já havia passado, certo? Errado. Ele agora só podia pensar em mais e mais. Como seria toca lo e ser tocado por ele. Porra, Dean nunca pensou querer isso.
(...)
Dean havia entrado pela porta dos fundos e agradecerá por ter feito isso, pois escutou que todos estavam na sala parecendo bem animados. Ele nem de longe queria estar em uma festinha de descobertas de caçadores. Não hoje.
VOCÊ ESTÁ LENDO
Esse amor envolto em vergonha
FanficO mais novo sai do cômodo deixando Dean confuso e pensativo, pois a meses duas perguntas lhe machucam a mente incessantemente e não lhe saem da cabeça. Duas perguntas que NUNCA seria capaz de falar em voz alta, pois lhe parecem absurdas demais. Cas...