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EU MAL CONSEGUIA RESPIRAR, só de pensar que logo voltaria para Hawkins, para investigar e finalmente mostrar que mereço aquilo, meu coração disparava sem parar

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EU MAL CONSEGUIA RESPIRAR, só de pensar que logo voltaria para Hawkins, para investigar e finalmente mostrar que mereço aquilo, meu coração disparava sem parar.

E com todo meu nervosismo, para melhorar a situação, Eleven não parava de falar e andar pelo quarto animada, enquanto eu terminava de arrumar minhas coisas e procurar algumas coisas importantes que eu não achava em lugar nenhum.

—— Você vai ver a Nancy, vai ver a Max! Ah manda uma beijo pra ela por mim! —— Eleven falava sem parar.

—— Droga, aonde aquilo foi parar? —— Murmurei me referindo a pequenos documentos que eu tinha sobre a investigação.

—— Vai ver o Dustin e o Lucas, será que alguma mudou? Meu Deus você vai ver o Steve também! Vocês podem...

E quando finalmente achei os papéis, apenas de ouvir o nome dele eu me desconcentrei e acabei derrubando minha xícara de café nos papéis.

—— Que droga El! Você sabe que eu e Steve terminamos! Já faz 3 meses! —— Gritei pegando os papéis para evitar que sujasse mais.

Eleven apenas me olhou triste, abaixou a cabeça e se levantou da cama meio pra baixo com a situação.

—— Me desculpa... eu... —— Eleven tentava se explicar.

—— Eu não devia ter gritado, é que eu tô muito nervosa, é a minha primeira investigação séria —— Eu me expliquei chegando perto de El. —— Me desculpa.

—— Tudo bem, eu não devia ter falado dele —— Eleven completou. —— Eu pensei que, por você ir pra Hawkins, vocês iam voltar a se amar...

As palavras de El tinham me pegado com força, e eu me perguntei aquilo que estava evitando me perguntar a três meses. Eu ainda amava Steve Harrington?

—— Eu só vou pra trabalho, eu vou voltar rápido —— Disse abraçando Eleven que me segurou com força entre seus braços.

Eu e Will não estávamos tão próximos ultimamente, ele vinha agindo de uma forma estranha, e o quê me fez perceber isso? É seu aniversário, e ele não quer que ninguém fale sobre isso.

—— Eu posso entrar? —— Perguntei com uma caixa em mãos.

—— Pode —— Will respondeu colocando seu quadro de frente a parede para que eu não olhasse.

—— Eu sei que não quer que ninguém fale sobre seu aniversário... Mas eu queria te dar um presente —— Disse colocando a caixa de coisas na cama.

—— Sam... Eu disse que não precisava —— Will respondeu.

—— Eu sei! Mas é aniversário do meu irmão mais novo, me dá um desconto —— Eu disse indo em direção do Byers. —— Eu quero agradar ele.

—— Eu sei... Mas é que, eu não... —— Will apenas bufou impaciente se sentando na cama. Me aproximei do garoto ficando abaixada em sua frente.

—— Tá tudo bem? Ultimamente você tá agindo tão estranho por aí... —— Comentei.

—— Não tá acontecendo nada.

—— Will você é minha alma gêmea, eu sei quando tem algo te incomodando, e nós já tivemos a conversa de não esconder nada um do outro a três anos atrás —— Disse tentando convencer o garoto a se abrir para mim, segurando sua mão.

—— São coisas da escola ok? Vai ficar tudo bem —— Will parecia nervoso, como se algo o incomodasse muito, como se precisasse contar algo.

—— É alguma menina? —— Me atrevi a perguntar.

Will encheu seus olhos, se segurando para não chorar, e talvez naquele momento eu entendi o que tava acontecendo. E me senti estúpida por não perceber antes.

—— Vamos abrir a caixa né, ver o quê eu ganhei —— Will tentou disfarçar indo com as mãos em direção a caixa.

—— Will... É um menino? —— Perguntei.

O garoto me olhou surpreso, e então suas lágrimas caírem, lágrimas de culpa, algo que não era sua culpa.

—— Me desculpa Sam, me desculpa mesmo... —— Will disse chorando baixo.

—— Por que tá me pedindo desculpa? Will... Não tem nada de errado nisso —— Expliquei abraçando o garoto.

Uma parte de mim estava feliz, que era apenas isso que incomodava tanto Will, e outra preocupada com ele. Não pelo o quê ele era, ou por quem ele amava, mas pelas pessoas cruéis.

—— Eu te amo, independente disso, ou de qualquer coisa —— Expliquei. Will apenas concordou e limpei as lágrimas do seu rosto.

—— Não conta pra ninguém, por favor.

—— Eu vou não, tudo no seu tempo, vai ficar tudo bem —— Eu disse abraçando o garoto novamente. 

—— Podemos ver o que eu ganhei de aniversário agora? —— Will perguntou e eu apenas concordei sorrindo.

Will logo tirou vários discos antigos da caixa, de muitas bandas famosas dos anos 70 até agora.

—— The Beatles? Uau você deve me amar muito mesmo, pra me dar os discos deles —— Will disse. Realmente Beatles era a minha banda favorita.

—— Sim, é por isso que eu tô dando meus discos pra você, meu tesouro mais precioso, para o meu garoto precioso —— Disse. Will apenas me abraçou de lado olhando todos os discos.

—— Eu vou cuidar bem deles, prometo —— Will respondeu.

Quando finalmente chegamos no aeroporto, Senhor Carrey já estava la me esperando. Um senhor de meia idade com cabelos um pouco grisalhos e um olhar sério.

—— Tudo bem, tem alguns minutos ainda pra dizer tchau —— Carrey disse observando minha família um pouco mais longe. Andei até eles que estavam todos ali parados me olhando.

—— Arrasa nesse caso —— Joyce disse.

—— Diz pra Max que eu mandei um, e que tô com saudades —— Eleven comentou.

—— Eu te amo, você vai ser um máximo lá! —— Will completou.

Jonathan venho até mim e me deu um abraço.

—— Quando a carta chegar, me avisa, me liga, sei lá —— Eu disse observando o olhar cansado do garoto.

—— Quando chegar eu aviso, pode deixar —— Jonathan se afastou.

—— Muchacha! —— Observei Argyle vindo mais atrás correndo.

—— Argyle, Oi! —— Disse e então o garoto me puxou para um abraço.

—— Boa sorte no assassinato! —— Argyle disse alto chamando a atenção de algumas pessoas no aeroporto.

—— Resolver o assassinato, Argyle... —— Eu disse corrigindo o mais alto.

—— É! Isso aí! —— Ele disse rápido.

E quando faltava apenas alguns minutos, eu decidi entrar no avião com Carrey, a viagem seria longa e extremamente cansativa.

E quando chegasse-mos em Hawkins, eu não teria tempo algum para lembrar que Steve Harrington estava lá, bem, pelo menos eu espero que não.

﹙✓﹚ 𝗮𝗻𝗼𝘁𝗵𝗲𝗿 𝗼𝗽𝗲𝗻 𝗱𝗼𝗼𝗿.            𝘀𝘁𝗲𝘃𝗲 𝗵𝗮𝗿𝗿𝗶𝗻𝗴𝘁𝗼𝗻Onde histórias criam vida. Descubra agora