3O. Verdade.

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14:20 | sexta-feira,

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14:20 | sexta-feira,

29 de novembro.


Entender a linha tênue entre amar e deixar ir, é parte de uma longa caminhada
para a evolução amorosa humana.

Entre mil palavras de amor,
sempre existirá a que o coração proclama
a suplência. Substituir a tua essência.

O medo de rejeição.
A calada da noite com sua
pequena e escura solidão, que insiste
em fazer companhia.

Mesmo quieta, as indubitáveis vozes
gritam ao interior da incerteza.
O que eu-ei de fazer sem teu abraço?

Cansei da melancolia,
mas hoje já não posso a abandonar,
pois parte de mim ela faz.

E infelizmente, sempre fará.

– Lorelai Cline.

    Deixo o lápis de lado, que bate no balcão de madeira polida e faz um pequeno estralo. Suspiro e peço mais uma dose de licor de melancia.

    O amor parece tão cansativo as vezes. Por mais que eu não tenha tido um exemplo negativo de amor na minha infância, parece que eu não me sinto suficiente para o Drew.

    Ele pode ter a mulher que quiser. E ele diz me querer. A mais complicada possível.

    A discordância entre nós é tão difícil de lidar. Mas isso vai mudar. Por que na nossa primeira briga, eu já decidi que não gosto de ficar brigada com ele.

    O cansativo de verdade é não o ter por perto. O amor é uma combinação de perfeições imperfeitas. E nós somos isso. Somos perfeitos imperfeitos que erram e sabem quando estão errados. Pois admitimos. É por isso que quando eu chegar em casa, vou admitir tudo.

    Eu amo ele e não vou o perder por uma breve onda de orgulho que não vai me servir de nada em alguns dias. O orgulho não vai me beijar com paixão. O orgulho não vai tomar as minhas dores. O orgulho não vai me dar o amor que eu preciso ter. O orgulho não chega aos pés da benção que eu posso chamar de meu. É uma questão de prioridades, e eu priorizo o Andrew.

    Eu amo-o com todo o meu coração. Eu espero de verdade que ele entenda o porquê de eu estar aqui. Quero pôr um final em tudo que vivi com Spencer. Meu amor pelo meu namorado é uma coisa que eu nunca havia sentido antes. É uma sensação de carinho, leveza, o calor da cama, de me entregar inteira a alguém. Eu nunca tinha me exposto tanto assim e ele me conhece como a palma de sua mão. Em tão pouco tempo, em tão poucas palavras, eu já era dele. E não tem como mudar isso.

𝐖𝐑𝐎𝐍𝐆 𝐏𝐇𝐎𝐍𝐄, 𝒅𝒓𝒆𝒘 𝒔𝒕𝒂𝒓𝒌𝒆𝒚.Onde histórias criam vida. Descubra agora