Voltando pra casa

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a partir do próximo capítulo as coisas irão começar a fluir, okay?
boa leitura e não se esqueçam de votar e comentar, amores
até o próximo


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Harry preparou alguns sanduíches e fez um suco de laranja. Nos sentamos lado a lado no sofá e escolhemos um filme sobre astronomia que passava em um canal qualquer.

— Então... Já está quase bom, quando pretende ir? — a pergunta de Harry me pega de surpresa e eu me viro para fitá-lo com mais atenção — Eu concertei a caminhonete pra você.

— Acha que vão me ver? Quando eu sair?

— Pode acontecer, mas podemos disfarça você e... Não se preocupe com isso. Precisa voltar para a cidade, para sua casa, seu trabalho e...

— Mas eu não sei como ir. — digo, franzindo o cenho — Eu estava perdido , se lembra?

— Tenho um mapa, pode usá-lo.

— E-eu não sei... — digo um tanto preocupado — Não tem medo de ficar aqui só? E se ...

— Estou aqui há semanas, meio que já me acostumei e se vierem até mim, darei o meu jeito. — ele abre um sorriso reconfortante, mas eu não me convenço — O que foi? Você não parece animado com a ideia de voltar para casa.

— Sinto que não devo ir. — solto um suspiro pesado, mantendo meu olhar preso ao seu — Algo me diz que devo ficar aqui e te proteger.

— Louis... — ele solta uma risadinha — Eu estou bem.

— Sei que está, mas... — aproximo-me do seu corpo e seu olhar cai imediatamente para meus lábios , para prestar atenção em tudo que digo — Estando aqui, posso ajudar caso algo dê errado, entende?

— Todos devem estar preocupados e até dias atrás você brigava comigo para que eu o levasse para a cidade. — ele ergue seu olhar, encontrando o meu novamente — Por que mudou de ideia?

— Já disse... Estou com um pressentimento ruim. — levo uma das mãos, esfregando o peito para aliviar a queimação — Vou ficar com você e ajudar no que for preciso. Voltamos juntos para a cidade.

— Tudo bem! Como preferir, mas... Tente não se machucar, okay? — ele abre um sorrisinho e eu acabo sorrindo também de maneira tímida — Seus olhinhos se fecham toda vez que sorri.

— É...

— Acho lindo!

Sorrio ainda mais pelo elogio espontâneo. É a primeira vez que ele age dessa forma sem fugir.

— Ahn... Poderia devolver minha arma? — ele estreita seus olhos — Prometo não atirar em você outra vez.

— Você não acertaria mesmo, sua mira é péssima. — zomba e eu reviro meus olhos.

— Eu fiquei assustado, foi isso. — me defendo, mas ele continua rindo — Para, Harry!

— Posso ensiná-lo, se quiser.

Bufo irritado.

— Eu sei atirar. Devolve minha arma que mostro a você.

Acabo me assustando quando ele aproxima seu rosto do meu. Engulo seco, mantendo meus olhos fixos nos seus.

— Está em um lugar seguro, longe das suas mãos.

— Eu quero ela agora. — digo seriamente, arrancando um sorrisinho ladino do cacheado — Não estou pedindo, Harry.

— Mandando? — assinto com a cabeça — Por que não tenta de novo? Eu não ouvi bem o que disse.

— Pega a droga da arma agora mesmo. — franzo as sobrancelhas ao que ele sorri ainda mais — Pare de rir de mim e pegue a porra da arma.

Beyond this life (l.s)Onde histórias criam vida. Descubra agora