Ceifador
Eu tava enlouquecendo po, a surra que me deram não fez nem cosquinha, minha mente girava 24/48 na função da Laura, alguém deu um tiro nela porra, por um momento eu achei que ela tivesse morrendo nos meus braços e me desesperei
Eu senti, caralho
As portas da sala que eu estava abriram e um rosto familiar entrou, por um milésimo de segundo eu me senti o menino de 10 anos que era violado de todas as maneiras, não me permiti encolher meu corpo ou vacilar meu olhar, senti meu sangue correr mais rápido no corpo e uma vontade insana de matá-la, tive que estalar meu pescoço para relaxar
Não aqui, não agora
Suzana tinha fugido de mim alguns anos atrás, Antônio o ajudou na fuga e ela sumiu do mapa, provavelmente deve ter saído do país e ido para Europa, já que em outros países eu pedi ajuda de alguns amigos-sem mencionar detalhes-para encontrá-la e não a encontrei
Suzana: Olá querido, sentiu minha falta?-ela se sentou a minha frente sorrindo
Mesmo depois de anos ela mantinha a mesma cara de vagabunda de sempre, meu pai adorava se enfiar entre as suas pernas
Ceifador: A ratinha voltou?-dei um sorriso sombrio e vi que a postura dela desfez assim como o sorriso
Suzana: Você me surpreendeu Felipo
Ceifador: Eu costumo causar esse efeito nas pessoas-cruzei os braços
Suzana: Eu vim te ajudar, relembrar os velhos tempos-ela deu um sorriso malicioso e tentou acariciar seu braço
Peguei seu pulso vendo seus olhos se arregalarem e dei um sorriso, virei o pulso e escutei o osso quebrar, ela gritou e os guardas entraram
Agente: O que aconteceu Doutora?-o homem me olhou furioso e eu mantive meu sorriso
Suzana: Nada demais, um acidente-ela sibilou com os olhos cheios de lágrimas por conta da dor
Agente: Precisa de atendimento médico?
Suzana: Sim, antes vou precisar terminar de falar com o meu cliente
O homem hesitou e eu revirei os olhos, ele saiu logo em seguida
Suzana: Eu sou a última chance de você sair daqui-voiciferou
Ceifador: Eu não quero sair daqui
Suzana: Eu não deixar que facilitem pra você no presídio-dei ombros
Ceifador: Procure saber quem eu sou Suzana, não preciso de você pra nada-rosnei
Suzana: Pra mim você continua sendo o menino que gozava dentro de mim-ela sorriu e eu me senti enjoado
Ceifador: Você me estuprava, são coisas diferentes
Suzana: Você gostava-ela sorriu novamente
Ceifador: Pedofilia é crime, você precisa se tratar -bati na mesa e ela deu um passo pra trás
Suzana: Você não foi o primeiro e não vai ser o último-deu ombros
Ceifador: Se prepare Suzana, eu vou acabar com você do mesmo jeito que eu acabei com todo mundo a sua volta-seus olhos faíscaram
Suzana: Você não pode fazer muita coisa daqui de dentro-ela girou o dedo mostrando a sala de interrogação
Ceifador: É aqui que você se engana-sorri
Suzana: Vamos voltar a nos ver Felipo, lembre-se que eu sou a última chance de você sair daqui
Nem rendi, ela bateu na porta protegendo o braço quebrado e saiu logo em seguida, encostei na cadeira desejando um cigarro
Naquele momento eu só tinha a certeza que ia acabar com ela, Suzana era uma mulher morta.
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Felipo não deitou pra ela, gosto assim!
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