Capítulo um.

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Um primeiro encontro desastroso!

Tem muitas coisas que Beomgyu, pessoalmente, gostaria de ver. Uma briga, um artista famoso, talvez um acidente ou até mesmo, na pior das hipóteses, uma invasão zumbi. Mas, nem de longe, um suicídio. Ele tem quase certeza que vivenciar vários acontecimentos traumáticos seriam melhores que ver alguém se matar. Sei lá, perder um braço deve ser menos horripilante do que ver alguém se jogar de um prédio de onze andares, certo?

Sinceramente, ele está mais ansioso que o rapaz alto a frente. Ele se segura no parapeito e olha para baixo e de vez enquanto ri, e quando o faz Beomgyu sente um arrepio gelado na espinha.

Faz alguns minutos que eles estão na mesma posição. A princípio Beomgyu imaginou que o cara alto estava apreciando a vista, – que é muito linda por sinal – mas o comportamento do sujeito é suspeito demais.

A forma como ele se balançava para frente e para trás, ria e se mexia como se fosse pular a qualquer momento está deixado Beomgyu apreensivo. Ele está suando frio, o que – na visão dele – é uma bosta!

No ponto em que Choi Beomgyu se encontra, já se passou vários tipos de diálogos diferentes na cabeça dele, do tipo: como convencer alguém a não cometer suicídio? Qual é, ter visto documentários, ler livros e ver filmes, e comparecer a palestra sobre suicídio devem valer de algo... Não é mesmo?!

Suspirando ele abre o melhor sorriso que pode no momento. É isso, ele vai falar com ele!

— Eu não sou suicida.

O rapaz diz em um tom que ele possa ouvir perfeitamente mesmo estando alguns metros de distância. A voz um tanto grave o fez ter calafrios, ou pode ter sido o clima gelado, ele não sabe. Beomgyu não estava esperando que o rapaz falasse primeiro, então meio que foi inevitável soltar um som surpreso antes de ri.

— Não é isso que parece. — Resmunga chegando mais perto.

Um vento forte passou e o fez se encolher de frio. Olhou de soslaio para o lado e notou que o menino não havia mexido nem um milímetro. Estava sendo uma manhã gelada e não parecia que iria melhorar – e pensar que mais tarde poderia esfriar ainda mais e ele estaria enfurnado em uma sala tendo aula de geometria, não soava nada legal.

— Só estou observando as pessoas andarem. Isso me torna depressivo? — Perguntou olhando para o céu, pensativo. Beomgyu estava envergonhado. — Pessoas não podem apenas observar outras pessoas?

O rapaz de longe já parecia um pouco intimidante, mas de perto é muito mais. Beomgyu o avaliou silenciosamente antes de sua presença ser notada. Alto, cabelo escuro e perfeitamente cortado, olhos gentis e gélidos, lábios vermelhos e em formato de coração; certamente o tipo de garoto que pode quebrar o coração de alguém com apenas uma palavra.

Do tipo que é muito bonito para ser real.

Beomgyu, estava encarando ele o tempo todo, porém, em nenhum momento o estranho desviou o olhar do céu cinzento e o olhou. Sorrindo de lado ele apoiou um braço no parapeito, colocou o rosto na palma da mão e olhou para o rapaz. O estranho estava concentrado encarando o nada que mais parecia um boneco do que um humano.

— Claro que pessoas podem fazer isso, mas você parece muito suspeito... e esquisito.

Pela primeira vez o rapaz deixou um som sair, algo parecido com uma risada. Olhou rapidamente nos olhos de Beomgyu, causando uma comoção no peito do menor e sorriu mostrando a covinha. Beomgyu ficou paralisado, ele não estava esperando aquilo.

— Posso dizer o mesmo sobre você.

É ele realmente não estava esperando nada daquilo quando subiu para o terraço da escola.

Como Fazer Choi Soobin Se Apaixonar?Onde histórias criam vida. Descubra agora