Capítulo 42: As coisas boas.

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Dorthea tinha vindo para o garrison na manhã seguinte. Arthur insistiu que ela desse uma olhada nos livros dos últimos meses, certificando-se de que seus números estavam corretos. Claro que houve alguns erros, mas ele tinha melhorado em cuidar de seus negócios. Nas primeiras horas da tarde, Tommy e Michael entraram.

Ele suspirou enquanto caminhava em direção ao telefone, acenando para Dot quando ele entrou. Ela acenou com a cabeça de volta, sorrindo para Michael que o seguia. "Para quem você esta ligando?" Tommy perguntou enquanto fechava a porta.

"Minha mãe. quero dizer..."

"Eu sei o que você quer dizer." Tommy respondeu, não precisando de Michael para terminar sua frase.

"O que você vai dizer a ela?" Dot canalizado em sua conversa.

"Vou dizer a ela onde estou." Ele respondeu, quase como se ela devesse saber a resposta.

"E agora você vai dizer a ela que você está indo para casa." Tommy falou, não encontrando os olhos do garoto.

Michael sentou-se na cadeira em frente a Dot, ficando confortável. "Polly disse que eu poderia ficar por alguns dias."

"Você quer ficar?" Dot questionou.+

"Acabei de chegar." Michael prendeu a respiração enquanto esperava que qualquer um dos dois respondesse. Ele sabia que estava se aproximando dos cachorros grandes, mas se quisesse sobreviver, sabia que era uma obrigação.

"Que idade você tem, Miguel?" Dot perguntou casualmente.

"Dezessete."

"Dezessete. O que significa que não depende de você, certo?" concluiu Tommy.

"Eu faço dezoito em algumas semanas. Eu decido por mim mesmo." Michael falou enquanto observava os irmãos interagirem. Tommy acendeu dois cigarros, entregando um para Dot.

"Você fuma?" Dot perguntou, levando o cigarro à boca.

"Não."

"Bebe?" Ela questionou novamente. Miguel balançou a cabeça. "Hum."

"Você vai ligar para sua mãe." Tommy falou, apontando para o telefone. "Você vai dizer a ela que vai pegar o próximo trem para casa. E quando você chegar lá, você vai escrever uma carta para Polly dizendo que quando tiver 18 anos você vai voltar aqui e resolver as coisas."

"Eu acabei de te dizer..." Michael interrompeu Tommy. "Eu decido por mim mesmo."

Dorthea zombou enquanto observava o menino tentar intimidar Tom. "Michael," ela falou, tentando chamar sua atenção. "Você sabe o que fazemos, Michael? Eu em Londres, meus irmãos aqui em Small Heath. Nós... Shelbys?"

Ele coçou a cabeça, começando a responder. "Sim, acho que sei o que você faz."

"Sim." Tommy falou, confirmando suas suspeitas. "Você tem olhos inteligentes."

"Mas você é jovem," Dot continuou, tentando assustá-lo fora de seus negócios. "Então você acha que o que fazemos está bem." Ela respirou fundo, balançando a cabeça enquanto olhava mais alguns números. "Michael, não está tudo bem. O que fazemos não está certo. Deus me ajude, espero sair dessa antes que meu filho seja pego nisso. As pessoas se machucam." Passando os dedos pelo cabelo, ela empurrou o telefone sobre a mesa em sua direção.

"Agora, ouça meu irmão. Ligue para sua mãe e diga a ela que você está voltando para casa."

"Não." Ele respondeu claramente. O silêncio caiu sobre a sala enquanto os três tentavam ler o outro. "Na minha aldeia, há este pequeno poço dos desejos. É feito de tijolos brancos, bem no meio do verde da aldeia. Todo mundo diz como é bonito. Mas eu juro por Deus, se eu tiver que passar mais um dia naquela aldeia, Vou explodi-la com dinamite. Provavelmente estourar minhas mãos com ela, mas valerá a pena. Só para ver todos aqueles lindos tijolos brancos espalhados pelo lindo verde da vila."

Not Just A 'Shelby'Onde histórias criam vida. Descubra agora