Cap 4

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|| RODRIGO NARRANDO ||

Sai da faculdade umas 22:15 e fui direto pro Costela. Já havia avisado aos mlks que ia dar pra eu brotar e eles já estavam lá.

— Aí rapaz, elezinho veio mesmo... — Jorginho disse assim que cheguei na mesa e cumprimentei eles com um aperto de mão.

— Gosta de fazer um charme. — Lucas riu e me cumprimentou também. — Saudade mlkão, como que foi a missão lá? — ele perguntou enquanto eu me sentava.

Ele estava com uma menina que me encarou quando cheguei, mas não me era familiar.

Eu a cumprimentei com um beijo na mão. Os meninos me chamavam de Gentleman, porque eu sabia como tratar bem uma mulher, até demais.

— Foi foda né, a esquadra tava na marca, os meninos que estavam eram maneiros também. Trabalhei igual um corno. Mas tô na área, respeito máximo. — eu disse me gabando e eles riram.

Pedi mais um balde de bud e ficamos conversando. Eles eram figuras demais.

A menina levantou ir no banheiro e eu não perdi a oportunidade.

— Tá de coleira agora, fdp? — eu disse dando um soquinho no braço dele. — Como assim? Eu tô de volta pra fazer o salseiro e você tá de coleira?

— Eu? De coleira? — ele riu. — É só um biscoito. Inclusive é amiga da Gabi, aquela que você pegava lá do Arraial. — eu neguei com a cabeça.

— Ihhh, fudeu. Nem falei pra ninguém que eu tinha voltado porque tô suave de mulher no pé já. Com certeza já falou,tsc tsc...— eu fiz cara feia e cocei a cabeça.

— Rei delas. Nada mudou né? — Jorginho riu— Cadê Lore, Lucas? Ela disse que vinha. — ele mudou de assunto olhando no relógio.

— Ah Serpa, você também? Já fui melhor de amigos heim... Pqp — eu ri e zoei o Jorginho.

Nós nos chamávamos as vezes pelo sobrenome por causa do nome de guerra da marinha. Alguns colocavam o sobrenome, alguns o nome mesmo.

— Tá malucooo, Lore é a irmã do Lucas. Parceirona nossa, nunca viu foto nossa não? Tá sempre com a gente. Se ela vier hoje, tu conhece. Gente boa pra caramba!

— Esqueceu que essa porra é fugitivo da polícia? Não tem insta, não tem face... Só tem WhatsApp porque auxilia no desenrolo.—Lucas disse rindo.

— Ah tá maluco, negócio de rede social é foda. Mais dor de cabeça ainda,negócio de curtida, de amei... Vai pra porra! Mas qual foi dessa Lore, é gata? Quero imagens. — eu disse interessado.

— Imagem do teu cu! Minha irmã não é bagunça não, pode pegar todas, mas ela, tu tira o olho.

— Sabe que eu gosto de um perigo né? — eu o provoquei.

— Rapaz, aquela ali ninguém vai não. Eu falo pra ela: Marujo não presta! Sai fora. E ela me escuta, tá correndo de vocês... — ele disse enquanto eu e o Serpa começamos a rir dele.

— Pegar a irmã dos outros é mole né filhão! — eu dei um tapinha nas costas dele. — Luquinhas passando de consumidor pra fornecedor, essa é a vida! — eu adorava colocar pilha nele. O Serpa só ria.

— Vão se fuder vocês, eu heim. Sem gracinha pra vocês! — ele já estava de cara quente e nós rimos dele.

A menina voltou do banheiro e mudamos o assunto.

Flamengo estava testando nossos limites, eu já estava puto e xingando pra caralho.

Deu intervalo e eu fui olhar o celular. Bingo, a Gabi já tinha mandado mensagem...

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Eu tentava ficar de boa, mas elas não deixavam

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Eu tentava ficar de boa, mas elas não deixavam.

Aproveitei que não ia trabalhar amanhã e uni o útil ao agradável.

Pedi mais um balde pro segundo tempo e ficamos conversando. Não tava afim de ficar me explanando com a Gabi porque sempre queima filme.

— Lorena não dá um sinal de vida. Disse que só ia passar na festa e que ia vir pra cá. — Lucas comentou com o Serpa.

— Sabe que Lorena tá onde tem música e bebida. Ela tá com quem lá? — Serpa perguntou.

— Danilo, aquela puta. Vou ligar pra ela já já pra ver onde ela tá. — ele disse preocupado.

— Relaxa aí irmão, deixa a menina aproveitar. — eu disse.

— Nosso pai não liga pra ela não,mas não é por isso que ela tá largada. Pego no pé mesmo.

— É, ta certo. Tem que cuidar mesmo, mas deixa ela se divertir também, tá cedo ainda! — eu disse dando mais um gole na cerveja.

— Aí,vai ter pagode daqui a pouco aqui, bora ficar? — Serpa disse empolgado.

— Eu vou meter meu pé. Tenho uma missão aí. — eu ri.

— Vai mandar um mim acher. Esse cara é foda. — ele riu.

— Eu também vou pra casa porque amanhã tô de pau até tarde. — ele olhou o relógio. — Vou esperar acabar e vou partir. — Lucas disse.

— Ah vão se fuder! Tô mal de amigo mesmo, puta merda.

— É porque amanhã você vai tá escamando, é por isso que vai ficar, ô filho da puta. — O Lucas disse e eu concordei.

Ele ficou reclamando da gente e por fim o jogo terminou. O Lucas e eu metemos o pé mas o Serpa ficou.

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