O Príncipe das trevas: Renascimento

Capítulo 39 : Propositalmente Acidental

Marvolo arrumou os arquivos, certificando-se de que não estava faltando nada enquanto caminhava decididamente pelo corredor do Castelo da Sonserina indo em direção a sua sala de escritório. Ao se aproximar de alguns cômodos aleatórios do Castelo, ele ouviu as vozes de Nagini e Adriano vindo dele. Ele estava prestes a ignorar o par por causa de seu próximo encontro com o Lorde Vampiro Drácula, mas a exclamação dolorosa de seu filho o deteve.

"Ai! Ai! Mãe! Ai!"

... O que aconteceu desta vez?

Desejando saber a resposta e certificar-se de que Adriano está bem, Marvolo parou na frente da sala ocupada e espiou dentro, piscando surpreso com a cena que o acolheu.

A sala parecia estar no meio de uma floresta profunda, cercada por árvores, arbustos e troncos caídos. No meio da referida floresta , estava a dupla mãe-filho, cercada por corpos de diferentes pequenos animais e pássaros por todo o local. Os raios de sol da noite que vêm das janelas estão deixando o quarto mal iluminado, dando-lhe uma vibração sombria de floresta escura.

A cena fez Marvolo sorrir um pouco. Desde a primeira caçada bem sucedida de Hadrianus debaixo d'água todos aqueles meses atrás, Hadrianus ficou fascinado com seu veneno venenoso. Com o incentivo de seu pai e a cuidadosa tutela de sua mãe, ele se tornou um caçador proficiente. Ele havia experimentado várias presas de tamanhos diferentes, até saber a quantidade exata de veneno necessária para derrubar um animal do tamanho de uma pequena lebre a um elefante normal. Até que ele soubesse quanto tempo levaria para a criatura morrer ou quanto veneno seria necessário para que ela fosse morta imediatamente. Até que ele soubesse exatamente como atacar para que uma quantidade precisa de veneno fosse liberada - tanto na forma serpentina completa quanto na forma humana. Porque Nagini está determinada a fazer de seu filhote uma caçadora habilidosa na forma serpentina e humana.

E agora, ele começou a experimentar várias presas de tamanhos diferentes para determinar exatamente quanto veneno cada criatura precisava para ser atordoada. Ou quanto tempo levará para eles acordarem do atordoamento.

Até Marvolo ficou muito fascinado com os experimentos de seu filho e se contentou com os experimentos sádicos que ele realizou. Marvolo havia iniciado o treinamento com os pássaros conjurados, sabendo que as presas conjuradas mágicamente não garantiriam o desânimo de seu filho amante de criaturas. Mas logo ele percebeu que seu amor pelas criaturas parou nas presas e em outros predadores quando sua parte Naga da mente está ativa e ele está caçando. Marvolo deduziu que é instintivo para um predador, afinal, os Nagas são famosos por sua imparcialidade e justiça, mas eles próprios são predadores carnívoros. A curiosidade e o amor de Adriano por experimentos e conhecimento superam sua moralidade pela vida de uma presa até certo ponto.

Afinal, seu filho não é uma criança completamente humana, ele é uma criança Naga, e seus sentidos e dons estão florescendo com o treinamento. E Marvolo agradece por isso, ser Naga também o ajudou. Ou então, dado o quão gentil a criança é, ele provavelmente teria recuado horrorizado com o mero pensamento de matar um animal inofensivo. Mas agora, para a parte Naga dele, as presas são comida e outros predadores são invasores de seu território. E para tornar a situação ainda melhor para que mais tarde a criança não reflita sobre o que está fazendo, Nagini fez arranjos com os Elfos Domésticos, para que todas as suas presas se transformem em deliciosos e suculentos bifes para o jantar, para o deleite da jovem Naga. . Tendo suas próprias caçadas sendo apresentadas como uma refeição, a parte criatura da criança ficou satisfeita, coagindo a parte humana a aceitar as caçadas, reconhecendo que ele não está matando desnecessariamente. Ele está caçando comida. Os experimentos são apenas uma lição de aprendizado para se tornar um caçador de sucesso.