Cap 9

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|| RODRIGO NARRANDO ||

Caramba, eu consegui passar na prova pra SG! Mesmo trabalhando e sem tempo pra estudar, tirei uma das notas mais altas da turma. Tava feliz pra caralho e com certeza ia comemorar com os moleques.

Encontrei outros amigos meus, fomos pra praia pegar uma onda e tava tudo certo pra sair mais tarde. O Lucas pediu pra passar lá pra pegar a irmã dele e os amigos porque o carro dele tava lotado.

Saí pra comer, voltei pra casa e dormi até um pouco antes de começar a me arrumar. Me ajeitei e vi com os moleques quando que podia ir. Eles falaram que já estavam querendo partir e eu fui.

Cheguei la e buzinei. Primeiro o Lucas e o Serpa vieram me cumprimentar, entraram no carro que eles iam e eu fiquei esperando a irmã dele. Pra ele proteger assim, a garota deve ser quase uma miss universo.

Estava respondendo uma mensagem no WhatsApp quando ela entrou no carro.

— Boa noite, desculpa a demora! — um perfume tão bom tomou conta do ambiente. Não era nem forte e nem doce. Era no ponto. A voz não era estranha. Eu levantei a cabeça e me assustei, era a morena.

— Ah eu conheço você! — eu olhei surpreso e sorri,assim que ela me encarou.

— Meu Jesus Cristo, o boy da faculdade! — o menino que estava com ela no dia e agora, disse. Fui obrigado a rir e ela não dizia uma palavra.

— As vezes eu acho que a vida tem algum sério problema comigo... — ela disse negando com a cabeça.

— O que foi? Não gostou de me ver? Que mal educada. Prazer, meu nome é Rodrigo. Mas pode chamar de Digão. Ah, me chamam de Negromonte também! — eu peguei uma de suas mãos e depositei um beijo.

— Não é possível que essa palhaçada toda funcione com alguém. — ela disse inconformada.

— Eai meu povo, como é o nome de vocês? Porque a amiga de vocês é um pouco ranzinza demais. — eu disse a provocando. Dei partida no carro e eles riram.

— Meu nome é Danilo e o dela é Joana, mas pode chamar de Jojo. Ah, e o da ranzinza é Lorena, só pra constar.

— Você é o melhor! — eu ri e liguei o som. Tava tocando um funk e lá trás eles se empolgaram. A morena estava em silêncio.

— Ei, relaxa. O lance do número foi uma brincadeira. Não precisa ficar de carão não.
— Uma brincadeira que eu não gostei. E agora eu tô aqui, com você me dando carona. Cabo Frio é um ovo mesmo.

— Pois é né. Importante não cuspir pro alto. — eu a provoquei e ela me olhou, apertando os olhos e em negação com a cabeça. —Calma, é só brincadeirinha.

— Você quer climão, @? Então toma! — o Danilo disse sacaneando a morena, que não dava mais uma palavra.

— Danilo, menos. — ela olhou feio pra trás.

— Ih, não pira não! Relaxa Lore, é tudo brincadeira. — a Jojo disse.

— Pois é, é tudo brincadeira. — eu concordei e ela não falou mais nada.
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|| LORE NARRANDO ||

Se eu contasse pras pessoas que certas coisas aconteciam comigo, ninguém acreditava. Eu estava de cara queimada porque sempre acontece esse tipo de coisa comigo. Não era possível.

Nós chegamos no quintal e fomos estacionar. O Jojo e o Danilo não calavam a boca conversando com o Rodrigo.

Ele achou uma vaga e nós descemos. O Dan e a Jojo foram andando na frente propositalmente e eu xinguei mentalmente os dois.

— Ei, morena! — o Rodrigo me puxou. Pai do céu, que homem é esse? Vai tomar no cu, não havia reparado que ele era tão gato e cheiroso.

— Oi, fala. Meu nome é Lorena, acho que entendeu morena! — eu disse depois de me perder na beleza dele.

— Eu sei, mas gosto de te chamar de morena. Acho que combina com você. E é uma forma carinhosa, não acha? — ele riu, ajeitando o cabelo. Aí, não brinca assim comigo!

— Entendi. — eu respondi friamente.

— Então, já que não gostou da brincadeira lá na faculdade, eu te peço desculpas de verdade.
Vamos fingir que nos conhecemos agora. Pode ser? — ele disse simpático.

— Tá beleza. Só não faça essas coisas que você faz, pelo amor de Deus, é muito chato. — eu disse sincera e ele riu. Eu era meio sem papas na língua mesmo.

— Gostei de você! — Agora entendi o recado do Lucas.

— Por quê? Ele já deu o sermão de afastamento? Porque ele faz isso com todos.

— Deu sim. Mas sou um cara fora da lei. — ele riu e eu revirei os olhos. — Você acredita em destino? — ele me olhou.

— Não. Acredito em coincidências. Destino somos nós que fazemos. — eu respondi sinceramente enquanto íamos andando.

— Pois eu acho que foi ele que fez a gente se esbarrar de novo. E você ter a chance fazer o seu destino, de não despedirçar um cara bonito desses que nem eu. — ele disse fazendo uma cara sexy e eu fiz cara de tédio.

— Por que você se acha assim? — eu perguntei.

— Não é me achar. Eu só sei do meu potencial. Não acho que seja um crime a gente saber do que a gente é capaz.

— Ok, mas é diferente. Quem tem potencial, não precisa afirmar isso o tempo inteiro. — eu sorri debochada e saí andando sem esperar ele me dar uma resposta.

Fomos pra frente do quintal, que era uma boate/bar e ficamos esperando os meninos. Eles chegaram e eu conhecia todos.

O único que eu não conhecia era o tal do Rodrigo. Ele me encarava algumas vezes, mas eu fingia não estar vendo.
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BOM DIAAAA!!
Bom fim de semana "galeura"❤️

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