10: Qualquer lista que eu seja capaz de fazer

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Junto ao nascer do sol, o celular de Sejun vibrando perdido no meio dos lençóis e cobertores despertou Subin. Depois de lutar por alguns minutos para desembaralhar e encontrar o aparelho sem nem mesmo abrir os olhos. Separando minimamente as pálpebras Subin conseguiu ver que não era o despertador ainda, mas uma ligação. No mesmo instante, Sejun roncou ao seu lado sendo abafado pelo travesseiro. 

Subin atendeu.

– Sejun! – Hanse chamou do outro lado, parecendo determinado a eliminar qualquer resquício de sono que Sejun tivesse se atendido. Subin suspirou irritado com o barulho.

– É Subin. Sejun está no quinto estágio da morte.

Ele quase ouviu a animação de Hanse murchando antes dele engasgar com desculpas.

– Eu só queria avisar, já que ele nunca olha os e-mails dos professores, que não temos aula hoje. – Explicou rapidamente. – Parece que o professor teve uma crise alérgica ontem a noite e não vai poder comparecer hoje.

– Certo, eu vou falar pra ele… Quando ele acordar.

– Na verdade, eu precisava pedir algo para ele, se possível. – Falou com um riso sem graça. – Vou aproveitar que não temos aulas hoje para dar uma olhada nos animais que estamos resgatando e queria saber se Sejun pode ir. Ele já se ofereceu uma vez, mas ainda eram poucos e não precisávamos de um par de mãos extras. 

– Tudo bem. Vou acordar ele, se você quiser ligar daqui a pouco, ou eu peço para ele ligar.

– Ok. – Suspirou. – Você pode vir também, se quiser…

– Não, mas obrigado. 

Apesar de saber que Sejun seria incapaz de fazer qualquer coisa para machucá-lo propositalmente, Subin descobriu aos poucos que não suportava a ideia de Hanse e Sejun juntos. 

Demorou para Subin assumir para si mesmo que o gosto amargo na ponta da língua sempre que ouvia Sejun falar sobre Hanse era ciúmes, mas não demorou muito para que ele entendesse um pouco mais do que causava tais sentimentos - e o que continuava atraindo seus pensamentos para Hanse.

No fim do dia, depois que Hanse e Sejun foram até os gatinhos e resolveram dar algumas voltas pela cidade para resgatar outros junto a Byungchan, eles voltaram para jantar com Subin que no meio da tarde enviou uma mensagem para Sejun e sugeriu que ele convidasse Hanse. 

— Bom... Está quase na hora do último ônibus. — Hanse diz enquanto empurra gentilmente a almofada e se levanta. Subin é o primeiro a olhar para ele. — Não quero correr o risco de ter que andar por meia hora depois de uma semana avaliativa.

— Não se preocupe. — Confortou. — Sejun pode levá-lo assim que terminar sua bebida — disse inclinando a cabeça, como se apontasse o copo de Hanse, visivelmente, pela metade.

Sejun, assim que ouviu seu nome, desviou a atenção da tevê para o diálogo, parecendo inicialmente confuso, buscando por respostas entre Subin e Hanse.

— Sim, sim. 

— Não precisa, de verdade. — Hanse negou com um riso suave. — Já tomei muito do tempo de vocês essa semana. 

— São no máximo quinze de carro. — disse Subin. — E você não corre o risco de precisar andar tanto a essa hora.

— Subin tem razão. Nós podemos levá-lo. 

— Você pode. — Corrigiu Subin, esticando as pernas para sentar-se corretamente no sofá. — Vou ficar e adiantar a limpeza da cozinha.

— Ou... — Cantarolou Sejun. — Podemos levar o Hanse e, assim que voltarmos, eu te ajudo com a cozinha.

Você é mais bonito que... - VICTON | SEBINOnde histórias criam vida. Descubra agora