Gatilhos
▪︎Estupro
▪︎Abuso psicólogo/físico
▪︎Uso excessivo de drogasCeifador
Felipe Lorenzo, 10 anos
O som alto de mais uma festa que meus pais davam enchia o meu pequeno quarto e eu não conseguia dormir, me sentei na chão onde só tinha um papelão e um lençol fino que me deixava com frio na maioria das vezes, esfreguei meus olhos e levantei
Mamãe sempre dizia que eu não podia sair do quarto quando tivesse som alto, era estranho, não era só isso que eu escutava, sempre tinha uns barulhos estranhos, como se fossem os gemidos de dor que eu dava quando apanhava, mas era um som diferente, parecia que eles estavam gostando, eu não gostava de apanhar
Abri a porta quase caindo aos pedaços e coloquei meu pé me certificando que não tinha ninguém, eu era pequeno e muito magro, me escondi em um canto e arregalei os olhos ao ver todo mundo pelado, tinha uma névoa estranha que cobria quase toda a sala com um cheiro enjoativo, os sons do corpo um batendo no outro me enjoou e eu coloquei a mão na boca
Vi minha mãe nua conversando com um homem alto de terno que sempre vem aqui quando meu pai não está, escutei ela falar que ele era seu amante, não entendi e perguntei ao papai o que era, nesse dia eu apanhei tanto que entendi que esse assunto era proibido
Esse homem às vezes vinha aqui em casa com sua mulher, eu gostava da tia Marcela, ela trazia brinquedos e comida, muita comida
Senti alguém me puxar pela camisa e uma mulher loira com o peito deformado de tão grande me olhar
XxX: Esse não é seu filho Ingrid?-ela perguntou enquanto me segurava
Ingrid: Essa peste mesmo
Suzana: Bonito-me olhou de cima abaixo enquanto eu tentava me soltar
Felipo: Me solta sua bruxa
Suzana: Te dou vinte mil por uma noite com ele-não entendi o que ela falou, só vi os olhos da minha mãe brilharem
Ingrid: Ele só tem 10 anos, não vai saber subir esse pinto-minha mãe debochou
Suzana: Isso não te interessa-ela rebateu e minha mãe deu ombros
Ingrid: Todo seu
A mulher loira saiu me arrastando para um dos sofás e alguns homens abriram espaço me olhando, me debati durante o caminho
Ingrid: Segura ele-ela mandou a dois homens que se tocavam
Comecei a me debater mas eles me seguraram com força, a mulher abaixou meu short e colocou a boca no meu pinto, a sensação me incomodou e eu senti vontade de vomitar enquanto todo mundo ria
Suzana: Da pro gasto
Me assustei quando ela subiu em cima de mim e comecei a gritar e a chorar enquanto as lágrimas caíam no meu erosto
XxX: Não tem nem camisinha pra esse pau murcho-um dos homens falou e os outros riram
Camisinha? O que era camisinha?
O pânico tomou de mim quando a mulher começou a descer sobre mim e senti meu pinto entrar em um lugar estranho, começou a doer muito e eu me debati enquanto gritava, olhei para o lado procurando minha mãe e a vi debruçada no sofá enquanto o homem de terno a pegava por trás, ela riu da minha cara e eu chorei mais ainda
Durante anos minha mãe me vendeu para que esses doentes me estuprassem, crianças vendidas começaram a fazerem parte dessas festinhas
Com 13 anos eu aprendi a me defender e matei um homem, foi a última vez que alguém tocou em mim e eu senti alguma coisa, foi o dia que eu jurei matar todos que encostaram em mim ou eram coniventes com esses abusos
Eu estava só começando.
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Ontem eu fiquei até 4 da manhã escrevendo esse capítulo, precisei respirar várias vezes e continuar
Nosso menino sofreu tanto que só sei chorar
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