— Subin.
O sopro distante soa quente contra alguma parte de Subin, todavia, é tão inalcançável que ele mal consegue agarrar a ventania quando o som morre.
— Subinnie.
A repetição parece mais próxima. Há apenas uma nuvem embaçada entre Subin e seja lá o que for que o espera atrás da cortina de fumaça. Seu corpo parece pesado e o calor macio e reconfortante que o envolve é o suficiente para que ele recue diante da cortina.
— Subinnie!
Na terceira vez, a voz se torna mais clara e Subin já pode identificá-la entre o sono e sua consciência semi-desperta. Ele resmunga em resposta, mas é vago, os olhos pesam assim que tenta abri-los e, por um momento, Subin quase mergulha novamente no sono. Porém, Sejun está puxando-o novamente.
Subin consegue sentir o calor de uma mão inquieta que repousa em suas costas, a respiração quente em sua têmpora e a ponta do nariz roçando em sua bochecha junto os lábios macios que fazem cócegas ao tocar tão superficialmente o local. Inevitavelmente, Subin vê-se sorrindo entre as nuvens de sono que ameaçam se aproximar.
— Subinnie. — Choramingou. — Já é de manhã.
— Hm. — Resmungou.
— Estou indo para a aula. Volto em algumas horas. — Avisou. — Você consegue acordar e arrumar as coisas que faltam?
— Uhum. — Concordou virando até estar de costas na cama, abrindo os olhos lentamente para a iluminação rala e, inicialmente, desconfortável. — Você está atrasado?
Sejun riu, deitando-se ao lado de Subin com um braço esticado sob sua cintura e a mão se entrelaçando a dele no colchão sobre a coberta.
— Ainda não.
— Podemos tomar café juntos?
— Hm… — Murmurou fingindo pensar. — Se você puder correr para se levar, tenho alguns minutinhos.
Subin pareceu considerar suas opções por alguns segundos, mas logo recusou o esforço.
— Eu posso comer sozinho depois. — Concluiu Subin, piscando para o teto branco.
— Tudo bem.
Quando Subin finalmente se levantou para o dia, faltavam alguns minutos para Sejun voltar da aula, os planos eram sair assim que Sejun chegasse, então eles poderiam almoçar com os pais de Sejun. Ele se apressou para se arrumar e verificou a mochila uma última vez, adicionando o que parecia ser tudo a faltar.
Sobretudo, todo o esforço de Subin para não se atrasarem pareceu ter sido em vão quando Sejun chegou se livrando da mochila e do casaco que usava na moto, revelando seus bíceps grossos e o cabelo azul desbotado desgrenhado pelo capacete, ele mergulhou em seus braços se rendendo por alguns beijos que lhes prendeu à cama por mais uma hora entre os cobertores e piadas inconvenientes do Lim que de alguma forma sempre deixaram Subin a vontade e tornavam os momentos entre eles mais íntimos que simplesmente carnais.
Quando finalmente chegaram a casa dos Lin, quase uma hora de viagem na moto de Sejun e uma pausa para reabastecer, por segurança, era fim de tarde e a mãe de Sejun os envolveu em lembranças enquanto ela e o senhor Lim revezavam os preparos para o jantar.
— Vocês deveriam ficar, parece que vai chover em breve. — A mãe de Sejun disse durante a sobremesa, já que desde o início da noite alguns relâmpagos iluminaram o céu. — Então amanhã vocês podem ficar para o almoço.
— Mãe…
— Sim, sim, vocês deveriam passar a noite.
— Por mim, tudo bem. — Subin concordou. Ainda que confiasse em seu Sejun, andar de moto sempre deixava um friozinho em seu estômago, seria pior sair de noite com a chuva espreitando.
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Você é mais bonito que... - VICTON | SEBIN
Fiksi PenggemarMergulhados no mar alvoroçoso de sentimentos singulares que transbordam em pequenos gestos rotineiros, Sejun e Subin não deixam de submergir vez ou outra para frisar coisas pequenas e grandes que podem ser comparadas com uma lista imensa das coisas...