Non Omnis Moriar | Sevmione

Capítulo 24: Decisão

"O que Minerva disse?"

"Ela não acreditou em mim."

"Claro que não." Severus revirou os olhos. "Um de seus preciosos grifinórios, para não mencionar uma estrela de Quadribol? Ela nunca vai acreditar sem uma prova absoluta."

"Eu sou uma Grifinória também," Hermione disse, sua voz taciturna.

"Sim, mas ela ainda prefere assumir que há outra explicação."

"Que outra explicação poderia haver?! Aconteceu no dormitório da Grifinória, e todo mundo estava dormindo! Além disso, nenhum deles poderia saber sobre o Mapa ou a Capa. Gina era a única..."

"Eu sei."

Hermione não respondeu, sentando em frente a ele com os braços cruzados sobre o peito. Ela nunca pareceu mais miserável, claramente à beira das lágrimas enquanto mordia o lábio inferior para impedi-lo de tremer.

"E Ginevra? Ela foi questionada sobre isso?"

"Professora McGonagall disse que preferia não perturbá-la até depois do jogo de Quadribol."

"Típica."

"Eu não entendo. Quer dizer, eu realmente pensei que ela estava tentando fazer as pazes comigo."

"Tenho certeza que sim," Severus disse, "com a condição de que você concordasse com ela."

"Sim, foi aí que eu errei. Eu disse a ela que nunca iria me casar com seu irmão estúpido. Ela não aceitou bem."

"Aparentemente não, embora isso não seja culpa sua. Seu conflito com Weasley não tem nada a ver com ela."

"Isso nunca vai parar, não é? Se eu continuar com isso..." Hermione parou, os olhos arregalados quando ela colocou a mão sobre a boca.

"Aqui", disse ele, abrindo a porta de seus aposentos. Ela passou correndo por ele, caindo de joelhos na frente do vaso sanitário. Ele pairou na porta, sons dolorosos de vômito fazendo-o encolher enquanto se perguntava o que fazer. Finalmente, ela se recostou contra a parede, os olhos ainda fechados enquanto respirava fundo e estremecendo.

"Isso foi embaraçoso."

"Não, não foi."

"Eu me sinto nojenta."

Ele começou a objetar, embora, para ser justo, pudesse ver por que ela se sentia assim. Sua pele estava brilhando de suor, a frente de seu suéter salpicada de vômito. Um pouco até tinha entrado em seu cabelo, cachos úmidos grudados em seu rosto e pescoço.

"Você deseja tomar banho?"

"Eu posso?"

"Eu não vejo por que não."

Ela hesitou, olhando para o chuveiro. "Mas e se alguém..."

"Eles estão todos no jogo de Quadribol."

"As minhas roupas?"

"Eu cuidarei disso."

Ele saiu do banheiro, esperando do lado de fora enquanto ela lhe entregava sua calça jeans e suéter. Lançando um feitiço de limpeza, ele tentou não insistir em sua proximidade, embora fosse mais fácil falar do que fazer. O pensamento dela nua a apenas alguns metros de distância, água morna caindo sobre sua pele...

O que havia de errado com ele? Ela tinha acabado de ficar doente. Não que isso tivesse algum efeito em sua atração por ela, mas esse não era o ponto. Não era a hora nem a...

Bem não. Era o lugar perfeito . Ele não tinha arranjado assim? Uma "detenção" oportuna, proteções na porta de seu escritório... ele fez tudo ao seu alcance para garantir que eles não fossem perturbados nas próximas horas.