Beyond this life (l.s)

Epílogo

Música recomendada : Apocalypse - Cigarettes After Sex

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Pov's Harry Styles

Louis entrou em casa e subiu as escadas depressa, enquanto eu fechava a porta e deixava minha mochila sobre o sofá. Fechei meus olhos e inspirei fundo no momento em que ele batia a porta do quarto.

— Tudo bem, vamos lá! — sussurro antes de subir as escadas, caminhando com cautela pelo corredor. Abri a porta, encontrando meu pequeno príncipe sentado na beira da cama, de costas para mim, olhando fixamente para a janela — Louis...

— Já sei o que vai dizer, Harry. — sua voz soa embargada — Que eu não deveria ter ido, que agora preciso tomar cuidado, mas não quero ouvir sermões.

Respiro fundo e me aproximo dele, sentando-me ao seu lado.

— Não vou brigar com você, Lou. — digo baixinho e ele finalmente me olha com os olhos marejados e vermelhos — Só quero conversar com você.

— Me sinto um inútil por não poder sair e... Aproveitei que o novato não sabia da minha situação e fui com ele. — explica um tanto envergonhado — Mas tudo saiu do controle e... Eu sei que não deveria ter me arriscado, mas estou cansado de ser tratado feito uma criança, Harry.

— Sabe o que eu senti quando recebi aquela ligação? Dizendo que você estava no hospital...

— Me desculpa...

— Você quase teve outra parada cardíaca, Louis.

— Disse que não ia brigar comigo. — ele choraminga e eu assinto.

— Você salvou a minha vida e agora eu preciso zelar pela sua. Não faz isso de novo, okay? Se eu te perder nem sei o que faço.

— Não vou fazer mais, porque não quero você bravo comigo.

— Tome um banho e descanse um pouco. — me inclino, depositando um beijo em sua testa — Vou trabalhar um pouco. — ele arregala levemente os olhos — Aqui em casa mesmo. Não vou voltar pra delegacia hoje.

— Tudo bem.

Nem posso imaginar como ele deve se sentir. Eu faria qualquer coisa para mudar isso. Para poder vê-lo feliz, fazendo o que gosta. Me sinto tão inútil agora.

Passo a tarde toda revisando alguns documentos na sala de jantar mesmo. Louis acorda por volta das cinco da tarde. Ele desce as escadas, esfregando os olhos e eu sorrio pela forma que seu cabelo se encontra bagunçado. Ele usa apenas uma camiseta minha na cor preta.

— Se sente melhor? — pergunto, recebendo apenas uma acenar de cabeça — Fiz panquecas pra você.

— Não estou com fome. — diz baixinho, caminhando até a geladeira para beber um copo de água.

— Mas você precisa comer, amor.

— Quero passar uns dias na casa da minha mãe.

Fecho a pasta com os documentos e me viro para ele, completamente confuso.

— Por que? — sinto meu coração se acelerar — Algo de errado aqui? Estamos bem, não estamos?

— Sim, é que... — meu namorado se aproxima com uma expressão melancólica — Não posso voltar a trabalhar por agora e não quero ficar aqui sozinho, só isso.

— Mas e eu?

— Você trabalha o dia todo, Harry. Todos os meus amigos também. Na casa da minha mãe eu vou me sentir melhor.