Laura
Acordei com os barulho de algo apitando e uma leve ardência no meu braço, pisquei algumas vezes lutando com a dor e vi que estava em um hospital, memórias de ontem ou hoje-não sei ao certo-vieram a minha mente e eu me agitei
Antônio: Não se debata-a voz do meu pai ao meu lado me fez estremecer
Virei meu rosto o vendo sentado em uma cadeira, seu terno preto estava em perfeito estado, os cabelos grisalhos perfeitamente alinhados sem um fio fora do lugar
Laura: O que aconteceu?-perguntei zonza
Antônio: Você levou dois tiros no braço-ele se levantou e eu tentei me manter calma-Eles retiraram e fecharam, nada demais-seu tom de voz era frio e calculado
Era quase impossível olhá-lo nos olhos, não depois de tudo que eu sabia, não depois de saber tudo que ele fez com a minha mãe e Felipo
Antônio: Fiquei orgulhoso do que você fez Laura-eu não-Sua mãe ficaria orgulhosa de você
Meu peito ardeu e meus olhos queimaram, não respondi, só desviei o olhar
Antônio: Você precisar depor
Laura: Hoje?
Antônio: Amanhã-era uma ordem
Assenti e ele se levantou, sem dizer uma palavra ele saiu me deixando sozinha
Senti meu olho ficar pesado e adormeci logo em seguida
***
Minhas mãos tremiam enquanto eu atravessava a multidões de repórteres na frente da delegacia, abaixei a cabeça cabeça os outros policias me conduziam para dentro, mantive minha postura e relaxei quando vi Rafaela
Rafaela: Fiquei com preocupada com você-ela me abraçou tomando cuidado para não encostar no meu braço machucado
Laura: Como estão as coisas?-perguntei baixo
Rafaela: Tudo do jeito que ele mandou-ela tirou um celular disfarçado do bolso e me entregou-Ryan mandou te entregar, seu celular tá grampeado e provavelmente sua casa tem escuta
Laura: Por que?
Rafaela: Ainda não sei, só cuidado aonde você vai, tem gente atrás de você
Laura: Vou precisar de ajuda pra ir atrás do General-meu tom de voz desceu mais um pouco
Rafaela: Eu sei, vou te ajudar
Laura: E como ele está?
Rafaela: Detido na sala de interrogação
Laura: Ele está aqui?-perguntei com a voz afetada
Rafaela: Sim, não vá até ele, estão esperando por isso
É óbvio que estariam, tinha alguma que meu pai desconfiava e eu não sabia
Antônio: Hora de depor Laura-a voz do meu pqi me fez tremer
Rafaela: Qualquer coisa me chama-acenei com a cabeça e ela saiu
Comecei a forçar minhas pernas a andarem enquanto os outros policiais acenavam com a cabeça em respeito
Encontrei o advogado Almeira parado na porta, era um senhor de idade com o olhos escuros e uma barriga saliente, era conhecido como um Tubarão dentro dos tribunais, usando formas lícitas e ilícitas para conseguir o que queria
Almeida: Você vai precisar reconhecer o sequestrador?-balancei a cabeça sem vacilar a postura
Fomos andando até a sala com uma enorme janela e lá estava ele, Felipo estava sentado com hematomas nos olhos e pelo corpo, seus cabelos estavam amarrados e ele olhava com o rosto inexpressivo para frente, meu coração apertou e eu erijeci o corpo
Almeida: Eu sei que é difícil Laura, mas foi aquele homem que te sequestrou?
Minha vontade era de negar, mas sabia que não o adiantaria
Laura: Sim
Almeida: A advogada dele já está chegando
Laura: Qual o motivo de eu precisar de um advogado?
Almeida: Apenas praxe-ele engoliu em cedo e vi sua veia do pescoço saltou
Estava mentindo, voltei a olhá-lo e meu coração apertou, queria tanto entrar ali e beijá-lo até deixá-lo me
Laura: Quem é advogada?-perguntei sem tirar os olhos dele
XxX; Sou eu querida-uma voz feminina falou atrás de mim
Olhei por cima do ombro vendo uma mulher loira de olhos verdes e senti uma coisa ruim passar por mim
Suzana: Meu nome é Suzana Andrade e eu sou a advogada dele
Pisquei algumas vezes e gelei ao ver a mulher que estuprou Felipo durante anos parada a minha frente.
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Me desculpem pela demora a postar, ontem eu passei muito mal e fui no hospital, hoje eu to melhor e consegui escrever
Felipo vai ficar muito mal quando ver esse demônio na frente dele☹
A partir das 21 vão ter capítulos novos!
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